terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Um Puta 2009 pra todos!!!




















Queridos amigos

Queria desejar a vcs um Natal repleto de alegrias, paz e fé e um 2009 maravilhoso ciom muita saúde, pois o resto é detalhe!!

Bebam bastante vinho tinto, vinho branco, vinho rosé, champanhe, prosecco... ou seja, tudo o que quiserem!!! Mas com responsabilidade, ok?

Nos vemos em 2009 para retomar os assuntos enológicos.

Obrigado a todos pela força nestes 2 meses e meio de blog. vou tentar manter o nível e de preferência melhorar em 2009 !!!!!!!!!!!!!

Beijos e Abraços a todos e pela última vez no ano, CHEERS!!!!!

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Prêmios Brasileiros

Vou começar esta semana uma nova coluna, que irá trazer notícias sobre premiações que acontecem pelo mundo e que sejam relevantes. Para começar, vamos falar sobre a mais recente, que envolve alguns vinhos Brasileiros. Eles acabaram de conquistar mais duas Medalhas de Bronze, desta vez em Londres.

A conquista foi alcançada no International Wine & Spirit Competition, realizado entre os meses de março a novembro, na Inglaterra.

Foram avaliadas cerca de 7 mil amostras e nossos vinhos premiados foram:



Medalha de Bronze:
- Miolo Reserva Chardonnay 2007 - Vinícola Miolo
- Marson Espumante Brut - Cave Marson Vinhos e Espumantes

Vinho Heavy Metal

Quem disse que metaleiro não toma vinho?! O "Eddie's Evil Brew" é a prova de que fãs do Iron Maiden também têm paladar refinado e não vivem só de cerveja quente de show. Este Merlot é simplesmente heavy metal! Produto oficial, exclusividade do Iron Maiden Shop, vem em uma caixa de madeira com logotipo e nome do vinho impressos na tampa. Banda inglesa, preço idem: 15 libras a garrafa. E quem não gosta de vinho, mas ama o Maiden, vale à pena como item de coleção. Até o momento, é certo que a bebida será entregue para todos os países da União Européia.





Fonte: http://www.bemlegaus.com e http://nadave.net/?p=1149

Vinho da Semana - Champanhe Fleury

** Champanhe Fleury**
Produtor: Fleury Père & Fils

Origem: Côte des Bars - Champanhe (França)
Uvas: Pinot Noir (85%) e Chardonnay (15%)
Importadora no Brasil: De la Croix
Preço Aproximado: R$ 156,00



Já que estamos perto do Reveillón e que esta é a época de planejarmos o que estourar na virada do ano, aqui vai um grande achado qu certamente vai fazer voce entrar no ano novo com o pé direito e bebendo bem. A Champanhe Fleury é trazida pela De la Croix, importadora que já falei aqui algumas vezes. O produtor, Jean-Pierre Fleury, foi o primeiro na região de Champagne a utilizar em seus vinhedos o cultivo biodinâmico. Além disto, ele controla todas as fases de elaboração de seu Champagne, desde o cultivo das uvas até a fase final onde os vinhos ficam nas caves aguardando seu amadurecimento. A propriedade está localizada ao sul da região da Champagne, na apelação “Côte des Bars”, reconhecida por proporcionar às uvas Pinot Noir as condições. Pela qualidade do produto e por se tratar de um Champanhe, é uma excelente pedida para o final de ano!

Dicionário das Uvas - Chardonnay


A "Rainha das Uvas Brancas". Uma das mais conhecidas uvas brancas, originária das regiões de Champagne e da Borgonha (França), mas hoje espalhada pelo mundo todo com grande sucesso em vários países.

Responsável por grandes vinhos brancos, com sabor frutado, entre o seco e o meio-doce, com boa capacidade de envelhecimento. São razoavalmente ácidos, mas sem excessos e corpo leve. quando envelhecidos em barricas, tornam-se mais estruturados e com um excelente aroma de madeira misturado às frutas. Os Chardonnays do Novo Mundo costumam ser assim, com ótimos resultados.

Embora seja possível conseguir ótimos chardonnays pelo mundo, nada se compara com os vinhos que ela dá na Borgonha, onde são elaborados, entre outras maravilhas, os famosos "Puilly-Fuissé", e os "Montrachet". Os chardonnay comuns são vinhos frutados, são . Tem uma coloraçao palha, brilhante.

Ela também é usada para fazer champanhes, mas este é um assunto para a semana que vem, pois merece exclusividade.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

E Teve Comemoração

Como falei no post abaixo, sobre o título do meu querido tricolor, Segunda-Feira teve o jantar com o Fefê e o Felipe Kaufmann. E ainda ganhamos a companhia do querido Fernandinho, sommelier do incrível e inigualável Piselli (http://www.piselli.com.br/), que estava de folga e havia combinado comigo que queria estar conosco neste jantar. Ao chegar, a surpresa ao Felipe e ao Fefê, que não sabiam que ele estaria conosco. Para completar, o grande Juscelino estava lá para nos recepcionar e se empolgar com a mesa que formamos, de amigos e assíduos frequentadores do Piselli.

Os vinhos da noite estavam à altura do evento: Um Frescobaldi Pomino 2005 (Branco) para abrir os trabalhos, que estava bem redondo na boca e incrível no nariz! Um italiano moderno, persistente e bem feito!

Depois começamos os tintos e abrimos os dois de uma só vez, para compararmos, já que eram 2 chilenos, do mesmo ano (2005): O fantástico e reconhecido Neyen e o não menos famoso, Purple Angel, da Viña Montes. O Purple Angel, degustado primeiro, impressionou. Feito predominantemente de Carmenère, ele estava maravilhoso tanto no nariz como na boca. O Neyen, corte de Cabernet e Carmenère, estava enigmático. Alguns acharam que estava com defeito. Mas no final, quando ele pôde evoluir no decanter, ele melhorou, mas não no nível que todos esperavam deste grande vinho. Ele parecia meio "amarrado" e não mostrou muito nariz. E na boca ele estava simples demais, um pouco longe de ser um Neyen. Com o tempo ele abriu um pouco, mas deveria ter aberto mais. Coitado do Felipe, que levou o vinho e ficou um pouco decepcionado e querendo achar as explicações... Felipão, relaxa que mesmo "amarrado" o vinho estava muito bom!

Para terminar, fomos para um vinho de sobremesa, que era um belíssimo Italiano, o Maculan Torcolato 2004. Ele teve nada menos que 93 pontos no Parker e realmente a alta nota não foi à toa!

Um belo jantar, para juntar amigos, comer bem e atualizar as conversas com o amigo Felipe, que vem de longe, como vcs sabem pela coluna dele aqui no Blog. E como sempre, o vinho juntando gente em volta dele. Cheers.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Uma pausa para comemorar...


Pela primeira vez não vou falar diretamente de vinhos, mas indiretamente sim!


Como está no meu perfil do Blog, sou São-Paulino doente! E não poderia deixar de usar meu Blog para comemorar o Hexacampeonato do meu time e Tri-Consecutivo. O único, o verdadeiro, o mais querido! E podem falar o que quiserem, mas a taça é nossa, sem deixar nenhuma dúvida, com 18 jogos ou mais de 3 meses de invencibilidade! Alguém tem alguma dúvida?







Sim, somos 6-3-3. E rumo ao 7-4-4. Tricolor, Hexa. E para comemorar, amanhã jantarei no Piselli com o Fefê e o Felipe Kaufmann, quando tomaremos belos vinhos que devo relatar logo mais. Cheers e parabéns à hegemonia Tricolor!

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Vinho da Semana - Tabali Reserva Syrah 2006

** Tabali Reserva Syrah 2006**
Produtor: Viña Tabali
Origem: Valle do Limarí (Chile)
Uvas: Syrah
Safra: 2006
Importadora no Brasil: Grand Cru
Preço Aproximado: R$ 60,00


Um vinho excelente em sua faixa de preço. Vindo do recém descoberto Valle do Limarí, norte do Chile, com um clima desértico, este vinho é parte da linha intermediária da vinícola que tem feito excelentes vinhos. Passa 12 meses em barricas e mais 6 em garrafa antes de ir ao mercado. É um vinho bem redondo, marcante e que por este preço vale muito a pena. Cheers!

Dicionário das Uvas - Tannat

Mais uma uva procedente de Bordeaux, similar a Merlot, mas com maior concentraçao de taninos e cor mais escura que sua "irmã". Geralmente, os vinhos Tannat são sempre de bom corpo, muita cor e taninos macios.

Hoje é muito cultivada no Uruguai, se transformando na uva ícone deste país, que começa a despontar como grande produtor mundial.

