quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

MARADONA OU ZAMORANO? PARTE 1

Muito se tem falado e discutido sobre qual destes dois países tem um futuro mais promissor na América do Sul em termos de vinhos de qualidade: Chile ou Argentina. Vou fazer este artigo em 3 partes, para não ficar muito extenso. Então, falarei primeiro sobre a Argentina. Depois sobre o Chile e por fim colocarei o meu ponto de vista sobe o assunto.

Lendo alguns artigos, algumas reportagens em sites e revistas e até mesmo olhando a geografia dos 2 países, cheguei a uma conclusão que é uma mera opinião, mas tem seus fundamentos: o Chile tem tudo para se distanciar cada vez mais do nosso vizinho portenho por algumas razões. Não quero entrar aqui no mérito de qual dos dois países hoje produz os melhores vinhos, pois, sinceramente, não consigo comparar. Afinal, se do lado chileno temos Almaviva, Montes Alpha M, Clos Apalta, Dom Melchor, Viu 1 e muitos outros, do outro lado temos Nicolas Catena, Achaval-Ferrer Finca Altamira, Cheval des Andes e Cobos, entre outros. Então, vou citar apenas alguns fatos que me levaram à conclusão que os chilenos têm mais futuro que os argentinos.

A história da vinicultura argentina começou em 1534, quando foram plantadas as primeiras videiras na cidade de Mendoza, principal centro vinícola do país até hoje, de onde saem seus melhores vinhos. Porém, essa bela região ao pé da Cordilheira dos Andes tinha um problema para a viticultura: o clima desértico. Com o passar do tempo, foram implantados métodos de irrigação artificial, aproveitando-se o degelo da neve da cordilheira. Ultrapassado esse problema, o último passo para o anunciado sucesso foi dado por italianos e espanhóis que formaram a base da viticultura e produção de vinhos na Argentina. Por muito tempo, a vinicultura argentina foi marcada por vinhos baratos, feitos com uvas de baixa qualidade, cenário que hoje se modificou bastante com a introdução de técnicas mais modernas de cultivo e vinificação.

Depois dessa breve passagem pela história da vinicultura argentina, vamos a um importante fato que pesa muito para um país se destacar ou não no mundo vitivinícola: a geografia. A principal região vinícola do país está localizada em Mendoza, como foi dito acima. É lá que são produzidos, nada mais nada menos, do que 85% dos vinhos argentinos de qualidade. E isso pode ser um fator de risco para o país, uma vez que as outras regiões não têm geografia e clima tão propícios para a produção de vinhos de tanta qualidade como Mendoza. Isso gera uma limitação, pois um dia o espaço físico vai acabar e não haverá mais lugares onde plantar. A região norte do país, na qual se localizam as sub-regiões de Salta e San Juan, ainda não tem destaque, a não ser pelos vinhos feitos com a uva torrontés, uva branca muito plantada no país e que tem uma grande importância nessa região. Se procurarmos bem, acharemos bons malbecs e cabernet sauvignons, mas não são tão facilmente encontrados. A região sul, onde se encontram as regiões de Neuquén e Rio Negro, ainda é tímida na produção de vinhos de qualidade, mas ela tem tudo para ser o grande destaque daqui a alguns anos, pois o clima é mais frio, muito parecido com algumas regiões chilenas. Resumindo: por razões climáticas e geográficas, a Argentina tem um crescimento limitado, o que prejudica a expansão de seus negócios vinícolas!


CHEERS!!

DORMINDO NO TONEL

Se tomar um bom vinho francês é uma excelente pedida, imagine dormir dentro de um tonel da bebida?

Essa foi a ideia dos proprietários do hotel De Vrouwe, na cidade de Stavoren, Holanda. Eles importaram quatro tonéis da Suíça, onde eram usados para armazenar e envelhecer vinhos trazidos da França, e os transformaram em quartos. Anteriormente preenchida com 14 mil litros de vinho, cada unidade de madeira abriga agora um quarto com duas camas, uma poltrona e um banheiro.

Como os tonéis são antigos e foram usados durante muito tempo, as tábuas de madeiras estão bem vedadas, o que garante bastante conforto no inverno. O valor básico da diária varia entre 74 e 119 euros. No inverno, o valor cai para 18 euros. O café-da-manhã está incluído no preço, e o hotel também aceita cachorros.
Não dá pra saber o quão é confortável, mas vale no mínimo, uma noite para falar que dormiu dentro de um tonel de vinho...


