terça-feira, 23 de dezembro de 2008
Um Puta 2009 pra todos!!!
Queridos amigos
Queria desejar a vcs um Natal repleto de alegrias, paz e fé e um 2009 maravilhoso ciom muita saúde, pois o resto é detalhe!!
Bebam bastante vinho tinto, vinho branco, vinho rosé, champanhe, prosecco... ou seja, tudo o que quiserem!!! Mas com responsabilidade, ok?
Nos vemos em 2009 para retomar os assuntos enológicos.
Obrigado a todos pela força nestes 2 meses e meio de blog. vou tentar manter o nível e de preferência melhorar em 2009 !!!!!!!!!!!!!
Beijos e Abraços a todos e pela última vez no ano, CHEERS!!!!!
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Prêmios Brasileiros
Foram avaliadas cerca de 7 mil amostras e nossos vinhos premiados foram:
Vinho Heavy Metal
Fonte: http://www.bemlegaus.com e http://nadave.net/?p=1149
Vinho da Semana - Champanhe Fleury
Produtor: Fleury Père & Fils
Origem: Côte des Bars - Champanhe (França)
Uvas: Pinot Noir (85%) e Chardonnay (15%)
Importadora no Brasil: De la Croix
Preço Aproximado: R$ 156,00
Já que estamos perto do Reveillón e que esta é a época de planejarmos o que estourar na virada do ano, aqui vai um grande achado qu certamente vai fazer voce entrar no ano novo com o pé direito e bebendo bem. A Champanhe Fleury é trazida pela De la Croix, importadora que já falei aqui algumas vezes. O produtor, Jean-Pierre Fleury, foi o primeiro na região de Champagne a utilizar em seus vinhedos o cultivo biodinâmico. Além disto, ele controla todas as fases de elaboração de seu Champagne, desde o cultivo das uvas até a fase final onde os vinhos ficam nas caves aguardando seu amadurecimento. A propriedade está localizada ao sul da região da Champagne, na apelação “Côte des Bars”, reconhecida por proporcionar às uvas Pinot Noir as condições. Pela qualidade do produto e por se tratar de um Champanhe, é uma excelente pedida para o final de ano!
Dicionário das Uvas - Chardonnay
A "Rainha das Uvas Brancas". Uma das mais conhecidas uvas brancas, originária das regiões de Champagne e da Borgonha (França), mas hoje espalhada pelo mundo todo com grande sucesso em vários países.
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
E Teve Comemoração
domingo, 7 de dezembro de 2008
Uma pausa para comemorar...
Pela primeira vez não vou falar diretamente de vinhos, mas indiretamente sim!
Como está no meu perfil do Blog, sou São-Paulino doente! E não poderia deixar de usar meu Blog para comemorar o Hexacampeonato do meu time e Tri-Consecutivo. O único, o verdadeiro, o mais querido! E podem falar o que quiserem, mas a taça é nossa, sem deixar nenhuma dúvida, com 18 jogos ou mais de 3 meses de invencibilidade! Alguém tem alguma dúvida?
Sim, somos 6-3-3. E rumo ao 7-4-4. Tricolor, Hexa. E para comemorar, amanhã jantarei no Piselli com o Fefê e o Felipe Kaufmann, quando tomaremos belos vinhos que devo relatar logo mais. Cheers e parabéns à hegemonia Tricolor!
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Vinho da Semana - Tabali Reserva Syrah 2006
Dicionário das Uvas - Tannat
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Vinhos e Vôos - Por Felipe Kaufmann
Hoje transcrevo uma matéria bem interessante que saiu na revista Bussines Traveller Asia-Pacific - Edicao de Marco/2008 . Foi uma competição anual para eleger a companhia aérea que tem a melhor carta de vinhos. Legal não? No geral ficou assim:
Melhor Adega (classe executiva):
1) American Airlines
2) Air France
3) Air New Zealand
Melhor Adega (Primeira Classe):
1) Qantas
2) Lufthansa
3) Asiana Airlines
Carta mais informativa e detalhada:
1) Air New Zealand
2) Qatar Airways
Vinhos Ganhadores (Classe Executiva)
Melhores Brancos:
1) Air France - Gerard Bertrand Domaine de Cigalus 2005, Languedoc-Roussillon - França
2) Eva Air - Christoffel Erben Urziger Wurzgarten Riesling Spatlese 2003 Mosel - Alemanha
3) Air New Zealand - Fromm La Strada Riesling 2005 Marlborough - Nova Zelandia
4) El Al -Tishbi Estate Sauvignon Blanc 2006, Marlborough - Nova Zelandia
5) KLM - Ermita Veracruz Verdelho 2006 Ruedo - Espanha
Melhores Tintos:
1) Air New Zealand - Martinborough Vineyard Pinot Noir 2005 Wairarapa - Nova Zelandia
2) Air France - Gerard Bertrand Domaine de Cigalus 2002, Languedoc-Roussillon - França
3) TAM - Jacobs Creek Shiraz Reserve 2002 - Autrália
4) South African Airways - Londridge Pinotage 2004 Stellenbosch - Africa do Sul
5) Eva Air - Chateau Beaumont Haut-Medoc Bordeaux 2003 - França
Melhores Vinhos Espumantes:
1) Singapure Airlines e Qantas - Charles Heidsieck MEC 2003 - França
2) Lufthansa com Duval-Leroy Fleur de Champagne Brut N/V - França
3) Kenya Airways, Korean Airways e Japan Airways - Piper Heidsieck N/V França
3) United Airlines - Pol Roger N/V - França
4) Emirates - Taittinger Brut Reserve N/V França
5) British Airways, KLM e Asiana - Charles Heidsieck Brut Reserve MEC 2004 França
Vinhos Ganhadores (Primeira Classe)
Melhores Brancos:
1) EL AL - Blanc du Castel Jerusalem Haut Judee Chardonnay C 2005 Castel Winery - Israel
2) Emirates - Cesconi Olivar 2006 Pressano Dolomiti - Italia
2) Qantas - Hardys Eileen Hardy Chardonnay 2005 - Australia
3) British Airways - Sancerre Edmond 2003 Alphonse Mellot Loire - França
4) Qatar Airways - Jules Taylos Wines Sauvignon Blanc 2005 Marlborough - Nova Zelandia
4) American Airlines - Wairau River sauvignon Blanc 2006 Marlborough - Nova Zelandia
4) Qantas - Penfolds Chardonnay Reserve Bin 05A 2005 - Austrália
5) Lufthansa com o Kiedrich Grafenberg 2005, Rheingau - Alemanha.