É uma uva de difícil cultivo, o que torna a vida dos enólogos locais mais desafiadora, pois é preciso muito critério e cuidado na hora colher, de vinificar e de definir quanto tempo ela passrá em baricas e em que tipo de barricas ela passará durante seu envelhecimento.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Vinhos e Vôos - Por Felipe Kaufmann

Caros leitores do Enodeco e Wine Lovers,
Hoje transcrevo uma matéria bem interessante que saiu na revista Bussines Traveller Asia-Pacific - Edicao de Marco/2008 . Foi uma competição anual para eleger a companhia aérea que tem a melhor carta de vinhos. Legal não? No geral ficou assim:
Melhor Adega (classe executiva):
1) American Airlines
2) Air France
3) Air New Zealand

Melhor Adega (Primeira Classe):
1) Qantas
2) Lufthansa
3) Asiana Airlines

Carta mais informativa e detalhada:
1) Air New Zealand
2) Qatar Airways

Vinhos Ganhadores (Classe Executiva)

Melhores Brancos:
1) Air France - Gerard Bertrand Domaine de Cigalus 2005, Languedoc-Roussillon - França
2) Eva Air - Christoffel Erben Urziger Wurzgarten Riesling Spatlese 2003 Mosel - Alemanha
3) Air New Zealand - Fromm La Strada Riesling 2005 Marlborough - Nova Zelandia
4) El Al -Tishbi Estate Sauvignon Blanc 2006, Marlborough - Nova Zelandia
5) KLM - Ermita Veracruz Verdelho 2006 Ruedo - Espanha

Melhores Tintos:
1) Air New Zealand - Martinborough Vineyard Pinot Noir 2005 Wairarapa - Nova Zelandia
2) Air France - Gerard Bertrand Domaine de Cigalus 2002, Languedoc-Roussillon - França
3) TAM - Jacobs Creek Shiraz Reserve 2002 - Autrália
4) South African Airways - Londridge Pinotage 2004 Stellenbosch - Africa do Sul
5) Eva Air - Chateau Beaumont Haut-Medoc Bordeaux 2003 - França

Melhores Vinhos Espumantes:
1) Singapure Airlines e Qantas - Charles Heidsieck MEC 2003 - França
2) Lufthansa com Duval-Leroy Fleur de Champagne Brut N/V - França
3) Kenya Airways, Korean Airways e Japan Airways - Piper Heidsieck N/V França

3) United Airlines - Pol Roger N/V - França
4) Emirates - Taittinger Brut Reserve N/V França
5) British Airways, KLM e Asiana - Charles Heidsieck Brut Reserve MEC 2004 França

Vinhos Ganhadores (Primeira Classe)

Melhores Brancos:
1) EL AL - Blanc du Castel Jerusalem Haut Judee Chardonnay C 2005 Castel Winery - Israel
2) Emirates - Cesconi Olivar 2006 Pressano Dolomiti - Italia
2) Qantas - Hardys Eileen Hardy Chardonnay 2005 - Australia
3) British Airways - Sancerre Edmond 2003 Alphonse Mellot Loire - França
4) Qatar Airways - Jules Taylos Wines Sauvignon Blanc 2005 Marlborough - Nova Zelandia
4) American Airlines - Wairau River sauvignon Blanc 2006 Marlborough - Nova Zelandia
4) Qantas - Penfolds Chardonnay Reserve Bin 05A 2005 - Austrália
5) Lufthansa com o Kiedrich Grafenberg 2005, Rheingau - Alemanha.
5) Asiana - Maison Champy Corton-Charlemagne Grand Cru 2004, Borgonha - França
5) Japan Airlines - Luis Latour Corton- Charlemagne Grand Cru 2004, Borgonha - França

Melhores Tintos:
1) Qatar Airways - Knappstein Shirraz 2001 Clare Valley - Australia
2) Lufthansa - Sartori Amarone Corte Bra 2003 Valpolicella - Iatlia
3) Asiana - Mortier Charmes-Chambertin Grand Cru 2004 - França
3) Qantas - Lusatia Park “Phi”Pinot Noir 2005 Yarra Valey - Australia
4) Sinagapure Airlines - Castello di Brolio Chianti 2001, Toscana - Italia
5) El Al - Golan Heights Merlot Yarden 2003 - Israel
5) Asiana - Chateau Smith Haut Lafitte 2004, Bordeaux - França

Melhores vinhos espumantes:
1) Lufthansa - Taittinger Comte de Champagne 1997 - França
2) Quantas e British Airways - Charles Heisieck Blanc des Blancs Millenaires 1995 - França
3) United Airlines - Pommery Grand Cru 1998 - Franca
3) Singapure Airlines - Dom Perrignon 1999 - França
4) TAM - Drappier La Grande Sendree Vintage 2000 Aube - França
4) Air France - Henriot Cuvee des Enchanteleurs 1995 - França
5) American Airlines - Pommery Brut N/V - França

Eles também dão a dica de que a Air France serve Champagne até na classe economica sem cobrar nada, bom nao?
A competição foi realizada durante 2 dias em novembro de 2007, com 4 juízes em Londres.


Esta última edição contou com 26 companhias aéreas e alguma ficaram de fora.



Por ano a Lufthansa serve por volta de 1.8 milhões de garrafas de vinho tinto, 1.1 milhão de garrafas de branco e 500 mil garrafas de Champagne.

Até a próxima semana e tim tim,
Felipe





Companias que não entraram na competição: Air Astana, Air Canada, Aer Lingus, Air Namibia, Air China, Air India, Alitalia, ANA, Austrian Airlines, Cathay Pacific, China Airlines,CSA Czech Airlines, Delta, Eos, Etihad Airlines, Icelanair, LAN, MAS,Malev, Middle East Airlines, Northwest Airlines, Oasis Hong Kong, Olympic Airlines, Royal Jordanian, SAS, SriLankan, TAP Air Portugal, Thai Airlines International, Turkish Airlines, US Airways e Virgin Atlantic.

Sommelier em Casa

A enoteca SaintVinSaint lança, em São Paulo, o personal sommelier. O serviço, totalmente gratuito, disponibiliza um profissional especializado em vinhos para ir até a casa do cliente, com o objetivo de indicar rótulos, esclarecer dúvidas sobre cada tipo de uva, e sugerir harmonizações para os pratos.

A proposta é oferecer um atendimento personalizado e de qualidade, tanto para quem começa a conhecer e apreciar vinhos, quanto para colecionadores e amantes da bebida que buscam aumentar sua adega com rótulos especiais.


Para solicitar a visita do personal sommelier, é preciso agendar horário pelo telefone (11) 3846-0384.

domingo, 30 de novembro de 2008

Vertical de Tignanello. Gran Finalle - Parte 2

Vamos então ao que interessa: Aos vinhos e à comida. E que comida! E que vinhos!
Tivemos a grande prova de que a harmonização é muito importante quando temos grandes vinhos e grandes pratos. Em nenhum momento os vinhos mataram os pratos e este talvez tenha sido o grande segredo para a noite ser espetacular!

Para começar, uma Terrine de Coelho tartufada sensacional e o Tignanello 2004. A Terrine, leve, saborosa, sem muitos condimentos e um sabor natural, mas extremamente deliciosa. Uma entrada que se fosse prato principal não passaria vergonha. No copo o 2004 se mostrava jovem, mas já deliciosamente pronto para beber. Foi quase unanimidade achar mos que este vinho daqui a 10 anos estará uma obra prima, algo inacreditável.

Logo depois, o 2001 com um Ravioloni leve e uma lasanha verde saborosa e consistente na boca, harmonizando muito bem com esta safra que foi uma das grandes safras na Toscana. O vinho já mostrava uma cor mais atijolada devido à sua idade e um pouco menos persistente que o 2004. Mas um vinho que se tomado sozinho, sem ser comparado com outros, seria um desbunde. Mas convenhamos que comparar diferentes Tignanellos é até sacanagem, pois é difícil saber qual é melhor e o “menos bom”, pois todos são incríveis. Neste caso, as massas caíram perfeitamente com o vinho, sem sobreposição. Foram complementares e a esta altura já estávamos completamente entregues àquela que pode ser considerada um dos maiores eventos gastronômicos que já puder presenciar.

Por enquanto é isto. Semana que vem volto para terminar a contar como foi o restante do jantar e dos vinhos, já que ainda tínhamos pela frente um 1997, um 1990 e um Sauternes de 100 pontos no Robert Parker...

Haja coração, como diria Galvão! Ou melhor, haja boca e estômago!

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Dicionário das Uvas - Cabernet Franc

Uma uva tinta de ótima qualidade, também proveniente de Bordeaux. Ela é utilizada no clássico "corte bordalês", junto a cabernet sauvignon, merlot e petit verdot. É ela a responsável pela estrutura dos grandes vinhos "grand cru" de Bordeaux (a Cabernet Sauvignon dá aroma, sabor e corpo, a Merlot dá suavidade, maciez e completa o sabor; a Petit Verdot dá um leve tempero). Já os varietais da Cabernet Franc, são robustos e aromáticos, embora mais tânicos e um pouco ácidos.

Apesar da forte ligação que mantém com a região de Bordeaux, a Cabernet Franc se espalhou por todo o mundo, e é usada tanto em varietais como em combinações variadas. Seus vinhos tem bom corpo, cor rubi intensa, e acidez acentuada. Não costumam ser vinhos para guarda.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Vinho Hermano-Tupiniquim

A Miolo irá produzir um vinho especial em parceria com o enólogo argentino César Augusto Borba de Azevedo para mostrar o terroir da região de Mendoza, na Argentina. O lançamento estará disponível em Novembro no Brasil, Argentina e países da Europa. O terroir escolhido é na região de Lujan de Cuyo, um dos mais nobres terroirs de Mendoza.

Para homenagear os incas que habitaram Mendoza, a linha de vinhos foi intitulada Los Nevados. Este foi o nome dado pelo povo milenar à Cordilheira dos Andes, que desde os primórdios exerce grande influência para o desenvolvimento da viticultura da região. Conforme Azevedo, é a Cordilheira que garante o cultivo de uvas na região de Mendoza, pois o degelo de seus picos formam pequenos rios usados para a irrigação dos vinhedos. “A Cordilheira dos Andes garante a expressão do terroir do vinho de Mendoza”, afirma.

A linha Los Nevados será formada inicialmente pelos varietais tintos Malbec, Cabernet Sauvignon e o branco Chardonnay.