CHEERS!!

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

ESCOLHA A SUA ROLHA!

Há tempos temos ouvido discussões intermináveis e sempre inconclusivas sobre o que é melhor: rolha de cortiça, rolha sintética ou rolhas tipo “screw cap”. São vários os argumentos a favor e contra cada uma delas. Não quero aqui entrar a fundo em cada um destes fatores, mas vou citar rapidamente alguns deles:

A rolha de cortiça tem todo o charme de ser algo antigo, tradicional e que muitos enófilos não conseguem ver uma garrafa de vinho sem ela. Pelo lado funcional, ela é eficiente, pois permite a passagem de oxigênio na medida certa ao vinho (micro-oxigenação), permitindo que ele evolua na garrafa ao longo dos anos, em alguns casos alcançando décadas e décadas de vida dentro da garrafa, pois o vinho é SIM um organismo vivo em constante evolução! Porém, ela também tem algumas coisas que pesam contra: O custo da matéria-prima é alto e às vezes chega a custar entre 25 e 50 cents de Euro e se for de qualidade pode chegar a 1 Euro, mais do que o preço de custo de um litro de alguns vinhos. Além disto, é uma matéria-prima cara porque é extraída da casca do sobreiro, uma árvore só existente em Portugal e na Espanha e cuja casca leva 30 anos para regenerar-se. E por último devemos lembrar que em algumas vezes ela é responsável pelo conhecido efeito “bouchoneé”, ou “gosto de rolha” que na maior parte dos casos está associado à rolhas de baixa qualidade.

Se por um lado as rolhas sintéticas são mais em conta e barateiam o custo de produção do vinho, por outro elas não tem o charme e a tradição das rolhas de cortiça. E alguns dizem que ela não tem os micro-poros que permitem a micro-oxigenação e consequentemente a evolução do vinho na garrafa, por mais que algumas pessoas mais técnicas digam que sim, ela tem estes micro-poros. O fato é que, por ser um fenômeno recente, não temos estudos ou comprovações que mostrem que um vinho de guarda com rolha sintética consegue se manter “vivo” pelo mesmo tempo que um vedado com cortiça.

E por último vem as rolhas mais polêmicas, que são as tampas screw cap, conhecidas como tampas de rosca. Se as sintéticas, que tem o mesmo formato das naturais já não tem o charme das tradicionais, imaginem uma tampa de rosca! Estas são as mais atacadas e polêmicas principalmente pelo motivo estético. Mas são as mais baratas de todas, custando no máximo 25 cents de Euro. E a maioria das garrafas com screw cap tem alguns micro furos que permitem a passagem de ar para o vinho. Vinhos australianos, neo zelandeses e alguns chilenos e argentinos já estão adotando este novo formato. Mas assim como acontece com as sintéticas, não há estudos sobre a duração de um vinho dentro de uma garrafa com screw cap por ser algo muito recente.

Colocadas todas as situações, concordam que fica difícil chagar a uma conclusão que deixe todos satisfeitos e convencidos? Acho que nestes casos, o importante é não se deixar levar por preconceitos e abrir a cabeça para novos formatos e possibilidades. Já provei vinhos estupendos com rolha natural e vinhos também muito bons com scew cap e rolhas sintéticas. Então, se não estivermos abertos a experimentar e testar, para tirar nossas próprias coclusões, continuaremos achando que as rolhas naturais não devem ser substituídas e ponto final! Portanto,como no mundo do vinho a opinião de cada um sobre o que é bom e o que não é, é o que importa, a regra vale para esta discussão também.

Já pensaram então um Petrus ou um Margaux com screw cap? É difícil, e quase que inconcebível pensar nisto. Mas é bom começar a exercitar isto em suas cabeças, pois nunca se sabe o dia de amanhã…


CHEERS!!
(Com rolha natual, sintética ou screw cap)

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

VINHO DA SEMANA - VALDIVIESO CABERNET FRANC 2005

** Valdivieso Single Vineyard Cabernet Franc 2005**
Produtor: Valdivieso
Origem: Vale do Colchagua (Chile)
Uvas: Cabernet Franc
Safra: 2005
Importadora no Brasil: Bruck
Preço Aproximado: R$ 60,00


Uma grata surpresa deste produtor já bem conhecido no Chile. A linha Single Vineyard deles apresenta ainda um Malbec, um Cabernet Sauvignon, um Merlot e um Chardonnay.