5) Asiana - Maison Champy Corton-Charlemagne Grand Cru 2004, Borgonha - França
5) Japan Airlines - Luis Latour Corton- Charlemagne Grand Cru 2004, Borgonha - França
Melhores Tintos:
1) Qatar Airways - Knappstein Shirraz 2001 Clare Valley - Australia
2) Lufthansa - Sartori Amarone Corte Bra 2003 Valpolicella - Iatlia
3) Asiana - Mortier Charmes-Chambertin Grand Cru 2004 - França
3) Qantas - Lusatia Park “Phi”Pinot Noir 2005 Yarra Valey - Australia
4) Sinagapure Airlines - Castello di Brolio Chianti 2001, Toscana - Italia
5) El Al - Golan Heights Merlot Yarden 2003 - Israel
5) Asiana - Chateau Smith Haut Lafitte 2004, Bordeaux - França
Melhores vinhos espumantes:
1) Lufthansa - Taittinger Comte de Champagne 1997 - França
2) Quantas e British Airways - Charles Heisieck Blanc des Blancs Millenaires 1995 - França
3) United Airlines - Pommery Grand Cru 1998 - Franca
3) Singapure Airlines - Dom Perrignon 1999 - França
4) TAM - Drappier La Grande Sendree Vintage 2000 Aube - França
4) Air France - Henriot Cuvee des Enchanteleurs 1995 - França
5) American Airlines - Pommery Brut N/V - França
Eles também dão a dica de que a Air France serve Champagne até na classe economica sem cobrar nada, bom nao?
A competição foi realizada durante 2 dias em novembro de 2007, com 4 juízes em Londres.
Esta última edição contou com 26 companhias aéreas e alguma ficaram de fora.
Por ano a Lufthansa serve por volta de 1.8 milhões de garrafas de vinho tinto, 1.1 milhão de garrafas de branco e 500 mil garrafas de Champagne.
Até a próxima semana e tim tim,
Felipe
Companias que não entraram na competição: Air Astana, Air Canada, Aer Lingus, Air Namibia, Air China, Air India, Alitalia, ANA, Austrian Airlines, Cathay Pacific, China Airlines,CSA Czech Airlines, Delta, Eos, Etihad Airlines, Icelanair, LAN, MAS,Malev, Middle East Airlines, Northwest Airlines, Oasis Hong Kong, Olympic Airlines, Royal Jordanian, SAS, SriLankan, TAP Air Portugal, Thai Airlines International, Turkish Airlines, US Airways e Virgin Atlantic.
Sommelier em Casa
domingo, 30 de novembro de 2008
Vertical de Tignanello. Gran Finalle - Parte 2
Tivemos a grande prova de que a harmonização é muito importante quando temos grandes vinhos e grandes pratos. Em nenhum momento os vinhos mataram os pratos e este talvez tenha sido o grande segredo para a noite ser espetacular!
Para começar, uma Terrine de Coelho tartufada sensacional e o Tignanello 2004. A Terrine, leve, saborosa, sem muitos condimentos e um sabor natural, mas extremamente deliciosa. Uma entrada que se fosse prato principal não passaria vergonha. No copo o 2004 se mostrava jovem, mas já deliciosamente pronto para beber. Foi quase unanimidade achar mos que este vinho daqui a 10 anos estará uma obra prima, algo inacreditável.
Logo depois, o 2001 com um Ravioloni leve e uma lasanha verde saborosa e consistente na boca, harmonizando muito bem com esta safra que foi uma das grandes safras na Toscana. O vinho já mostrava uma cor mais atijolada devido à sua idade e um pouco menos persistente que o 2004. Mas um vinho que se tomado sozinho, sem ser comparado com outros, seria um desbunde. Mas convenhamos que comparar diferentes Tignanellos é até sacanagem, pois é difícil saber qual é melhor e o “menos bom”, pois todos são incríveis. Neste caso, as massas caíram perfeitamente com o vinho, sem sobreposição. Foram complementares e a esta altura já estávamos completamente entregues àquela que pode ser considerada um dos maiores eventos gastronômicos que já puder presenciar.
Por enquanto é isto. Semana que vem volto para terminar a contar como foi o restante do jantar e dos vinhos, já que ainda tínhamos pela frente um 1997, um 1990 e um Sauternes de 100 pontos no Robert Parker...