Porém, a Miolo não é a primeira empresa brasileira a fazer um vinho por lá. A Casa Valduga já produz o MUNDUS, um vinho Malbec feito em Mendoza, pelo pessoal da própria Casa Valduga. Um vinho interessante por sinal.

Vinho da Semana - Tilia Malbec Syrah 2006

** Tilia Malbec Syrah 2006**
Produtor: Tilia
Origem: Mendoza (Argentina)
Uvas: Malbec e Syrah
Safra: 2006
Importadora no Brasil: Vinci
Preço Aproximado: R$ 32,00





Um verdadeiro achado. Pela faixa de preço é um vinho bem acima da média, com bom corpo, frutado, mas não tão jovem no nariz e na boca e com uma leve madeira que faz toda a diferença para tirar a "dureza" do vinho. Comprei por indicação da própria importadora e realmente não esperava tomar um vinho destes por pouco mais de 30 reais. Não à toa, levou 88 pontos da Wine Spectator. Supreendente e vale até como dica para eventos.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Nova Coluna: Vinhos e Vôos

Olá leitores do EnoDeco!
Sou Felipe Kaufmann e além de leitor do Blog sou um grande amante do vinho. Essa paixão começou quando eu, com 4 anos de idade, frequentava a adega do meu pai em Campos do Jordão já tomando bons Bordeaux e Borgonhas. Com 25 anos fui morar no Chile e lá aumentei um pouco meu conhecimento convivendo diariamente com enólogos, degustadores profissionais e o mais importante, pisando na terra e calejando as mãos. Hoje, sou o único brasileiro a ser Diplomado em Vinho Chileno, curso ministrado pela Pontifícia Universidad Catolica de Chile – Santiago – (Faculdad de Agronomia e Ingeneria Forestal, Departamento de Fruticultura y Enologia) aonde aprendi as técnicas de produção, elaboração, e degustação. Com isso acabei ficando representante das vinícolas chilenas Neyen de Apalta, Viña Catrala, Viña Alta Cima e Viña Sol y Viento para o mercado brasileiro e asiático, que aliás é aonde moro hoje. Hong Kong, aonde moro, é uma das 3 melhores captais mundiais para comércio de vinho e eu nao poderia ficar fora dessa. Aqui, acabei recentemente meu curso na WSET (Wine and Spirits Education Trust) Level 3 Advanced Certificate, a escola de vinhos mais tradicional do mundo que qualifica para o meu tão sonhado titulo de “Master of Wine”. Também, como parte do meu aprendizado, viajo de 6 a 10 vezes ao ano para países produtores com o intuito de sempre aprender e absorver o estilo dos lugares. Mas a verdade mesmo é que me sinto pelado ao ver que sempre há mais e mais o que descobrir neste mundo do vinho! E é isso que deve nos motivar a aprender cada vez mais!

Foi com enorme prazer que aceitei o convite do Déco para escrever em seu blog sobre os vinhos que podemos apreciar a 35 mil pés de altitude. Ou seja, voando de um canto para o outro em minha coluna, “Vinhos e Voos”.

E hoje começaremos com com duas boas companhias aéreas, a Swiss (4 estrelas no ranking Skytrax*) e Cathay Pacific (uma das 6 companias aéreas 5 estrelas):

Companhia: Swiss

Trecho: São Paulo / Zurique - Classe Executiva:
Uma surpresa, entre São Paulo e Zurique tinha um La Brancaia Chianti Classico 2005, estupendo e não estava na carta...
Continuam com a Champagne Jacquart Brut Mosaique, Reims

Os brancos eram:
Zurcher Riesling Silvaner 2006 Canton Zurich;
Sauvignon Blanc Neethlingshof 2006 Sul Africano;

Tintos:
Trimmis Blauburgunder Schieferwandler Originis 2006;
Clarendele AC 2003 (feito pelo Chateaux Haut-Brion);
Stellenbosch Alto Rouge 2004;

Companhia: Cathay Pacific


Trecho: Hong Kong / Sydney - Classe Economica.
Para quem gosta de wisky, tem Chivas Regal 12 anos e Johnie Walker Black Label (na executiva Gold Label e na primeira classe tem Blue Label)
Infelizmente eles servem vinhos em copos normais descartáveis, sendo 2 australianos: Robert State Commissioner’s Block Chardonnay 2005 (Branco) e Watershed Shades Syrah 2004 (Tinto).

*Skytrax (http://www.airlinequality.com/)

Ate domingo que vem!

Tim Tim,
Felipe

domingo, 23 de novembro de 2008

Vertical de Tignanello. Gran Finalle - Parte 1

Sexta-Feira, 21 de Novembro de 2008. Era o dia da tão esperada Vertical de Tignanellos que encerraria o primeiro ano de nossa confraria. Palco armado na casa do anfitrião José Roberto e convidados a postos. Depois de abrirmos os trabalhos e começar com um belo Prosecco, adentramos à sala de jantar aonde estavam, perfilados, lado a lado, as 4 safras da estrela da noite. Para poder contar com detalhes, terei que dividir este assunto em várias partes, para poder dar o maior número de detalhes possível.

Então, para começar, postarei as fotos dos 4 vinhos e do menu (linda arte feita pela linda Lila), especialmente preparado por Massimo Ferrari e pelo italiano Sergio. Isto é apenas para começar e dar uma noção de como foi esta verdadeira "orgia gastronomica". Depois, dividirei os posts em 4 partes, falando de cada vinho e seus respectivos pratos. E se algum dos presentes quiser comentar algo em cima, obviamente estão mais do convidados a falar. Afinal, como todos foram unânimes em dizer, foi o grande evento do ano! E que venha 2009!




* Pratos:
- Terrina di Coniglio tartufata con gelatina al porto bianco
- Ravioloni di anitra e fegato d´oca al burro e salvia
- Lsagne verdi alla Ferrarese
- Brasato di manso al chianti con sfmotino di patate e carotine mignon
- Parmegiano Reggiano e Pecorino con pere
- Roquefort e Camembert con zucca caramellata
- Sfogliatina alle fragole con crema inglese

* Vinhos:
- Prosecco
- Tignanello 2004 Antinori
- Tignanello 2001 Antinori
- Tignanello 1997 Antinori
- Tignanello 1990 Antinori
- Chateau Rieussec 2001

Vinho da Semana - Zuccardi Serie A Bonarda 2006

** Zuccardi Serie A Bonarda 2006**
Produtor: Familia Zuccardi
Origem: Mendoza (Argentina)
Uvas: Bonarda
Safra: 2006
Importadora no Brasil: Expand
Preço Aproximado: R$ 55,00


O mais novo experimento desta famosa e tradicional vinícola argentina mostra que eles realmente sabem produzir vinhos de qualidade em qualquer faixa de preço. O seu vinho top, o Z é indiscutivelmente um dos melhores vinhos argentinos. Os seus vinhos mais básicos, da linha Santa Julia são vinhos honestos e que em suas faixas de preço merecem destaque.

Agora, a novidade é a linha "Série A" que é composta de um vinho branco, corte de Chardonnay e Viognier e três tintos varietais: Malbec, Syrah e o Bonarda, que é o vinho que dou destaque.

30% do vinho passa por barricas de carvalho Francês por 1o meses e isto dá uma maciez importante ao vinho. É persistente na boca e redondo, sendo um ótimo investimento pelo seu preço. A uva, ainda pouco difundida por aqui, é tida como a grande aposta dos hermanos para o futuro. Até Nicolas Catena já andou dando declarações de que em breve ela será mais famosa que a conhecida Mabec. Mas pelo jeito já está dando bons frutos desde já. Cheers!

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Dicionário das Uvas - Sangiovese

Uma das mais emblemáticas uvas italianas, amplamente cultivada na região central da Itália, principalmente na Toscana, Úmbria, e Lazio. Principal casta do famoso vinho Chianti e também dos Brunellos di Montalcino, mas nete caso é a Sangiovese Grosso, que é uma variedade especial e muito controlada da Sangiovese.

Apesar de não ser uma uva difícil, não se espalhou pelo mundo como as uvas francesas. Portanto, continua uma uva tipicamente italiana.

Os vinhos feitos de Sangiovese são via-de-regra para consumo rápido, de 2 a 3 anos, com excessão dos Supertoscanos, Brunellos e Chiantis Reservas, que aguentam bem mais tempo em garrafa, devido à sua estrutura e por terem também passado longos períodos em barricas. Sua é cor um rubi brilhante, com destacada mas agradável acidez, baixa adstringencia, e corpo meio-leve. Nos tipos de vinhos mais elaborados e citados acima, seus sabores e aromas são marcantes e suas colarações mais escuras.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Lista Wine Spectator 100 Melhores Vinhos

Saiu a tão esperada lista anual da Wine Spectator, aonde eles ordenam os 100 melhores vinhos do ano. E o top 1 é do novo mundo! Um vinho já bem conhecido pelos enófilos, e um dos ícones do chile: Clos Apalta 2005 da vinícola Casa Lapostolle. O vinho levou nada menos que 96 pontos desta que é uma das mais conceituadas revistas de vinho.



Entre os 10 primeiros temos, além do grande vencedor, 5 franceses, 1 italiano, 1 autraliano, 1 californiano e 1 português. Para maiores informações, entrem no http://top100.winespectator.com/.