Este Cabernet Franc é um vinho diferente para nós brasileiros, já que não é muito comum encontrar vinhos 100% feitos desta uva, pois ela é usada mais em vinhos misturada com outras uvas. É um belo exemplar da uva e consegue mostrar muito as principais características dela: Frutas negras, chocolate e café devido à sua longa passagem por carvalho (18 meses) e taninos bem presentes, mas sem nenhum agressão ao paladar. Um vinho diferente, por ser um varietal ainda pouco encontrado por aqui, mas com um custo benefício sensacional.


CHEERS!!

domingo, 25 de janeiro de 2009

HARMONIZAÇÃO - FATORES IMPORTANTES: INTENSIDADE

No post passado falei sobre a importância do equilíbrio entre o peso do prato e do vinho. Agora, vou comentar um pouco sobre a intensidade de sabores e aromas do vinho e dos pratos, para que nenhum se sobreponha ao outro.

Podemos ter um prato leve, mas fortemente condimentado. E podemos ter um prato mais pesado, porém sem muitos temperos e por isto menos intenso. Esta é a diferença que temos que ter na cabeça quando falamos em PESO e INTENSIDADE.

Como exemplos, podemos citar um prato leve e intenso, como um camarão à provençal que combinaria perfeitamente com um vinho bem aromático e intenso, como um Chardonnay ou Sauvignon Blanc levemente amadurecido em barricas. Neste caso, imaginem pegar este mesmo prato e harmonizar com um Cabernet Sauvignon ou um Malbec? Ou pegar um prato como um Fettuccine à Bolonhesa, com parmesão, bebendo um borgonha (Pinot Noir) bem leve. Concordam que no primeiro exemplo o vinho mata o prato e no segundo o prato mata o vinho? Então, estes são exemplos em que a intensidade é um fator importante para a harmonização!

CHEERS!!

DICIONÁRIOS DAS UVAS - SÉMILLON

Uva conhecida por ser muito usada nos famosos Sauternes, ela atinge seu auge em 2 países: França (Bordeaux) e Austrália (Hunter´s Valley). Em Bordeaux, como dito acima, ela é muito usada nos Sauternes junto com a Sauvignon Blanc, mas também em vinhos secos, muito frequentemente em vinhos que passam algum tempo em barris de carvalho, para ganhar corpo. Na Austrália ela é muito usada junto com a Chardonnay e é a uva do vinho branco que cito abaixo na primeira confraria do ano que fizemos no Arturito.

Suas características variam de acordo com a região que é cultivada: Tendem a apresentar aromas cítricos e adocicado quando cultivadas em Bordeaux e aromas mais amanteigados e com grande potencial de envelhecimento na Austrália, que era o caso do vinho da confraria.
CHEERS!!

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

CONFRARIA DE CANGURUS

Ontem foi o dia. O "primeiro dia do ano" para nossa confraria. Depois do Gran Finalle com a Vertical de Tignanello, recomeçamos ontem a volta ao mundo do vinho.

* Tema escolhido: Austrália.
* Restaurante escolhido: Arturito
* Quem levou o branco: Fefê
* Quem levou os tintos: Zé Roberto.


O evento começou alguns dias antes, quando resolvemos a data e quem levaria os vinhos. Porém, desta vez, nem o tema, nem os vinhos e nem o restaurante foram divulgados aos confrades com antecedência. Zé Roberto queria segredo até o dia. Na véspera ficamos sabendo o local. E o tema e os vinhos somente na hora que chegássemos no Restaurante.

Chegando lá, às 20:30 / 20:45 descobrimos que faríamos um tour pela país dos Cangurus. Quando digo que descobrimos, preciso dizer que um deles apenas descobriu bem depois. Marcio chegou 1 hora atrasado e não preciso dizer que passou o jantar inteiro ouvindo piadas sobre o horário. E definitivamente, o sempre atrasado Dado, passou o bastão ao Marcio, que leva agora a fama. Aliás, Dado foi o segundo a chegar, depois do sempre pontual Zé Pedro, o primeiro em todos os eventos de 2008 e que já abre 2009 levando a tradição.