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Dicionário das Uvas - Cabernet Franc
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Vinho Hermano-Tupiniquim
Para homenagear os incas que habitaram Mendoza, a linha de vinhos foi intitulada Los Nevados. Este foi o nome dado pelo povo milenar à Cordilheira dos Andes, que desde os primórdios exerce grande influência para o desenvolvimento da viticultura da região. Conforme Azevedo, é a Cordilheira que garante o cultivo de uvas na região de Mendoza, pois o degelo de seus picos formam pequenos rios usados para a irrigação dos vinhedos. “A Cordilheira dos Andes garante a expressão do terroir do vinho de Mendoza”, afirma.
A linha Los Nevados será formada inicialmente pelos varietais tintos Malbec, Cabernet Sauvignon e o branco Chardonnay.
Porém, a Miolo não é a primeira empresa brasileira a fazer um vinho por lá. A Casa Valduga já produz o MUNDUS, um vinho Malbec feito em Mendoza, pelo pessoal da própria Casa Valduga. Um vinho interessante por sinal.
Vinho da Semana - Tilia Malbec Syrah 2006
Produtor: Tilia
Origem: Mendoza (Argentina)
Uvas: Malbec e Syrah
Safra: 2006
Importadora no Brasil: Vinci
Preço Aproximado: R$ 32,00
Um verdadeiro achado. Pela faixa de preço é um vinho bem acima da média, com bom corpo, frutado, mas não tão jovem no nariz e na boca e com uma leve madeira que faz toda a diferença para tirar a "dureza" do vinho. Comprei por indicação da própria importadora e realmente não esperava tomar um vinho destes por pouco mais de 30 reais. Não à toa, levou 88 pontos da Wine Spectator. Supreendente e vale até como dica para eventos.
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Nova Coluna: Vinhos e Vôos
Sou Felipe Kaufmann e além de leitor do Blog sou um grande amante do vinho. Essa paixão começou quando eu, com 4 anos de idade, frequentava a adega do meu pai em Campos do Jordão já tomando bons Bordeaux e Borgonhas. Com 25 anos fui morar no Chile e lá aumentei um pouco meu conhecimento convivendo diariamente com enólogos, degustadores profissionais e o mais importante, pisando na terra e calejando as mãos. Hoje, sou o único brasileiro a ser Diplomado em Vinho Chileno, curso ministrado pela Pontifícia Universidad Catolica de Chile – Santiago – (Faculdad de Agronomia e Ingeneria Forestal, Departamento de Fruticultura y Enologia) aonde aprendi as técnicas de produção, elaboração, e degustação. Com isso acabei ficando representante das vinícolas chilenas Neyen de Apalta, Viña Catrala, Viña Alta Cima e Viña Sol y Viento para o mercado brasileiro e asiático, que aliás é aonde moro hoje. Hong Kong, aonde moro, é uma das 3 melhores captais mundiais para comércio de vinho e eu nao poderia ficar fora dessa. Aqui, acabei recentemente meu curso na WSET (Wine and Spirits Education Trust) Level 3 Advanced Certificate, a escola de vinhos mais tradicional do mundo que qualifica para o meu tão sonhado titulo de “Master of Wine”. Também, como parte do meu aprendizado, viajo de 6 a 10 vezes ao ano para países produtores com o intuito de sempre aprender e absorver o estilo dos lugares. Mas a verdade mesmo é que me sinto pelado ao ver que sempre há mais e mais o que descobrir neste mundo do vinho! E é isso que deve nos motivar a aprender cada vez mais!
Foi com enorme prazer que aceitei o convite do Déco para escrever em seu blog sobre os vinhos que podemos apreciar a 35 mil pés de altitude. Ou seja, voando de um canto para o outro em minha coluna, “Vinhos e Voos”.
E hoje começaremos com com duas boas companhias aéreas, a Swiss (4 estrelas no ranking Skytrax*) e Cathay Pacific (uma das 6 companias aéreas 5 estrelas):
Companhia: Swiss
Uma surpresa, entre São Paulo e Zurique tinha um La Brancaia Chianti Classico 2005, estupendo e não estava na carta...
Continuam com a Champagne Jacquart Brut Mosaique, Reims
Os brancos eram:
Zurcher Riesling Silvaner 2006 Canton Zurich;
Sauvignon Blanc Neethlingshof 2006 Sul Africano;
Tintos:
Trimmis Blauburgunder Schieferwandler Originis 2006;
Clarendele AC 2003 (feito pelo Chateaux Haut-Brion);
Stellenbosch Alto Rouge 2004;
Companhia: Cathay Pacific
Para quem gosta de wisky, tem Chivas Regal 12 anos e Johnie Walker Black Label (na executiva Gold Label e na primeira classe tem Blue Label)
Infelizmente eles servem vinhos em copos normais descartáveis, sendo 2 australianos: Robert State Commissioner’s Block Chardonnay 2005 (Branco) e Watershed Shades Syrah 2004 (Tinto).
*Skytrax (http://www.airlinequality.com/)
Ate domingo que vem!
Tim Tim,
Felipe
domingo, 23 de novembro de 2008
Vertical de Tignanello. Gran Finalle - Parte 1
Então, para começar, postarei as fotos dos 4 vinhos e do menu (linda arte feita pela linda Lila), especialmente preparado por Massimo Ferrari e pelo italiano Sergio. Isto é apenas para começar e dar uma noção de como foi esta verdadeira "orgia gastronomica". Depois, dividirei os posts em 4 partes, falando de cada vinho e seus respectivos pratos. E se algum dos presentes quiser comentar algo em cima, obviamente estão mais do convidados a falar. Afinal, como todos foram unânimes em dizer, foi o grande evento do ano! E que venha 2009!