Surpresas Espanholas

No último dia 05 de Novembro estive no evento Prazeres da Mesa e tive a oportunidade única de ser convidado para uma Mega degustação de vinhos espanhóis. Obviamente não pensei duas vezes ao aceitar e logo me dirigi à sala aonde seria feita a degustação. Quando chego lá, a primeira surpresa: A degustação seria conduzida pelo amigo, grande enófilo e conhecedor Ricardo Bohn Gonçalves, sobre o qual já falei algumas vezes aqui no blog. Ele é o idealizador da Wine School, que promove jantares e degustações interessantes, muitas vezes com a presença de produtores estrangeiros. Mas as surpresas não pararam por aí.

Começando a degustação, foram apresentadas as estrelas da noite, na seguinte ordem:
- Baron de Chirel Reserva 2002, o vinho top da famosa vinícola Marques de Riscal, na região de Rioja.
- Prado Rey Elite 2001, o top da vinícola Parado Rey, em Rueda.
- Todonia Gran Reserva 1987 (Rioja)
- Dalman 2000 (Rioja)
- Alion 2003 (Ribeira Del Duero)
- Áster 2000 (Ribeira Del Duero)
- Rioja Alta 1870 Gran Reserva 1995
- Aalto 2005

Todos os vinhos eram sensacionais, impressionantemente diferentes, mesmo tendo como base, em sua maioria a Tempranillo. Mas os modos de vinificação, as regiões, os anos e outros tantos fatores os tornavam únicos e diferentes.
Não vou aqui falar de todos, pois ficará muito extenso, mas queria destacar alguns pontos que me chamaram a atenção:

Primeiramente a diferença de estilos que ficou muito clara: Os “modernos” Baron de Chirel, Dalman, Alion e Aalto com uma madeira mais predominante, mais frutados e muitos deles mais alcoólicos, que se opõe no estilo aos demais “tradicionais” da degustação.

Depois, a impressionante longevidade do Todonia 1987, um vinho maior de idade, com 21 anos e em perfeito estado de aroma, sabor e cor. Impressionante!

E por último, como disse acima, como uma mesma uva, que era a base de todos – Tempranillo – pode dar vinhos tão diferentes, de corpos, cores, aromas e sabores tão distintos e únicos.

Acho que pelos vinhos que foram degustados e juntando também com o último tema da confraria que fizemos (Post “Gigantes Espanhóis”, abaixo) dá realmente para acreditar que a Espanha está caminhando a passos largos para ser o maior produtor de vinhos do mundo, não só pela área que já tem de plantações (Já é a maior do mundo em áera), mas também pela qualidade de seus líquidos. Claro que ainda precisa de muito para desbancar alguns ícones de Bordeaux e Borgonha, bem como Brunellos e Barolos. Mas eles já estão se aproximando.

domingo, 16 de novembro de 2008

Vinho da Semana - Cuveé Cent Pour 100

** Cuveé Cent Pour 100 Moulin Caresse**
Produtor: Chateau Moulin Caresse
Origem: Sud - Ouest (França)
Uvas: Merlot, Malbec e Cabernet Franc
Safra: 2003
Importadora no Brasil: De La Croix
Preço Aproximado: R$ 103,00





Um vinho saboroso, vindo de uma região em ascensão na França que é a parte sudoeste do país.
Este produtor produz vinhos desde 1749 e neste vinho eles conseguem mostrar um corte muito bem feito de 3 uvas marcantes, como Merlot, Malbec e Cabernet Franc. Um prato cheio para aqueles que gostam de vinhos complexos, pois ao mesmo tempo que ele é suave, é intenso no sabor e nos aromas. A madeira é na medida certa (18 meses em barricas pequenas) e se puder ser decantado antes, melhor. Na minha opinião, é um francês moderno.

Le beaujolais nouveau est arrivé!

Alguns consideram o Beaujolais Nouveau apenas um fenômeno de marketing. E realmente há um certo fundamento nisso. Desde o século XIX os viticultores e negociantes locais tinham o costume de comercializar prematuramente suas colheitas. Estavam sujeitos, no entanto, a um sistema de venda escalonada, para garantir a manutenção dos estoques. Somente em 1951 o governo liberou a saída do vinho das propriedades no mesmo ano da safra.

Inicialmente, havia bloqueio até 15 de dezembro. Depois os produtores conseguiram antecipar a liberação para a terceira quinta-feira de novembro. Hoje, para fazer o vinho chegar a todos os pontos de venda no dia certo, há quase uma operação de guerra. Aqui, por exemplo, boa parte das garrafas vem de avião. Isso eleva o preço do produto - mas garante a festa. Ele é o primeiro tinto da safra, que na Europa começa geralmente em meados de agosto. Enquanto os outros vinhos recém-saídos da fase de fermentação ainda descansam na paz das caves, o Beaujolais, elaborado com a uva Gamay, é produzido rapidamente e chega ao mercado com muito barulho no primeiro minuto da terceira quinta-feira de novembro

A região que fica no sul da França produz anualmente 60 milhões de garrafas deste vinho jovem, esperado com alegria nos bistrôs de Paris e enviado a mais de 150 países. O Brasil tem se mostrado um bom consumidor. No ano passado, importou 350 mil garrafas, correspondendo a quase um milhão de dólares. A produção do Nouveau representa cerca de 1/3 do que as vinícolas oferecem na região, incluindo os 2/3 restantes garrafas de Beaujolais Villages e de crus.

É um vinho alegre, jovial, extremamente frutado, que combina maravilhosamente bem com pratos leves, frios, embutidos e refeições rápidas. Quem nunca ouviu alguém falar que ele tem um aroma forte de banana?

Dicionário das Uvas - Carmenère

Mais uma uva tinta originária de Bordeaux, mas que hoje foi praticamente naturalizada chilena. Lá pelo ano de1860, as videiras européias desta variedade foram dizimadas pela filoxera, um inseto que afecta as folhas e as raízes sugando a seiva das plantas. Mais tarde foram substituídas por outras castas menos sensíveis, como a Merlot.

Julgada extinta, foi redescoberta em
1994 no Chile por um ampelógrafo francês, chamado Jean-Michel Boursiquot, que notou que algumas cepas que achavam que era Merlot demoravam a maturar. Os resultados de estudos realizados concluíram que se tratava da extinta Carménère, cultivada inadvertidamente, misturada com pés de Merlot.

A Carmenère se adaptou muito bem ao agradável clima chileno e a seus solos férteis a ponto de ser considerada uma das uvas mais importante do Chile.

Produz ótimos vinhos varietais, com muita estrutura e sabor marcante. Permite ótimo envelhecimento para os vinhos bem elaborados.

Como foi dito acima, hoje pode-se dizer que a Carmenère é uma uva chilena, e lá encontra sua maior expressão, mas aparece também na California e na Argentina.
Seus vinhos são bem saborosos e encorpados, geralmente um pouco mais tânicos que a Cabernet Sauvignon.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Ajuda para o Grande Varejo

O Makro inaugurou, em 24 de outubro, o espaço Speciale Adega & Emporium na loja da Vila Maria, em São Paulo, focalizando principalmente em vinhos, com mais de 1.000 rótulos provenientes da França, Itália, Portugal, Espanha, Chile, África do Sul, Austrália, Argentina, entre outros, conservados em adega climatizada.

Além disso, a loja oferece charutaria, frios, temperos e especiarias e outros alimentos e bebidas.

A idéia foi trazida da Holanda e pretende melhorar a variedade que seus clientes oferecem aos consumidores finais. A presença de consultores especializados, como sommeliers, deve ajudar os clientes nas compras.

Para Beber de Palitinho

Li na Revista Adega deste mês que está no mercado, o primeiro vinho brasileiro produzido e desenvolvido especialmente para harmonização com os pratos da gastronomia japonesa. Há algum tempo ele já estava sendo servido com exclusividade em restaurantes de São Paulo, mas agora será disponibilizado nos supermercados e lojas especializadas.
O Sushi Vin tem paladar leve e equilibrado e é uma combinação de três varietais: Chardonnay, para aportar mais estrutura e acidez; e Malvasia Bianca e Moscato para conferir o aroma frutado apropriado e necessário à harmonização com a cozinha oriental, especialmente peixe e arroz.

É um vinho jovem com confere coloração amarelo palha, e é ideal para ser consumido a aproximadamente 6°C.

Ainda não experimentei, mas se alguém já tiver bebido, estou curioso para saber o que acharam...

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Dicionário das Uvas - Tempranillo

Já que a Espanha tem sido um assunto corriqueiro por aqui nos últimos dias, vamos falar da mais famosa uva espanhola: A Tempranillo.

A Tempranillo leva este nome por causa da palavra espanhola temprano, que significa cedo, sendo esta a sua maior vantagem, pois ela amadurece logo. É considerada a melhor uva tinta espanhola. Com ela são elaborados ótimos vinhos na região de Rioja e da Ribeira Del Duero. Nas outras regiões ela também é bastante cultivada. Em Portugal, ela é conhecida como Tinta Roriz no Douro, e Aragonês no Alentejo. Produz vinhos de cor profunda, estruturados, elegantes e complexos.

Os vinhos feitos de Tempranillo são extraordinariamente finos e muitos de excepcional qualidade, comparáveis aos melhores do mundo.

No novo mundo ela vem sendo testada em alguns países, dando resultados animadores, mas ainda sem o grande destaque que ela tem no país de origem.