Chega de amenidades e vamos aos cangurus:

O branco que o Fefê levou foi escolhido pela Revista inglesa Decanter como o melhor vinho branco do mundo em um determinado ano. Era um Tyrrell´s Wines Hunter Semillon 1997. Um branco realmente impressionante, feito com uma uva ainda não tão explorada por nós brasileiros, mas que na minha opinião se parece muito com a Chardonnay. Aromático, com um nariz bem frutado e com uma madeira deliciosamente bem dosada, ainda pode ser guardado por alguns anos, pois estava maravilhoso e cheio de vida. E um branco com 11 anos e com esta vitalidade não é fácil de se encontrar.

Já os tintos, como sempre, merecem um destaque à parte. Nada menos que um Penfolds Grange 1996, um ícone daquele país e quase que uma unanimidade em ser o melhor vinho produzidos pelos cangurus. Um vinho com 12 anos de idade mas ainda com muita, muita vida pela frente. Estrutura perfeita, nariz maravilhoso e apesar da idade ainda com um pouco de álcool nos primeiros minutos, mas que depois de descansar nas taças, foi ficando cada vez mais macio e agradável. Na boca, sensações incríveis de um vinho que merecidamente tem um status de um dos melhores do mundo. Enche a boca com uma explosão de sabores e sensações. Tinha traços de um vinho com esta idade, mas ao mesmo tempo mostrava que poderia ser bebido daqui a alguns anos. Um vinho em que a Syrah consegue mostrar o porque é uma uva fascinante, cheia de fruta, equilibrada e com taninos na medida certa.

E para o jantar, a maioria optou pelo tradicional e delicioso Ojo de Bife do Arturito. Uma carne curada por 48 horas que concentra todo o sabor que este tradicional corte argentino tem. Uma harmonização perfeita. Vinhos perfeitos. Confrades perfeitos. Noite perfeita, não fosse a demora nos pratos, que passou um pouco do limite, mas que foi compensada com a deliciosa comida.

A próxima ainda não tem data, mas tem país: África do Sul.

E para variar um pouco, mais uma vez começamos o ano com o sarrafo bem alto...


CHEERS!!

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

VINHOS E VÔOS - POR FELIPE KAUFMANN

Caros leitores do EnoDéco. Vamos a mais algumas Cias. Aéreas avaliadas pelas comidas e pelos vinhos:


TAM:
Comida não comestível, plastificada mesmo. Ou melhor: com gosto de papel (veja abaixo a foto do que eles dizem que é uma quiche e que servem na classe economica no vôo de SP para Santiago do Chile! A comida vem dentro de uma caixinha de papelão!).


Por favor reparem na MEIA fatia de salame! Não, não fui eu que cortei a outra metade. A bandeijinha vem exatamente como na foto! Um absurdo!


A TAM esta passando pelo processo de qualificação para ser a 22a. empresa da maior e melhor aliança de companhias aéreas do mundo, a Star Alliance. Ela terá que passar por muitas modificações em sua estrutura e melhorar muito todos os processos, principalmente o de atendimento e serviço ao cliente.


Entre outras coisas, devem liberar a Sala Vip da classe executiva para quem viaja de economica e possui o cartão “Gold” o que poderá ser equivalente ao Vermelho na TAM, e que melhora para nós, que gostamos de beber bem, não é mesmo?

Um dos reflexos da participação na Star Alliance, é que ja entregam um cardapio com uma razoável descrição dos vinhos que oferecem, porém este cardápio, estranhamente, não informa as safras dos vinhos... coisas da TAM! Também terão que oferecer Champagne em seus voos internacionais que tem classe executiva . Mais uma vez, melhor para nós, nao?!


Os novos aviões Boeing 777 e Airbus A330 que a TAM encomendou, estão chegando com cadeiras que NÂO reclinam 180 graus como nos Airbus A 330 antigos da companhia. São poltronas “Lie Flat” e ficam inclinadas, o que aumenta a capacidade de lugares na classe execuTiva, porem diminui muito o conforto, pois você dorme inclinado, além de ficar escorregando para baixo. Algumas outras companhias que tem essas cadeiras são:


Swiss (em processo de mudança para as que inclinam 180graus), Lufthansa, Air France e American Airlines (New Bussines Class).