* Pratos:
- Terrina di Coniglio tartufata con gelatina al porto bianco
- Ravioloni di anitra e fegato d´oca al burro e salvia
- Lsagne verdi alla Ferrarese
- Brasato di manso al chianti con sfmotino di patate e carotine mignon
- Parmegiano Reggiano e Pecorino con pere
- Roquefort e Camembert con zucca caramellata
- Sfogliatina alle fragole con crema inglese
* Vinhos:
- Prosecco
- Tignanello 2004 Antinori
- Tignanello 2001 Antinori
- Tignanello 1997 Antinori
- Tignanello 1990 Antinori
- Chateau Rieussec 2001
Vinho da Semana - Zuccardi Serie A Bonarda 2006
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Dicionário das Uvas - Sangiovese
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Lista Wine Spectator 100 Melhores Vinhos
Entre os 10 primeiros temos, além do grande vencedor, 5 franceses, 1 italiano, 1 autraliano, 1 californiano e 1 português. Para maiores informações, entrem no http://top100.winespectator.com/.
Surpresas Espanholas
Começando a degustação, foram apresentadas as estrelas da noite, na seguinte ordem:
- Baron de Chirel Reserva 2002, o vinho top da famosa vinícola Marques de Riscal, na região de Rioja.
- Prado Rey Elite 2001, o top da vinícola Parado Rey, em Rueda.
- Todonia Gran Reserva 1987 (Rioja)
- Dalman 2000 (Rioja)
- Alion 2003 (Ribeira Del Duero)
- Áster 2000 (Ribeira Del Duero)
- Rioja Alta 1870 Gran Reserva 1995
- Aalto 2005
Todos os vinhos eram sensacionais, impressionantemente diferentes, mesmo tendo como base, em sua maioria a Tempranillo. Mas os modos de vinificação, as regiões, os anos e outros tantos fatores os tornavam únicos e diferentes.
Não vou aqui falar de todos, pois ficará muito extenso, mas queria destacar alguns pontos que me chamaram a atenção:
Primeiramente a diferença de estilos que ficou muito clara: Os “modernos” Baron de Chirel, Dalman, Alion e Aalto com uma madeira mais predominante, mais frutados e muitos deles mais alcoólicos, que se opõe no estilo aos demais “tradicionais” da degustação.
Depois, a impressionante longevidade do Todonia 1987, um vinho maior de idade, com 21 anos e em perfeito estado de aroma, sabor e cor. Impressionante!
E por último, como disse acima, como uma mesma uva, que era a base de todos – Tempranillo – pode dar vinhos tão diferentes, de corpos, cores, aromas e sabores tão distintos e únicos.
Acho que pelos vinhos que foram degustados e juntando também com o último tema da confraria que fizemos (Post “Gigantes Espanhóis”, abaixo) dá realmente para acreditar que a Espanha está caminhando a passos largos para ser o maior produtor de vinhos do mundo, não só pela área que já tem de plantações (Já é a maior do mundo em áera), mas também pela qualidade de seus líquidos. Claro que ainda precisa de muito para desbancar alguns ícones de Bordeaux e Borgonha, bem como Brunellos e Barolos. Mas eles já estão se aproximando.
domingo, 16 de novembro de 2008
Vinho da Semana - Cuveé Cent Pour 100
Produtor: Chateau Moulin Caresse
Origem: Sud - Ouest (França)
Uvas: Merlot, Malbec e Cabernet Franc
Safra: 2003
Importadora no Brasil: De La Croix
Preço Aproximado: R$ 103,00
Um vinho saboroso, vindo de uma região em ascensão na França que é a parte sudoeste do país.
Este produtor produz vinhos desde 1749 e neste vinho eles conseguem mostrar um corte muito bem feito de 3 uvas marcantes, como Merlot, Malbec e Cabernet Franc. Um prato cheio para aqueles que gostam de vinhos complexos, pois ao mesmo tempo que ele é suave, é intenso no sabor e nos aromas. A madeira é na medida certa (18 meses em barricas pequenas) e se puder ser decantado antes, melhor. Na minha opinião, é um francês moderno.
Le beaujolais nouveau est arrivé!
Inicialmente, havia bloqueio até 15 de dezembro. Depois os produtores conseguiram antecipar a liberação para a terceira quinta-feira de novembro. Hoje, para fazer o vinho chegar a todos os pontos de venda no dia certo, há quase uma operação de guerra. Aqui, por exemplo, boa parte das garrafas vem de avião. Isso eleva o preço do produto - mas garante a festa. Ele é o primeiro tinto da safra, que na Europa começa geralmente em meados de agosto. Enquanto os outros vinhos recém-saídos da fase de fermentação ainda descansam na paz das caves, o Beaujolais, elaborado com a uva Gamay, é produzido rapidamente e chega ao mercado com muito barulho no primeiro minuto da terceira quinta-feira de novembro
A região que fica no sul da França produz anualmente 60 milhões de garrafas deste vinho jovem, esperado com alegria nos bistrôs de Paris e enviado a mais de 150 países. O Brasil tem se mostrado um bom consumidor. No ano passado, importou 350 mil garrafas, correspondendo a quase um milhão de dólares. A produção do Nouveau representa cerca de 1/3 do que as vinícolas oferecem na região, incluindo os 2/3 restantes garrafas de Beaujolais Villages e de crus.
É um vinho alegre, jovial, extremamente frutado, que combina maravilhosamente bem com pratos leves, frios, embutidos e refeições rápidas. Quem nunca ouviu alguém falar que ele tem um aroma forte de banana?