Gigantes Espanhóis


Na última Terça-Feira, 03 de Novembro, tivemos mais um evento de uma confraria formada por pessoas especiais: José Pedro - meu pai, José Roberto - meu tio, Fefê – meu primo, Dado Lancelotti e Marcio Oliveira – grandes amigos, e eu. Esta confraria começou este ano, com o seguinte formato: Escolhemos um país, ou região e vamos até um restaurante que tenha a ver com o tema escolhido. Para o evento, alguém se habilita a levar os vinhos tintos – sempre de bons níveis e esta pessoa não paga a conta. E outra pessoa se habilita a levar o branco, porém sem regalias na conta, já que na maioria das vezes os tintos acabam sendo bem mais caros. Já andamos pelo Chile, pela Borgonha, por Bordeaux, pela Toscana, por Portugal e na última fomos até a Espanha. Restaurante escolhido: o delicioso Eñe, no qual fomos muito bem atendidos pelo Souza, o sommelier da casa.

Como ninguém tinha um espanhol branco, o Dado optou por levar um belo Pêra Manca, um português que é mais conhecido pelo seu tinto, mas que faz um branco igualmente delicioso. E o vinho caiu muito bem com os famosos “tapas” espanhóis que pedimos para abrir o apetite.

Para o prato principal, todos, com exceção da minha pessoa, foram de cordeiro - Eu fui de Filet Mignon. Pelo que disseram estava delicioso e foi uma harmonização perfeita com os vinhos.
Mas que vinhos eram estes? Nada mais, nada menos que um La Nieta 2005 e um Aalto PS 2004. Estes vinhos já chegaram a ganhar em uma degustação às cegas do famoso Chateau Margaux e de outros grandes vinhos!!

O que dizer sobre os vinhos? Realmente fica difícil. O La Nieta estava sensacional! Um vinho encorpado, mas equilibrado e redondo. Álcool na medida certa, madeira sem excessos e um potencial para envelhecimento muito grande. Um vinho realmente surpreendente, principalmente porque eu não conhecia.

Já o Aalto PS já é mais conhecido, mas não por isto inferior em sua qualidade. Apesar do álcool muito presente, ele evoluiu no decanter e principalmente na taça, o que fez com que ele parecesse menos alcoólico do que ele realmente é. É daqueles vinhos que enche a boca, que ocupa todos os sentidos gustativos de uma forma impressionante. Ao final, a pergunta que sempre rola: Qual foi o melhor? E desta vez não tivemos uma unanimidade...

E agora, depois da Espanha, resta o grande evento do ano, que finalizará este primeiro ano da confraria: Uma vertical de Tignanello, com um jantar feito por Massimo Ferrari. Tá bom ou querem mais?

Se eu sobreviver a este dia (21.11), terei muita coisa para contar...

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Vinho da Semana - Kaiken Ultra Malbec 2006

** Kaiken Ultra Malbec 2006**
Produtor: Kaiken

Origem: Mendoza - Argentina
Uvas: Malbec
Safra: 2006
Importadora no Brasil: Vinci
Preço Aproximado: R$ 72,00






Kaiken é um projeto de Aurélio Montes, fundador da famosa vinícola chilena Montes, que produz alguns dos melhores vinhos do Chile. Ele resolveu atravessar os Andes e produzir vinhos em Mendoza, apostando no terroir Mendocino. Ele foi eleito O melhor Malbec da Argentina pela revista Decanter e ainda foi o grande vencedor de uma prova com mais de 120 dos melhores vinhos do país feitos com Malbec, recebendo nota máxima: 5 Estrelas. Além disto, levou nada menos do que 91 pontos de Robert Parker. Um excepcional custo-benefício, que expressa bem o poder da Malbec Argentina, e que tem a madeira no toque certo e bastante alcool: 14%. Mas é delicioso!

Para correr, é preciso andar primeiro.

Muita gente tenta produzir um Pinot Noir de destaque. Mas se esquece de que, para alcançar o nível top, é preciso antes fazer um vinho básico.
Já se passaram quase quatro anos desde a estréia mundial de Sideways. Vocês se lembram desse filme? Aquele que foi responsável pela ascensão da Pinot Noir como uma variedade imprescindível? Uma hora e 26 minutos de filme que fizeram com que as vendas de Pinot Noir saltassem nas vendas como nunca em sua história. Claro que o “fenômeno” Sideways decantou, mas deixou um rastro de influência que é perceptível em todos os lugares. Na costa chilena, nos vales de Casablanca e San Antonio.No deserto de Mendoza ou nas planícies da Patagônia. Aí, nessas zonas da América do Sul, o boom também chegou com força. Todos quiseram e querem fazer da Pinot Noir uma grande cepa, um vinho que sobressaia nos rankings. E do esforço pré e pós Sideways, é possível tirar conclusões.

A primeira é o otimismo. Hoje, a Pinot Noir está muito melhor do que há cinco anos.

Na Patagônia, a Vinícola Chacras está lançando vinhos que não tinham alcançado um nível similar na Argentina, enquanto que no Rio Negro, Humberto Canale continua insistindo por resultados melhores. A Cono Sur, no Chile, faz um trabalho “maratônico” para se erigir como um grande produtor (pelo menos em quantidade). E tem conseguido. Como também conseguiu fazer com que o vinho Ócio (seu “top”) decolasse com a safra de 2006, constituindo o melhor Pinot que essa vinícola já produziu. A Villard, enquanto isso, consagra-se como uma referência neste lado do mundo. E seguem os exemplos: No Chile, perto da costa do Pacífico, a Viña Leyda e a Garcés Silva são dois produtores ambiciosos, que estão fazendo vinhos muito bons, do mesmo nível dos produzidos por Casa Marín, Kingston e Viña Casablanca. Na Argentina, talvez em razão do clima, ainda não se encontram grandes Pinot Noir na área de Mendoza. Há tentativas, como Salentein, Luca, La Célia e Alamos – todos vinhedos de boa altitude, com clima mais frio, em que essa inconstante varietal pode amadurecer mais lentamente. Avanços foram feitos, porém, há algo que me preocupa. Via de regra, em especial no Chile, as vinícolas que se comprometem a fazer um bom Pinot Noir miram muito alto. Vinhos, na maioria, com grande presença de madeira e também com uma estrutura potente oriunda de vinhedos nos quais a produção por planta é mínima. No fundo, são vinhos feitos para impressionar.

Insisto na idéia de aprender a caminhar, antes de querer correr. Ainda que exista um pequeno lote de Pinot Noir interessante (e caro), o mesmo não acontece nas categorias média e baixa. Fica a sensação de que todos os esforços são feitos para se criar um grande vinho com base em barricas selecionadas. Mas, abaixo disso, nada. O desejo de imitar um Grand Cru da Borgonha antes de, primeiro, dedicar-se a obter o nível de um Village. Eu gostaria de provar frutas de primeira qualidade, nascidas nos melhores vinhedos, sem passar por madeira, sem macerações assassinas que anulam a delicadeza da cepa. Por que não fermentar em madeira velha? Por que não usar a cementação em vez dessas supercubas de aço especialmente adaptadas para extração abundante de fruta e taninos? Para pintar como Picasso, primeiro é preciso aprender a desenhar figuras humanas. Não se pode chegar ao final do campeonato sem ter passado pela primeira rodada.


Por: Patrício Tapia - Revista Prazeres da Mesa

sábado, 1 de novembro de 2008

Dicionário das Uvas - Pinot Noir

Uma uva delicada. Esta é a melhor expressão para descrever esta variedade tinta. Típica da região da Borgonha (França). A Pinot Noir é responsável por alguns dos melhores vinhos tintos do mundo. Já foi plantada em muitos outros paises, mas fora de seus "terroirs" originais não tem desempenho que chegue aos pés das origens. Tem sim bons vinhos em outros locais, mas não chegam aos pés dos Borgonhas. Os vinhos de Pinot Noir podem dar também vinho branco quando suavemente macerada; combinada com a Pinot Meunier e Chardonnay, formam por excelência, as castas originais do champagne.
Seus vinhos mais famosos são os Côtes de Beaune, Nuits-St.Georges, e o astro de todos, o Romanée Conti. No Novo Mundo, tem-se conseguido bons vinhos Pinot Noir na Califórnia, no Chile, e na Nova Zelandia.

São em sua maioria, deliciosos vinhos de coloração rubi, com clareza translucida, mas com sabor e aroma marcantes, puxando a cerejas, ameixas frescas, umas notas de cassis.Por seu corpo médio, o ideal é que hamonizemos com comidas mais leves e queijos não tão fortes. Uma boa pedida para o verão, se quiserem variar dos brancos e rosés.

Vinho da Semana - Carabantes 2005

** Carabantes 2005**
Produtor: Viña Von Siebenthal
Origem: Valle do Aconcágua - Chile
Uvas: 85% Syrah, 10% Cabernet Sauvignon e 5% Petit Verdot
Safra: 2005
Importadora no Brasil: Terra Mater
Preço Aproximado: R$ 135,00

Recentemente estive no Chile e aproveitei minha ida ao Valle do Aconcágua para conhecer esta pequena vinícola de um Suíço que resolveu se mudar para o Chile e produzir vinhos a prtide de 1998. Ótimos vinhos por sinal
Este vinho é um corte predominantemente de Syrah e enche a boca de verdade. Ocupa todos os sentidos de nossas papilas gustativas e por isto se mostra bem complexo e "suculento". Frutas vermelhas muito presentes e madeira na medida certa. Dá para envelhecer mais na adega, mas apesar de novo, já pode ser tomado. E muito bem tomado!

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

O Líquido é um Detalhe...

A Möet & Chandon acaba de lançar um novo luxo para sua coleção: a garrafa de ouro Midnight Gold, assinada pela designer francesa Camille Toupet.