Já na primeira classe (somente disponível por enquanto no novo A 330) os 5 lugares são tipo “Suites” (as cadeiras viram cama). São muito boas e tenho que admitir.


Em seus voos dentro da America Latina, não existem vinhos na classe economica (não sei porque, já que sua concorrente direta, a LAN, oferece). Seu cardápio nessas rotas é:

Champagne:
Nao oferecem em voos dentro da America Latina

Vinho Branco:
Numbus Sauvignon Blanc, Viña Casablanca, Vale de Casablanca - Chile.

Vinho Tinto:
Jacques & Francois Lurton El Albar Barricas, Toro - Espanha.
Jacob’s Creek Shiraz Reserve, South Australia.

Agora, façam a comparação, com a LAN:

LAN
Classe executiva, voos internacionais:

Champagne:
Henriot Reims Champagne Brut Soverain N/V

Vinhos Brancos:
Viña Litoral Ventolera Sauvignon Blanc 2006, Chile.
Viña Montes Chardonnay Montes Alpha 2006, Vale de Casablanca - Chile.

Vinhos Tintos
Viña Montgrass Cabernet Sauvignon Antu Ninquen 2004, Vale de Colchagua - Chile.
Bodegas O Fournier B. Crux 2003, Vale do Uco - Mendoza - Argentina.
Vina Santa Helena D.O.N. 2003, Vale de Colchagua - Chile.

Tim Tim e até a próxima!
Felipe

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

TOP 10 PRAZERES DA MESA

Recentemente a Revista Prazeres da Mesa divulgou sua anual e famosa seleção dos 100 melhores vinhos do ano. Listarei abaixo os 10 primeiros, com um fato curioso. Lembram-se que a Wine Spectator divulgou a lista dela com um vinho do novo mundo em primeiro lugar, o chileno Clos Apalta, desbancando grandes nomes do velho mundo? Então, a Prazeres também coloca um vinho do novo mundo, desta vez argentinho, à frente de grandes nomes do velho continente. Porém, a lista dos 10 primeiros que segue tem 8 vinhos europeus e fechando ela um outro do novo mundo, o famoso Dom Melchor, da Concha Y Toro. Isto mostra que nossos vizinhos sul americanos estão realmente levando a sério este "negócio de fazer vinhos". E os europeus que se cuidem, pois os resultados recentes mostram que nossos hermanos argentinos e chilenos não estão pra brincadeira... Vamos aos nomes:

1º lugar: Catena Zapata Malbec Argentino 2004, Mendoza, Argentina

2º lugar: AAlto PS, Ribera del Duero, Espanha

3º lugar: Barbaresco DOCG 2003 Gaja, Piemonte, Itália
4º lugar: La Court Barbera D’Asti Superiore Nizza 2004, Piemonte, Itália

5º lugar: Barca Velha 1999 Casa Ferreirinha, Douro, Portugal

6º lugar: Vosne Romanée Leroy 2004, Borgonha, França

7º lugar: Quinta Sardonia 2002, Ribera del Duero, Espanha

8º lugar: Flor de Pingus 2004, Ribera del Duero, Espanha

9º lugar: Quinta do Crasto Maria Tereza 2003, Douro, Portugal

10º lugar: Don Melchor 2003, Maipo, Chile


CHEERS!!

2009 COM MAIS QUALIDADE

Já começou a colheita das uvas da safra 2008/09 no sul do Brasil. A estimativa do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) é que sejam colhidos entre 441 e 504 milhões de quilos de uva, valores até 30% menores que os 630 milhões de quilos colhidos em 2008. Esses números mostram que no que se refere à quantidade, houve uma baixa se comparado ao ano passado, mas em termos de qualidade, os técnicos do Ibravin afirmam um grande salto.

Essa diferença vem a calhar para os produtores que já neste ano de 2009 contam com quase 300 milhões de litros estocados, volume pouco menor que a produção de todo o ano de 2008 (330 milhões de litros).

No último ano ocorreu um decréscimo nas vendas de vinho devido à taxa cambial, além disso, o Real valorizado tornou as importações mais atraentes, cenário que só mudou no final do ano com a alta do dólar, é o que afirma Carlos Paviani, diretor-executivo do Ibravin. Em 2008, as importações cresceram 2,8% na comparação com 2007, já as exportações demandaram apenas 2% da produção nacional.