Dicionário das Uvas - Carmenère
Julgada extinta, foi redescoberta em
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Ajuda para o Grande Varejo
Além disso, a loja oferece charutaria, frios, temperos e especiarias e outros alimentos e bebidas.
A idéia foi trazida da Holanda e pretende melhorar a variedade que seus clientes oferecem aos consumidores finais. A presença de consultores especializados, como sommeliers, deve ajudar os clientes nas compras.
Para Beber de Palitinho
O Sushi Vin tem paladar leve e equilibrado e é uma combinação de três varietais: Chardonnay, para aportar mais estrutura e acidez; e Malvasia Bianca e Moscato para conferir o aroma frutado apropriado e necessário à harmonização com a cozinha oriental, especialmente peixe e arroz.
É um vinho jovem com confere coloração amarelo palha, e é ideal para ser consumido a aproximadamente 6°C.
Ainda não experimentei, mas se alguém já tiver bebido, estou curioso para saber o que acharam...
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Dicionário das Uvas - Tempranillo
A Tempranillo leva este nome por causa da palavra espanhola temprano, que significa cedo, sendo esta a sua maior vantagem, pois ela amadurece logo. É considerada a melhor uva tinta espanhola. Com ela são elaborados ótimos vinhos na região de Rioja e da Ribeira Del Duero. Nas outras regiões ela também é bastante cultivada. Em Portugal, ela é conhecida como Tinta Roriz no Douro, e Aragonês no Alentejo. Produz vinhos de cor profunda, estruturados, elegantes e complexos.
Os vinhos feitos de Tempranillo são extraordinariamente finos e muitos de excepcional qualidade, comparáveis aos melhores do mundo.
No novo mundo ela vem sendo testada em alguns países, dando resultados animadores, mas ainda sem o grande destaque que ela tem no país de origem.
Gigantes Espanhóis
Como ninguém tinha um espanhol branco, o Dado optou por levar um belo Pêra Manca, um português que é mais conhecido pelo seu tinto, mas que faz um branco igualmente delicioso. E o vinho caiu muito bem com os famosos “tapas” espanhóis que pedimos para abrir o apetite.
Para o prato principal, todos, com exceção da minha pessoa, foram de cordeiro - Eu fui de Filet Mignon. Pelo que disseram estava delicioso e foi uma harmonização perfeita com os vinhos.
O que dizer sobre os vinhos? Realmente fica difícil. O La Nieta estava sensacional! Um vinho encorpado, mas equilibrado e redondo. Álcool na medida certa, madeira sem excessos e um potencial para envelhecimento muito grande. Um vinho realmente surpreendente, principalmente porque eu não conhecia.
Já o Aalto PS já é mais conhecido, mas não por isto inferior em sua qualidade. Apesar do álcool muito presente, ele evoluiu no decanter e principalmente na taça, o que fez com que ele parecesse menos alcoólico do que ele realmente é. É daqueles vinhos que enche a boca, que ocupa todos os sentidos gustativos de uma forma impressionante. Ao final, a pergunta que sempre rola: Qual foi o melhor? E desta vez não tivemos uma unanimidade...
E agora, depois da Espanha, resta o grande evento do ano, que finalizará este primeiro ano da confraria: Uma vertical de Tignanello, com um jantar feito por Massimo Ferrari. Tá bom ou querem mais?
Se eu sobreviver a este dia (21.11), terei muita coisa para contar...
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Vinho da Semana - Kaiken Ultra Malbec 2006
Produtor: Kaiken
Origem: Mendoza - Argentina
Uvas: Malbec
Safra: 2006
Importadora no Brasil: Vinci
Preço Aproximado: R$ 72,00
Kaiken é um projeto de Aurélio Montes, fundador da famosa vinícola chilena Montes, que produz alguns dos melhores vinhos do Chile. Ele resolveu atravessar os Andes e produzir vinhos em Mendoza, apostando no terroir Mendocino. Ele foi eleito O melhor Malbec da Argentina pela revista Decanter e ainda foi o grande vencedor de uma prova com mais de 120 dos melhores vinhos do país feitos com Malbec, recebendo nota máxima: 5 Estrelas. Além disto, levou nada menos do que 91 pontos de Robert Parker. Um excepcional custo-benefício, que expressa bem o poder da Malbec Argentina, e que tem a madeira no toque certo e bastante alcool: 14%. Mas é delicioso!
Para correr, é preciso andar primeiro.
sábado, 1 de novembro de 2008
Dicionário das Uvas - Pinot Noir
Seus vinhos mais famosos são os Côtes de Beaune, Nuits-St.Georges, e o astro de todos, o Romanée Conti. No Novo Mundo, tem-se conseguido bons vinhos Pinot Noir na Califórnia, no Chile, e na Nova Zelandia.
São em sua maioria, deliciosos vinhos de coloração rubi, com clareza translucida, mas com sabor e aroma marcantes, puxando a cerejas, ameixas frescas, umas notas de cassis.Por seu corpo médio, o ideal é que hamonizemos com comidas mais leves e queijos não tão fortes. Uma boa pedida para o verão, se quiserem variar dos brancos e rosés.
Vinho da Semana - Carabantes 2005
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
O Líquido é um Detalhe...
A embalagem, que contém o champanhe Imperial Crude, é feita de ouro com cristais Swarovski e pérolas douradas, para simular o efeito borbulhas. Um dos elementos da parte superior da garrafa pode ser retirado e usado como pulseira.
Somente 100 unidades feitas à mão da Möet & Chandon Midnight Gold serão disponibilizadas em 2009.