A embalagem, que contém o champanhe Imperial Crude, é feita de ouro com cristais Swarovski e pérolas douradas, para simular o efeito borbulhas. Um dos elementos da parte superior da garrafa pode ser retirado e usado como pulseira.
Somente 100 unidades feitas à mão da Möet & Chandon Midnight Gold serão disponibilizadas em 2009.


Fonte: Revista Adega- 30 de Outubro 2008

Envelhecendo Instantaneamente

Envelhecimento Instantâneo do Vinho! Pelo menos isso é o que promete o inventor inglês Casey Jones, com seu produto de £350, que usa uma tecnologia de ultra-som para recriar os efeitos de décadas de envelhecimento, pela colisão das moléculas de álcool dentro da garrafa.
O "Ultrasonic Wine Ager", que lembra um balde de gelo, leva apenas 30 minutos para fazer o serviço!O nada modesto Mr. Jones garante: "Esta máquina pode tornar seu vinho barato, de £3.99, um ótimo vinho, que custa centenas de libras."

Andre Jones (que não é parente de Casey), um vinicultor que produz 40.000 garrafas por ano na vinícola de sua família, disse que ficou impressionado com a bugiganga. "Casey pegou uma de nossas garrafas e nos trouxe de volta para provarmos, após colocá-la em sua máquina. Eu fiquei espantado, o vinho tinha realmente envelhecido.", disse Andre.

Um outro utensílio que está disponível no mercado e que custa por volta de R$ 900,00 é o Clef du vin (Imagem acima), um acessório inovador, que suaviza a sua estrutura e abre os seus aromas revelando o seu potencial de envelhecimento. Estimula a evolução do processo natural de oxidação do vinho; Um segundo em contacto com o vinho, ele indica o potencial de envelhecimento de um ano. Dois segundos, o potencial de 2 anos. E por aí vai.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Vinho de Merda

No sul da França, os fabricantes de vinho estão usando a má fama que têm de produzir bebidas de qualidade ruim para alavancar as vendas. E por incrível que pareça, a estratégia está dando certo.

Em Languedoc, no sul do país, os viticultores batizaram a garrafa de "Le Vin de Merde", nome que poderia espantar o cliente. No entanto, o vinho rosé está agradando o paladar dos degustadores.

Para incrementar o comércio, os bares oferecem a degustação da bebida, antes de mostrar o rótulo da garrafa.
Outro fator que colabora para o sucesso de vendas é o preço. A garrafa é vendida a 7 euros.

Os viticultores celebraram o bom resultado: o estoque inteiro desse ano foi vendido.

Olhem o detalhe da mosca no rótulo do vinho. Eles realmente levaram o nome e o conceito do produto a sério...


Fonte: BBC Brasil

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Dicionário das Uvas - Syrah

Esta uva tinta, é proveniente do Caucaso, e talvez a uva vinifera mais antiga do mundo. O nome Shiraz - outra denominação usada para esta uva - vem da cidade de Shiraz (Irã), onde era muito cultivada na antiguidade. Trazida para o Ocidente, se deu muito bem pricipalmente no sul da Borgonha e na Provence (França). Hoje é a casta principal dos Côtes-du-Rhône, do famoso Chateauneuf-du-Pape, e dos Côtes-de-Provence. Fora da França produz bons vinhos varietais, mas que muitas vezes podem pecar pelo excesso de acidez e taninos.

De tão bem que ela se deu na Austrália, ela é hoje a uva nacional do país, conhecida como Shiraz. Além da Austrália, ela hoje ganha destaque na África do Sul e na Austrália, sendo a uva que dá o famoso Grange.

Seus vinhos costumam ter um tom vermelho bem intenso, com bons taninos, e podemos encontrar aromas de ameixa, amora, cereja e cravo; Para harmonizar, escolha carnes, aves, e queijos amarelos.

Vinho da Semana - Mas au Schiste 2004

** Mas au Schiste 2004**
Produtor: Domaine Rimbert
Origem: Languedoc - Sul da França
Uvas: Carignan, Syrah e Grenache
Safra: 2004
Importadora no Brasil: De La Croix
Preço Aproximado: R$ 78,00




Este vinho vem de uma região que está localizada ao sul da França, banhada pelo Mar Mediterrâneo, com uma parte fazendo fronteira com a Espanha. Região produtora de vinhos há muitos séculos, ela ficou esquecida durante muito tempo devido à ocorrência da Phylloxera, praga que atacou grande parte dos vinhedos da França no século XIX.
Sobre o vinho, ele é bem estruturado, marcante e fresco. Orgânico, é um gradável corte de 3 uvas, sendo que 2 delas são ainda pouco conhecidas por aqui. Então, além de ser um vinho bem equilibrado e bom para acompanhar carnes vermelhas, vale para conhecer um pouco mais sobre estas uvas francesas que dão ótimos vinhos. Recomenda-se decantar antes de beber para que ele possa se mostrar mais.

E a Espanha Avança

Segundo previsões recentes publicadas pela revista Decanter, a Espanha deverá se tornar o maior produtor de vinhos do mundo, passando a França. Atualmente, proporcionalmente ao seu território, ela já tem a maior superfície plantada de vinhas, mas o clima é duro, muito seco e a produção média, pequena. Com as novas técnicas agrícolas e a permissão para irrigação, a produção deverá crescer. Só esperamos que esse salto em quantidade não deixe cair a qualidade.Infelizmente, o vinho espanhol é pouco conhecido no Brasil. É uma espécie de vinho para especialistas (insiders), desconhecido por grande parte dos consumidores. O país tem perto de 65 denominações de origem (DO), das quais duas especiais: Rioja e Priorato, classificadas como denominación de origem calificada (DOC). No entanto, o que vemos normalmente nas nossas prateleiras são os espumantes, muitos dos quais muito bons (cava), vinhos oportunistas, desses com rótulos bonitos e feitos às pressas, e pouquíssimos tintos e brancos de qualidade. Quando examinamos uma garrafa de vinho espanhol devemos notar, além da região geográfica o tipo: denominación de origen (o mais simples, sem envelhecimento na origem, para consumo rápido); crianza (com algum tempo de envelhecimento nas barricas e nas garrafas); reserva (com mais tempo de afinamento na origem) e gran reserva (que ficam muitos anos nas vinícolas). Uma classificação útil, mas não infalível.Entre os produtos de qualidade, os da zona de Rioja se destacam nas prateleiras e bem merecem, pois podem ser espetaculares. São os vinhos mais conhecidos e prezados, feitos principalmente com a nativa Tempranillo, uma uva magnífica.A Rioja fica no norte, onde há pelo menos mais duas denominações que merecem a atenção dos consumidores: Navarra (quase uma continuação da Rioja) e Somontano. Elas ficam perto dos Pirineus e têm produtos interessantes feitos com a Tempranillo e com as cepas francesas Cabernet Sauvignon e Merlot. Também há em Somontanos tintos originários da nativa, Moristel, que está perdendo terreno.



Fonte: Estadão

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Malbec Chileno

Malbec e Argentina é uma compatibilização já clássica e há vinhos ótimos frutos dessa combinação. Malbec e Chile, entretanto, já é uma combinação mais rara, e muito boa também, especialmente quando adicionada do rótulo Viu Manent. Essa vinícola chilena começou comprando uvas de terceiros e fazendo vinhos de mesa. Na final da década de 80 apostou nos vinhos de qualidade,seguindo a tendência da indústria do Chile. Hoje, José Miguel Viu, proprietário da vinícola, sente orgulho do caminho que trilhou. Sua vinícola produz 160 mil caixas de vinhos superiores, importados pela Hannover. Seu enólogo, Juan Pablo Lecaros, veio ao Brasil para comandar algumas degustações. Segundo ele, além de grandes vinhos é preciso buscar a diferença. A linha Secreto tem boa relação custo-benefício e ótimos vinhos, como o Secreto Syrah 2005 (concentrado, com muita fruta e taninos finos) e o Secreto Carmenère 2005 (típico, com aromas de especiarias e chocolate, bom corpo e textura macia). Mas os destaques ficam para a linha Single Vineyard, que tem duas versões muito sofisticadas, Malbec 2005 e Cabernet Sauvignon 2004. Ambos impressionam pela qualidade da fruta, pela concentração, fina textura e potencial de envelhecimento. No topo da pirâmede, o ícone Viu 1 2004, 98% Malbec e 2% Cabernet Sauvignon, com passagem por barrica durante 20 meses, o que se reflete num vinho vinho moderno, cheio de concentração, fruta, equilíbrio e muito sabor.



Fonte: Revista Wine Style

Vinho e Fumaça

Quem não gosta de fazer uma fumaça acompanhado de uma boa bebida, que enaltece ainda mais o prazer de fumar um bom charuto? Mas podemos olhar por outro prisma, o de quem prefere escolher primeiro sua bebida para usar o charuto como acompanhamento. Independentemente do ponto de vista, é inegável que charuto e bebida combinam. Mas algumas delas vão te dar mais prazer do que outras. Resta apenas escolher a bebida e ser feliz!

Whisky, Mojito, Conhaque, Licores, Vinhos brancos, Vinhos tintos, Vinhos fortificados e outras bebidas. As opções são várias, mas hoje vamos falar um pouco mais a fundo sobre os vinhos. Mais precisamente os vinhos fortificados, aqueles com uma graduação alcoólica mais elevada e que, na minha opinião, combinam mais com um charuto.