Com isso, os vinhos produzidos aqui ficaram parados nas prateleiras dos supermercados e nos estoques. Dados do Ibravin revelam que nos últimos três anos o consumo interno do vinho de mesa reduziu cerca de 30%.


CHEERS!!


Fonte: Revista Adega

VINHO DA SEMANA - ERVIDEIRA II - 2003

** Ervideira II - 2003**
Produtor: Ribeira da Ervideira
Origem: Alentejo (Portugal)
Uvas: Trincadeira, Aragonez, Castelão, Cabernet Sauvignon e Alicante Bouschet.
Safra: 2003
Importadora no Brasil: World Wine
Preço Aproximado: R$ 74,00

Um vinho delicioso, típico português, encorpado, mas não muito alcoólico, o que nos faz sentir mais os sabores do vinho. Macio , estruturado e com uma longa persistência na boca, ele é um achado para vinhos desta faixa de preço. Tem personalidade e é bem marcante. Apesar de passar apenas 4 meses em barricas de carvalho, pouco tempo para os padrões portugueses, sente-se a madeira numa intensidade boa, sem excessos, mas o suficiente para dar estrutura ao vinho.


CHEERS!!

domingo, 18 de janeiro de 2009

VINHOS E VÔOS - POR FELIPE KAUFMANN

Caros leitores do Enodeco,
Hoje escrevo sobre a Singapore Airlines e sobre a Virgin Atlantic:

Singapore Airlines:

Trecho: Hong Kong – Cingapura / Cingarura-Male e retorno
Classe: Economica

Tenho que confessar que esperava uma oferta melhor de vinhos, mesmo na classe economica. Isso porque se trata nada menos do que a melhor companhia aérea do mundo, e voando para um destino onde só chegam casais (na maioria em lua de mel) como Malé, nas Ilhas Maldivas.
De qualquer forma, o serviço de bordo é excelente (as aeromoças te levam até a sua poltrona) e lhe dão um bonito cardápio oferecendo 3 opções de bons pratos principais. Para sobremesa, sorvete Haagen Dazs. Bom não? Sim isso na classe economica! A diversão fica por conta do melhor sistema de entretenimento on demand que eu já vi! Com vários episódios atualizados do meu programa preferido: Top Gear, da BBC2!

Vamos aos vinhos:

Branco:

- Georges Duboeuf Chardonnay - Vin Blanc de Pays D’oc 2005
Confesso que a minha admiração por este produtor é somente pela boa logística que ele tem pois consegue lançar os seus Beaujolais no mundo inteiro na mesma data todo ano e fez isso o seu grande trunfo de marketing; Além de seus rótulos no mínimo espalhafatosos.

Tinto:

- P. Mass Bordeaux Cabernet Sauvignon 2007


Virgin Atlantic:

Trecho: Hong Kong- Londres e retorno
Upper Class (eles tem uma filosofia de não ter primeira classe e sim uma classe executiva com toques de primeira)

O cardápio é elaborado por ninguém menos do que a melhor e mais conceituada maison de vinhos na Inglaterra: Berry Bros and Rudd (www.bbr.com)
Com uma boa descrição dos vinhos e sugestões de harmonização com a comida servida a bordo. Contudo, os vinhos deixam um pouco a desejar.

Champagne
Charles Heidsieck Champagne Brut Reserve N/V

Vinhos Brancos:
- Berry’s Chilean Sauvignon Blanc 2007 - Casablanca Chile;
- Santa Celina Pinot Gris 2007 - Mendoza, Argentina
- Boucdnaud Chardonnay Viogner 2007 - Langedoc, França

Tintos
- La Fleur du Pérgord 2005 Chateau Thénac - Bergerac, França
- Clockspring Zinfandel 2005 - California, USA
- Le Petit Chapoton 2006 - Vaucluse, França

Até a semana que vem e Tim tim!