Fonte: Revista Adega- 30 de Outubro 2008
Envelhecendo Instantaneamente
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Vinho de Merda
Em Languedoc, no sul do país, os viticultores batizaram a garrafa de "Le Vin de Merde", nome que poderia espantar o cliente. No entanto, o vinho rosé está agradando o paladar dos degustadores.
Para incrementar o comércio, os bares oferecem a degustação da bebida, antes de mostrar o rótulo da garrafa.
Outro fator que colabora para o sucesso de vendas é o preço. A garrafa é vendida a 7 euros.
Os viticultores celebraram o bom resultado: o estoque inteiro desse ano foi vendido.
Olhem o detalhe da mosca no rótulo do vinho. Eles realmente levaram o nome e o conceito do produto a sério...
Fonte: BBC Brasil
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Dicionário das Uvas - Syrah
Vinho da Semana - Mas au Schiste 2004
Produtor: Domaine Rimbert
Origem: Languedoc - Sul da França
Uvas: Carignan, Syrah e Grenache
Safra: 2004
Importadora no Brasil: De La Croix
Preço Aproximado: R$ 78,00
Este vinho vem de uma região que está localizada ao sul da França, banhada pelo Mar Mediterrâneo, com uma parte fazendo fronteira com a Espanha. Região produtora de vinhos há muitos séculos, ela ficou esquecida durante muito tempo devido à ocorrência da Phylloxera, praga que atacou grande parte dos vinhedos da França no século XIX.
Sobre o vinho, ele é bem estruturado, marcante e fresco. Orgânico, é um gradável corte de 3 uvas, sendo que 2 delas são ainda pouco conhecidas por aqui. Então, além de ser um vinho bem equilibrado e bom para acompanhar carnes vermelhas, vale para conhecer um pouco mais sobre estas uvas francesas que dão ótimos vinhos. Recomenda-se decantar antes de beber para que ele possa se mostrar mais.
E a Espanha Avança
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Malbec Chileno
Fonte: Revista Wine Style
Vinho e Fumaça
Whisky, Mojito, Conhaque, Licores, Vinhos brancos, Vinhos tintos, Vinhos fortificados e outras bebidas. As opções são várias, mas hoje vamos falar um pouco mais a fundo sobre os vinhos. Mais precisamente os vinhos fortificados, aqueles com uma graduação alcoólica mais elevada e que, na minha opinião, combinam mais com um charuto.
Os vinhos que estamos acostumados a tomar, aqueles “de mesa” combinam com charuto? Sim, combinam, mas não conseguiremos degustá-lo da melhor forma e perderemos muitas coisas que eles nos revelam, como seus aromas mais profundos, seus toques no paladar e seu sabor. Isto porque o charuto, por ser mais intenso, acaba encobrindo algumas de nossas sensações com seu sabor e intensidade e de certa forma, acaba agindo conforme o princípio da compatibilização enogastronômica: Por ser, na maioria das vezes mais forte que o vinho comum, o charuto “mata” o vinho, pois não conseguimos tirar dele todo o potencial que ele tem a nos mostrar. Partindo deste princípio, o ideal é acompanharmos o “charuto nosso de cada dia” com bebidas mais alcoólicas e de sabor mais marcante. Então vamos começar a falar dos vinhos fortificados e dos vinhos mais “doces”:
Mas o que são os vinhos fortificados ? São aqueles que não são o produto apenas da fermentação das uvas. Eles são, em determinado momento de suas produções, fortificados com aguardentes vínicas, e acabam ficando mais alcoólicos e algumas vezes, mais doces. Selecionei 2 tipos de vinhos fortificados e um tipo de vinho que não é fortificado, mas acompanha bem um charuto por ser mais doce, que são os vinhos de sobremesa, entre eles, os franceses Sauternes. Vamos falar um pouquinho sobre cada um, para que você possa escolher o seu candidato: Vinho do Porto, Vinho Madeira e Sauternes,
Vamos começar então com o Vinho do Porto, o mais famoso dos fortificados, que tem sua graduação alcoólica entre 19 e 22%vol (Os vinhos de mesa têm entre 11% e 15% vol). Antigamente, os vinhos de Portugal, incluindo a região do Douro, aonde são feitos os Portos, não suportavam bem as longas viagens a que eram submetidos. Para não desperdiça-los, os produtores e os comerciantes decidiram acrescentar álcool vínico aos vinhos durante a fermentação,para que eles agüentassem a viagem, pois o álcool interrompe e fermentação, parando a ação das leveduras. Então perceberam que além de preservar, o vinho apresentava mais qualidade, tornando-o especial. Foi assim que surgiram estes vinhos fortificados, talvez os mais famosos do mundo.
Suas características únicas e marcantes vêm também de fatores como o solo, os diferentes tipos de uvas, sendo algumas delas únicas no mundo, e o forte clima continental com verões secos e invernos muito rigorosos.
As principais uvas cultivadas no Douro são a Touriga Francesa e a Touriga Nacional. Podemos destacar também a Tinta Barroca e a Tinta Roriz. Com estas uvas também se fazem excelentes vinhos de mesa, mas com características completamente diferentes.
Existem vários tipos de Porto, dependendo do seu envelhecimento: Primeiro, os jovens Ruby, Tawny e também o Porto Branco, cujo engarrafamento acontece três anos após a sua vinificação. Depois vêm os safrados, os Vintage Character, que envelhecem entre 4 e 5 anos em pipas de carvalho. Depois, os velhos vinhos envelhecidos em madeira, Old Tawnies, que passam entre 10 e 40 anos, tomando uma cor âmbar incrível. Seguindo, temos os Crusted Port, são resultado de uma mistura de safras diferentes. E por último os Portos excepcionais: Single Quinta Port - de um único vinhedo e envelhecidos por 2 anos e os Vintage Port, que são uma seleção dos melhores Portos da região e passam dois anos em madeira.