Os vinhos que estamos acostumados a tomar, aqueles “de mesa” combinam com charuto? Sim, combinam, mas não conseguiremos degustá-lo da melhor forma e perderemos muitas coisas que eles nos revelam, como seus aromas mais profundos, seus toques no paladar e seu sabor. Isto porque o charuto, por ser mais intenso, acaba encobrindo algumas de nossas sensações com seu sabor e intensidade e de certa forma, acaba agindo conforme o princípio da compatibilização enogastronômica: Por ser, na maioria das vezes mais forte que o vinho comum, o charuto “mata” o vinho, pois não conseguimos tirar dele todo o potencial que ele tem a nos mostrar. Partindo deste princípio, o ideal é acompanharmos o “charuto nosso de cada dia” com bebidas mais alcoólicas e de sabor mais marcante. Então vamos começar a falar dos vinhos fortificados e dos vinhos mais “doces”:

Mas o que são os vinhos fortificados ? São aqueles que não são o produto apenas da fermentação das uvas. Eles são, em determinado momento de suas produções, fortificados com aguardentes vínicas, e acabam ficando mais alcoólicos e algumas vezes, mais doces. Selecionei 2 tipos de vinhos fortificados e um tipo de vinho que não é fortificado, mas acompanha bem um charuto por ser mais doce, que são os vinhos de sobremesa, entre eles, os franceses Sauternes. Vamos falar um pouquinho sobre cada um, para que você possa escolher o seu candidato: Vinho do Porto, Vinho Madeira e Sauternes,

Vamos começar então com o Vinho do Porto, o mais famoso dos fortificados, que tem sua graduação alcoólica entre 19 e 22%vol (Os vinhos de mesa têm entre 11% e 15% vol). Antigamente, os vinhos de Portugal, incluindo a região do Douro, aonde são feitos os Portos, não suportavam bem as longas viagens a que eram submetidos. Para não desperdiça-los, os produtores e os comerciantes decidiram acrescentar álcool vínico aos vinhos durante a fermentação,para que eles agüentassem a viagem, pois o álcool interrompe e fermentação, parando a ação das leveduras. Então perceberam que além de preservar, o vinho apresentava mais qualidade, tornando-o especial. Foi assim que surgiram estes vinhos fortificados, talvez os mais famosos do mundo.

Suas características únicas e marcantes vêm também de fatores como o solo, os diferentes tipos de uvas, sendo algumas delas únicas no mundo, e o forte clima continental com verões secos e invernos muito rigorosos.

As principais uvas cultivadas no Douro são a Touriga Francesa e a Touriga Nacional. Podemos destacar também a Tinta Barroca e a Tinta Roriz. Com estas uvas também se fazem excelentes vinhos de mesa, mas com características completamente diferentes.

Existem vários tipos de Porto, dependendo do seu envelhecimento: Primeiro, os jovens Ruby, Tawny e também o Porto Branco, cujo engarrafamento acontece três anos após a sua vinificação. Depois vêm os safrados, os Vintage Character, que envelhecem entre 4 e 5 anos em pipas de carvalho. Depois, os velhos vinhos envelhecidos em madeira, Old Tawnies, que passam entre 10 e 40 anos, tomando uma cor âmbar incrível. Seguindo, temos os Crusted Port, são resultado de uma mistura de safras diferentes. E por último os Portos excepcionais: Single Quinta Port - de um único vinhedo e envelhecidos por 2 anos e os Vintage Port, que são uma seleção dos melhores Portos da região e passam dois anos em madeira.

Quer também uma dica gastronômica de harmonização do seu charuto e seu Vinho do Porto? Então escolha um queijo de mofo azul (Tipo Roquefort ou Gorgonzola) ou uma sobremesa que leve chocolate. Tenho certeza que não vai se arrepender!

Vamos agora para mais um fortificado português: Vinho Madeira (Teor alcoólico mínimo de 17%vol), oriundo da ilha da Madeira, destino turístico mais antigo da Europa, ao norte do Atlântico, que tem um solo composto por materiais vulcânicos e altas montanhas, com quase dois mil metros de altitude. Este relevo facilita a instalação dos vinhedos em Terrazas (Terraços), como na maior parte da região. Além disto, a ilha ainda apresenta grandes plantações de cana de açúcar.

Este vinho ficou famoso, pois conta a história, que um Duque Britânico, prisioneiro na Torre de Londres e condenado a morte, resolveu se suicidar afogando-se em um tonel de vinho de Madeira.

E Assim como o Porto, o método de produção teve origem na intenção do homem de transportar o vinho a longas distâncias sem que haja depreciação.


A classificação dos vinhos da Madeira, assim como os Portos, varia de acordo com seus preços. A maioria é identificada pelos nomes da variedade de uva predominante. Pela lei, deve haver um mínimo de 85% desta uva no vinho em questão. Os vinhos mais importantes da Madeira são: Sercial - vinho seco; Verdelho - meio seco; Terrantez - vinho levemente doce; Boal - vinho semidoce; Malvasía: vinho doce ao estilo do Porto.

Podemos também classificá-los levando em conta a idade dos vinhos: Reserva, vinho com mínimo de cinco anos em madeira e garrafa. Colheita, vinho de um só vinhedo elaborado a partir de apenas uma variedade de uva e envelhecido um período mínimo de 20 anos em barricas de carvalho; Reserva Extra que é o vinho que tem algumas das uvas anteriormente citadas e permanece pelo menos 15 anos em carvalho e em garrafa, 10 anos no mínimo.

Então vamos a uma deliciosa harmonização: Vinhos Madeira Sercial como aperitivo ou os Madeira Verdelho, Boal ou Malvasia na sobremesa são uma ótima pedida.

Por último, vamos ao vinho que não é fortificado, mas que também apresenta uma doçura marcante e vai bem entre uma e outra baforada. É o Sauternes (Graduação alcoólica de 13% a 15% vol), que tem este nome na França mas pode ser encontrado em outros países também, com outros nomes. Mas certamente o mais famoso e mais nobre é o Francês. O processo de elaboração deste vinho é diferente do que já vimos no Porto e no Madeira. Nele não há a adição de aguardente vínico. Ele tem seu processo bem diferente dos demais, por algumas razões: Uma delas é a chamada “podridão nobre”. Na região de Sauternes, sudoeste da França, o início da manhã é nublado e o clima é úmido, enquanto que as tardes são ensolaradas e quentes. Este tipo de clima acaba favorecendo o desenvolvimento de micro-fungos. Este fungo provoca a porosidade da película das uvas, pelo que a água contida em cada bago se evapora facilmente aumentando assim a sua concentração natural em açúcar. O desenvolvimento deste fungo faz com que a colheita das uvas tenha que ser totalmente manual e em rodadas sucessivas – de 3 a 10 dependendo do viticultor - o que faz com que seja um vinho sempre muito caro. Por isto nota-se que os sauternes não são apenas "vindimas tardias", como os vinhos licorosos de outros países, que também podem atingir qualidades excelentes. Além disso tudo, o produtor interrompe a fermentação alcoólica para que os açúcares naturais permaneçam e tornem esse vinho distinto. Para merecer a denominação "sauternes" cada vinho terá que ser declarado e cada exploração tem que cumprir com certas práticas vitícolas. O Sauternes Château d'Yquem é considerado por muitos o melhor sauternes do mundo e de valor excessivamente alto e é o único classificado como Grand premier cru.

As únicas uvas autorizadas para fazer este vinho na França são a Semillon, Sauvignon e Muscadelle. Nos outros países que também produzem estes vinhos licorosos ou como alguns dizem, “de sobremesa” as regras não são tão rígidas assim. O que acontece nestas outras regiões é uma colheita da uva mais tardia que as demais, o que acaba “secando” a uva e assim ela apresentará um teor de açúcar mais elevado.

Para harmonizar o seu charuto, seu Sauternes ou algum outro vinho licoroso com comida, não é preciso ir muito longe. É só ver o nome que estes vinhos comumente recebem: Vinhos de Sobremesa!

Como vimos, temos 3 bons tipos vinhos, cada um com suas características, que podem igualmente acompanhar suas baforadas. Agora é escolher o seu e ser feliz. Muito feliz!

sábado, 18 de outubro de 2008

Dicionário das Uvas - Merlot



A Merlot é uma das mais famosas e mais cultivadas uvas do mundo, mais uma originária de Bordeaux (França).Ela á a uva base dos grandes vinhos da região, facilmente combinada com a Cabernet Sauvignon, que já vimos no último post do dicionário, com a Cabernet Franc ou a Verdot.


A região imbatível do Merlot é Saint-Emilion, em Bordeaux. Ali são feitos nada mais, nada menos que os grandes Chateau Cheval Blanc e Chateau Petrus, que chega a custar a bagatela de 40 mil reais (Petrus Safra 1947). Fora desta região, ela está espalhada pelo mundo, ganhando destaque no Chile, na California e na Nova Zelândia. Na Itália tem feito boas combinações com a Sangiovese.


No paladar ela é similar à Cabernet Sauvignon, porém mais suave, com sabor mais macio, menos taninos e aromas mais frutados. Tem uma maturação mais fácil e rápida que a Cabernet. Pode desenvolver aromas de chocolate e frutas vermelhas maduras quando colhidas com o tempo de maturação correta.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Vinhos numa noite de Helenas


No dia 16 de Junho deste ano tive o grande prazer de participar de um “Wine Dinner” promovido pela Wine School, do apaixonado enófilo Ricardo Bohn Gonçalves. Foi uma degustação como sempre muito bem dirigida por ele, mas com a presença do simpático e competente enólogo-chefe da vinícola Santa Helena, Matias Rivera. Rivera, um simpático chileno que apresentou alguns dos vinhos que a vinícola produz já é bem conhecido em seu país, foi inclusive eleito o enólogo do ano no Chile em 2007.

A vinícola Santa Helena foi fundada em 1942 e é uma das pioneiras na exportação de vinhos no Chile. Já exportam suas diferentes linhas de vinhos para mais de 40 países. A maioria dos vinhedos está localizada no Vale do Colchagua e as variedades de cepas que mais cultivam são Cabernet Sauvignon, , Merlot, Carmènere, Sauvignon Blanc, Chardonnay, Syrah, e tem também alguns estudos com a Malbec, variedade típica de nossos hermanos argentinos, mas que já anda dando bons frutos no Chile. Em 1994, a companhia foi adquirida pela holding CCU, que detém marcas de cervejas, água mineral entre outras.
Voltando ao evento: Quando me chegou o e-mail do Ricardo anunciando o evento, olhei a data e por uma feliz coincidência, ela caía no dia 16 de Junho, dia do aniversário de minha mulher, uma outra Helena! Pronto. Foi a deixa para podermos definir o que faríamos para comemorar seu aniversário. Aproveitei e convidei meu pai, sempre presente e disponível para este tipo de evento com sua sempre companheira esposa e meus excelentíssimos sogros. Todos amantes do vinho, claro!

Começando a noite, o único branco do evento, um Chardonnay Seleccíon Del Directorio 2006. Um vinho equilibrado, agradável, fresco e que impressiona, principalmente quando olhamos o preço (R$ 36,00). Passando para o próximo vinho, o Reservado Gold Merlot 2006, uma grata surpresa: Para quem esperava um vinho simples, jovem, alcoólico e pouco persistente, surpreendeu-se! Um vinho de R$ 25,00, redondo, macio, leve e frutado na medida certa, preservando as características típicas da Merlot, com um leve, mas perceptível toque de madeira, proveniente de seu estágio em barricas de carvalho. Para mim, que nunca havia tomado este vinho, foi a grande surpresa da noite e que comprova mais uma vez que vinhos de preços mais acessíveis não significam necessariamente vinhos de má qualidade.
Entre um vinho e outro, lá estava Matias respondendo simpaticamente a todas as perguntas e até de vez em quando tirando onda conosco, brasileiros que haviam visto no dia anterior o desastre de nossa seleção na derrota para o Paraguai pelas eliminatórias da Copa do Mundo. Mas aquela não era hora de lembrar de coisas deste tipo. Voltando aos vinhos, que naquela hora era o melhor a ser feito mesmo por aqueles que queriam afogar suas mágoas do jogo de domingo, tivemos o Vernus Blend 2004, um corte de Cabernet Sauvignon como base, que tem ainda um pouco de Merlot e um restante de Carmanère. O Carvalho Francês, onde estagiou durante aproximadamente 12 meses é bastante presente, mas não em excesso, o que deixa o vinho bem estruturado e consistente. Outro belo vinho, principalmente com relação ao custo (R$ 60,00). Nesta faixa de preço ele certamente entrega mais qualidade que muito outros vinhos que temos por aí. Na fase final da degustação, as 2 estrelas da noite, um deles que não havia tomado ainda. O Notas de Guarda Cabernet Sauvignon 2002 eu já conhecia e sabia que era um excelente vinho. Encorpado, é um vinho marcante e fica na boca depois por um bom tempo. O preço mais alto (R$ 130,00) talvez assuste um pouco algumas pessoas, mas ele vale o que custa. Por último, como sempre, o astro da noite: D.O. N 2002, que é um corte de Cabernet, Merlot e Carmenère, com grande predominância da primeira cepa. Um vinho potente, de ótimo retrogosto, um nariz muito marcante, mas um preço mais salgado que os outros (Aproximadamente R$ 250,00).
Encerrando a agradável noite de aniversário e de muitos vinhos, uma maravilha de prato para harmonizarmos com o restante dos vinhos que cada um tinha na taça, se é que todos guardaram algo nas taças... : Um Parmantier de pato confit com purê de batata gratinado e mini legumes ao molho agri-doce e como sobremesa manga e abacaxi caramelados com sorvete de baunilha. Um prato deliciosamente harmonizado principalmente com o D.O. N, encerrando a noite com chave de ouro.

Uma noite com excelentes vinhos, dentre eles a grata surpresa do Reservado Gold Merlot, um excelente jantar, um “mestre de cerimônias” como sempre perfeito e atencioso, um enólogo extremamente carismático, profissional e conhecedor do que faz e como não poderia deixar de ser, companhias mais do que agradáveis da família, em especial da aniversariante da noite: uma das Helenas do evento.

PS: Os preços aqui citados são aproximados, podendo variar de acordo com o local.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Vinho da Semana - DV Catena Cabernet Malbec 2005

** DV Catena Cabernet Malbec 2005**
Produtor: Catena Zapata
Origem: Mendoza - Argentina
Uvas: TourMalbec e Cabernet Sauvignon
Safra: 2005
Importadora no Brasil: Mistral
Preço Aproximado: R$ 67,65





DV Catena é uma das novas linhas de vinhos premium de famosa vinícola argentina Catena Zapata. Este vinho é elaborado com um dos mais emblemáticos cortes argentinos, combinando a tradicional Malbec com a famosa e tão difundida Cabernet Sauvignon. O resultado é um vinho bem aromático, bem estruturado, mas fácil de beber. A madeira é presente no vinho, mas sem excessos. Não precisa decantar e nem esperar muito para beber. Um vinho que mostra bem o nível de qualidade Catena Zapata.

Vinho Potável

Um inusitado incidente ocorreu no último domingo, durante a abertura da 84ª edição da Festa da Uva de Marino (Itália) - a mais famosa festividade do estilo no país. Tradicionalmente, para marcar o início da Festa, milhares de moradores fazem uma contagem regressiva ao redor da Fonte dei Quattro Mori, no centro da cidade, para ver a "transformação da água em vinho", quando a fonte passa a jorrar, ao invés de água, uma boa qualidade de vinho branco. Todos os anos, a Fonte é abastecida com barris de três mil litros de vinho para garantir o sucesso das celebrações. No entanto, os responsáveis pelo abastecimento das fontes de água espalhadas pelas ruas da cidade giraram a alavanca errada no momento da abertura da Festa e, em vez de enviarem vinho para a Fonte, mandaram a bebida para casas da cidade.


Algumas donas de casa de Marino - que possui cerca de 40 mil habitantes - estranharam o odor familiar que saía das torneiras e foram as primeiras a notar que não se tratava de água. Uma moradora estranhou o cheiro quando limpava o chão de sua casa. Mas não reclamou, porque considerou o odor agradável. O mesmo ocorreu em outros condomínios. Muitos acreditaram se tratar de um milagre da Virgem do Rosário, a padroeira da Festa da Uva mais famosa da Itália.Sem saber o que se passava nas casas, milhares de moradores, que aguardavam ansiosos a abertura das festividades com copos de plástico nas mãos, se decepcionaram ao ver jorrar da Fonte nada mais do que água. As autoridades avisaram que o problema seria solucionado o mais rápido possível e, depois de dez minutos, o vinho começou a jorrar da Fonte normalmente. Segundo o prefeito de Marino, Adriano Palozzi, ainda não se sabe a quantidade exata de vinho que foi desperdiçada. De acordo com ele, o incidente ocorreu devido a uma falha humana, que deve ser minimizada. "Foi um erro técnico não previsto, que acabou se transformando numa coisa simpática para as pessoas", disse o prefeito à BBC Brasil. "É uma coisa que pode acontecer, porque o trabalho é todo feito manualmente", afirmou. "Resolvemos tudo em poucos instantes sem ocasionar qualquer problema para quem estava na festa e para quem ficou em casa naquele momento", disse Palozzi.




Fonte: BBC Brasil

domingo, 12 de outubro de 2008

Dicionário das Uvas - Cabernet Sauvignon

Este será o primeiro post sobre este tema que resolvi começar a fazer, para que possamos sempre aprender um pouco mais sobre as principais variedade de uvas usadas para fazer vinhos de qualidade,as chamadas Vitis Viníferas.
Então, nada melhor que começar com uma das mais famosas, conhecidas e difundidas no mundo: Cabernet Sauvignon.
A Cabernet Sauvignon é originária da região de Bordeaux, no sudoeste da França, ela é a uva vinífera mais difundida no mundo, encontrando-se em zonas temperadas e quentes. É conhecida como "a rainha das uvas tintas".
Ela apresenta uma vasta gama de clones e apresenta vinhos com uma grande complexidade aromática e se trata de uma uva muito versátil, podendo-se elaborar desde vinhos jovens e vinhos de guarda, até espumantes.
Caracteriza-se por taninos densos, cor profunda devido à sua casca de cor escura, complexos aromas de frutas e elegante estrutura.

Sua maturação é tardia e se plantada em um solo muito fértil e um clima demasiado quente, o vinho pode "açucarar" e faltar.

Seus armoas, quando em vinhos jovens, lembram cassis e nos vinhos de guarda a madeira é bem
presente.

Ela se deu muito bem na maioria dos países vitivinícolas, inclusive no Brasil, mas em especial no Chile, na Califórnia (USA), sem falar obviamente do país que ela nasceu, a França. Aliás, misturada com Cabernet Franc ou Merlot ela dá os famosos vinhos de corte bordalês, que hoje é muito imitado nos países do Novo Mundo.