Quer também uma dica gastronômica de harmonização do seu charuto e seu Vinho do Porto? Então escolha um queijo de mofo azul (Tipo Roquefort ou Gorgonzola) ou uma sobremesa que leve chocolate. Tenho certeza que não vai se arrepender!
Vamos agora para mais um fortificado português: Vinho Madeira (Teor alcoólico mínimo de 17%vol), oriundo da ilha da Madeira, destino turístico mais antigo da Europa, ao norte do Atlântico, que tem um solo composto por materiais vulcânicos e altas montanhas, com quase dois mil metros de altitude. Este relevo facilita a instalação dos vinhedos em Terrazas (Terraços), como na maior parte da região. Além disto, a ilha ainda apresenta grandes plantações de cana de açúcar.
Este vinho ficou famoso, pois conta a história, que um Duque Britânico, prisioneiro na Torre de Londres e condenado a morte, resolveu se suicidar afogando-se em um tonel de vinho de Madeira.
E Assim como o Porto, o método de produção teve origem na intenção do homem de transportar o vinho a longas distâncias sem que haja depreciação.
A classificação dos vinhos da Madeira, assim como os Portos, varia de acordo com seus preços. A maioria é identificada pelos nomes da variedade de uva predominante. Pela lei, deve haver um mínimo de 85% desta uva no vinho em questão. Os vinhos mais importantes da Madeira são: Sercial - vinho seco; Verdelho - meio seco; Terrantez - vinho levemente doce; Boal - vinho semidoce; Malvasía: vinho doce ao estilo do Porto.
Podemos também classificá-los levando em conta a idade dos vinhos: Reserva, vinho com mínimo de cinco anos em madeira e garrafa. Colheita, vinho de um só vinhedo elaborado a partir de apenas uma variedade de uva e envelhecido um período mínimo de 20 anos em barricas de carvalho; Reserva Extra que é o vinho que tem algumas das uvas anteriormente citadas e permanece pelo menos 15 anos em carvalho e em garrafa, 10 anos no mínimo.
Então vamos a uma deliciosa harmonização: Vinhos Madeira Sercial como aperitivo ou os Madeira Verdelho, Boal ou Malvasia na sobremesa são uma ótima pedida.
Por último, vamos ao vinho que não é fortificado, mas que também apresenta uma doçura marcante e vai bem entre uma e outra baforada. É o Sauternes (Graduação alcoólica de 13% a 15% vol), que tem este nome na França mas pode ser encontrado em outros países também, com outros nomes. Mas certamente o mais famoso e mais nobre é o Francês. O processo de elaboração deste vinho é diferente do que já vimos no Porto e no Madeira. Nele não há a adição de aguardente vínico. Ele tem seu processo bem diferente dos demais, por algumas razões: Uma delas é a chamada “podridão nobre”. Na região de Sauternes, sudoeste da França, o início da manhã é nublado e o clima é úmido, enquanto que as tardes são ensolaradas e quentes. Este tipo de clima acaba favorecendo o desenvolvimento de micro-fungos. Este fungo provoca a porosidade da película das uvas, pelo que a água contida em cada bago se evapora facilmente aumentando assim a sua concentração natural em açúcar. O desenvolvimento deste fungo faz com que a colheita das uvas tenha que ser totalmente manual e em rodadas sucessivas – de 3 a 10 dependendo do viticultor - o que faz com que seja um vinho sempre muito caro. Por isto nota-se que os sauternes não são apenas "vindimas tardias", como os vinhos licorosos de outros países, que também podem atingir qualidades excelentes. Além disso tudo, o produtor interrompe a fermentação alcoólica para que os açúcares naturais permaneçam e tornem esse vinho distinto. Para merecer a denominação "sauternes" cada vinho terá que ser declarado e cada exploração tem que cumprir com certas práticas vitícolas. O Sauternes Château d'Yquem é considerado por muitos o melhor sauternes do mundo e de valor excessivamente alto e é o único classificado como Grand premier cru.
As únicas uvas autorizadas para fazer este vinho na França são a Semillon, Sauvignon e Muscadelle. Nos outros países que também produzem estes vinhos licorosos ou como alguns dizem, “de sobremesa” as regras não são tão rígidas assim. O que acontece nestas outras regiões é uma colheita da uva mais tardia que as demais, o que acaba “secando” a uva e assim ela apresentará um teor de açúcar mais elevado.
Para harmonizar o seu charuto, seu Sauternes ou algum outro vinho licoroso com comida, não é preciso ir muito longe. É só ver o nome que estes vinhos comumente recebem: Vinhos de Sobremesa!
Como vimos, temos 3 bons tipos vinhos, cada um com suas características, que podem igualmente acompanhar suas baforadas. Agora é escolher o seu e ser feliz. Muito feliz!
sábado, 18 de outubro de 2008
Dicionário das Uvas - Merlot
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Vinhos numa noite de Helenas
A vinícola Santa Helena foi fundada em 1942 e é uma das pioneiras na exportação de vinhos no Chile. Já exportam suas diferentes linhas de vinhos para mais de 40 países. A maioria dos vinhedos está localizada no Vale do Colchagua e as variedades de cepas que mais cultivam são Cabernet Sauvignon, , Merlot, Carmènere, Sauvignon Blanc, Chardonnay, Syrah, e tem também alguns estudos com a Malbec, variedade típica de nossos hermanos argentinos, mas que já anda dando bons frutos no Chile. Em 1994, a companhia foi adquirida pela holding CCU, que detém marcas de cervejas, água mineral entre outras.
Voltando ao evento: Quando me chegou o e-mail do Ricardo anunciando o evento, olhei a data e por uma feliz coincidência, ela caía no dia 16 de Junho, dia do aniversário de minha mulher, uma outra Helena! Pronto. Foi a deixa para podermos definir o que faríamos para comemorar seu aniversário. Aproveitei e convidei meu pai, sempre presente e disponível para este tipo de evento com sua sempre companheira esposa e meus excelentíssimos sogros. Todos amantes do vinho, claro!
Começando a noite, o único branco do evento, um Chardonnay Seleccíon Del Directorio 2006. Um vinho equilibrado, agradável, fresco e que impressiona, principalmente quando olhamos o preço (R$ 36,00). Passando para o próximo vinho, o Reservado Gold Merlot 2006, uma grata surpresa: Para quem esperava um vinho simples, jovem, alcoólico e pouco persistente, surpreendeu-se! Um vinho de R$ 25,00, redondo, macio, leve e frutado na medida certa, preservando as características típicas da Merlot, com um leve, mas perceptível toque de madeira, proveniente de seu estágio em barricas de carvalho. Para mim, que nunca havia tomado este vinho, foi a grande surpresa da noite e que comprova mais uma vez que vinhos de preços mais acessíveis não significam necessariamente vinhos de má qualidade.
Entre um vinho e outro, lá estava Matias respondendo simpaticamente a todas as perguntas e até de vez em quando tirando onda conosco, brasileiros que haviam visto no dia anterior o desastre de nossa seleção na derrota para o Paraguai pelas eliminatórias da Copa do Mundo. Mas aquela não era hora de lembrar de coisas deste tipo. Voltando aos vinhos, que naquela hora era o melhor a ser feito mesmo por aqueles que queriam afogar suas mágoas do jogo de domingo, tivemos o Vernus Blend 2004, um corte de Cabernet Sauvignon como base, que tem ainda um pouco de Merlot e um restante de Carmanère. O Carvalho Francês, onde estagiou durante aproximadamente 12 meses é bastante presente, mas não em excesso, o que deixa o vinho bem estruturado e consistente. Outro belo vinho, principalmente com relação ao custo (R$ 60,00). Nesta faixa de preço ele certamente entrega mais qualidade que muito outros vinhos que temos por aí. Na fase final da degustação, as 2 estrelas da noite, um deles que não havia tomado ainda. O Notas de Guarda Cabernet Sauvignon 2002 eu já conhecia e sabia que era um excelente vinho. Encorpado, é um vinho marcante e fica na boca depois por um bom tempo. O preço mais alto (R$ 130,00) talvez assuste um pouco algumas pessoas, mas ele vale o que custa. Por último, como sempre, o astro da noite: D.O. N 2002, que é um corte de Cabernet, Merlot e Carmenère, com grande predominância da primeira cepa. Um vinho potente, de ótimo retrogosto, um nariz muito marcante, mas um preço mais salgado que os outros (Aproximadamente R$ 250,00).
Encerrando a agradável noite de aniversário e de muitos vinhos, uma maravilha de prato para harmonizarmos com o restante dos vinhos que cada um tinha na taça, se é que todos guardaram algo nas taças... : Um Parmantier de pato confit com purê de batata gratinado e mini legumes ao molho agri-doce e como sobremesa manga e abacaxi caramelados com sorvete de baunilha. Um prato deliciosamente harmonizado principalmente com o D.O. N, encerrando a noite com chave de ouro.
Uma noite com excelentes vinhos, dentre eles a grata surpresa do Reservado Gold Merlot, um excelente jantar, um “mestre de cerimônias” como sempre perfeito e atencioso, um enólogo extremamente carismático, profissional e conhecedor do que faz e como não poderia deixar de ser, companhias mais do que agradáveis da família, em especial da aniversariante da noite: uma das Helenas do evento.
PS: Os preços aqui citados são aproximados, podendo variar de acordo com o local.
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Vinho da Semana - DV Catena Cabernet Malbec 2005
Produtor: Catena Zapata
Origem: Mendoza - Argentina
Uvas: TourMalbec e Cabernet Sauvignon
Safra: 2005
Importadora no Brasil: Mistral
Preço Aproximado: R$ 67,65
DV Catena é uma das novas linhas de vinhos premium de famosa vinícola argentina Catena Zapata. Este vinho é elaborado com um dos mais emblemáticos cortes argentinos, combinando a tradicional Malbec com a famosa e tão difundida Cabernet Sauvignon. O resultado é um vinho bem aromático, bem estruturado, mas fácil de beber. A madeira é presente no vinho, mas sem excessos. Não precisa decantar e nem esperar muito para beber. Um vinho que mostra bem o nível de qualidade Catena Zapata.
Vinho Potável
domingo, 12 de outubro de 2008
Dicionário das Uvas - Cabernet Sauvignon
Ela apresenta uma vasta gama de clones e apresenta vinhos com uma grande complexidade aromática e se trata de uma uva muito versátil, podendo-se elaborar desde vinhos jovens e vinhos de guarda, até espumantes.
Caracteriza-se por taninos densos, cor profunda devido à sua casca de cor escura, complexos aromas de frutas e elegante estrutura.
presente.