Felipe

HARMONIZAÇÃO - FATORES IMPORTANTES: PESO

Como eu comentei no primeiro post sobre harmonização, existem vários fatores que influenciam na escolha do vinhos que vamos beber em nossas refeições. Cada semana falarei sobre um destes fatores. Então vamos lá:
O PESO do prato é talvez o fator mais importante que devemos levar em consideração. E isto vale para vinhos brancos e tintos, pois não necessariamente os vinhos brancos são sempre mais leves que os tintos. Há alguns vinhos brancos mais encorpados e que "enchem mais a boca" que alguns tintos e devemos sempre lembrar que a "cor" do vinho, neste caso não é o mais importante. Este fator é geralmente o que mais tem chance de dar errado em uma harmonização, pois se vamos comer por exemplo um cordeiro, que é uma carne mais pesada, não podemos escolher um Pinot Noir para termos em nossas taças pois não sentiremos todo o potencial do vinho, já que cordeiro vai ter um sabor muito mais forte e vai se sobrepor ao vinho. Assim como não podemos comer um peixe leve como um St. Pierre ou uma pescada e pedir um Cabernet Sauvignon, que é um vinho mais encorpado e bem marcante na sua força. Neste caso, o vinho vai matar o peixe.

É por isto que temos que equilibrar pratos e vinhos primeiramente pelos seus "pesos", para que eles convivam harmoniosamente em nossas bocas e tenhamos uma refeição mais completa em sensações e sabores.


Exemplos: Cordeiro Assado com tintos encorpados como Franceses de Bordeaux, Espanhóis da Rioja, Portugueses mais maduros e tintos do novo mundo mais alcoólicos. Frutos do mar com brancos secos ou mais aromáticos, podendo ser espumantes ou frisantes. Sauvignon Blancs e Chardonnays sem muita passagem por carvalho, que os deixam mais encorpados, são boas pedidas. E podemos também citar Rosés em geral e dependendo dos temperos e intensidade dos frutos do mar, até um Pinot Noir bem leve pode ser uma boa pedida.


CHEERS!!

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

HORA DA FESTA!

Enófilos de plantão, preparem-se! Janeiro é o mês das grandes liquidações das importadoras e por consequencia hora de gastar, ou melhor, investir em bons vinhos a preços atraentes.

Na Mistral precisa-se ficar entrando no site deles para ver se algum lote novo da chamada "Ponta de Estoque". Eles colocam no site alguns vinhos, com pouca quantidade e logo depois tiram do ar, tendo que se esperar novas inclusões. Um sistema, na minha opinião não muito prática, mas que acaba gerando tráfego no site.
Na Wolrd Wine, se levarmos em conta a promoção do ano passado, a coisa promete ser boa. Foi uma belíssima oportunidade, com vinhos sensacionais a preços realmente baixos.
Na Expand a festa começou hoje (15/01). São inúmeros vinhos com descontos de até 70% nas lojas do grupo ou nas lojas do grupo St. Marché. Talvez até por telefone dê para conseguir algo. Mas é preciso correr, pois os melhores vinhos acabam rápido.

O jeito é ficar de olho e ser rápido no gatilho. E no copo.

CHEERS!!

DICIONÁRIO DAS UVAS - RIESLING

Uma importante uva branca, original das margens do Rio Reno, que banha Alemanha e França. Na Alemanha, ela e suas híbridas são responsáveis por 85% das plantações do país. Mas ela não é uma uva fácil, pois ela demora para crescer, o que muitas vezes acaba prejudicando sua colheita por causa da mudança de clima.


Ela dá vinhos frutados, mas secos no paladar e de cor amarelo palha. Ela costuma apresentar uma acidez equilibrada e bom corpo. Para harmonizar, peixes como salmão são boas pedidas.
CHEERS!!

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

VINHO DA SEMANA - PAULUCCI MALBEC 2006 (LA POSTA)

** Paulucci Malbec 2006 - La Posta**
Produtor: La Posta

Origem: Mendoza (Argentina)
Uvas: Malbec
Safra: 2006
Importadora no Brasil: Vinci
Preço Aproximado: R$ 58,00




Um vinho acima das expectativas, que mesmo com pouca idade, já se mostra um vinho interessante e nada simples. Típico Malbec, com sabor intenso, cor escura e forte e os típicos aromas de Malbec, com um toque de chocolate, que vem de sua passagem por carvalho por 10 meses. Conseguiu levar nada menos que 90 pontos da Wine Spectator nesta safra e certamente é um dos melhores custo-benefício que tomei atualmente. Um belo vinho!

CHEERS!

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

ANO NOVO, BLOG VELHO

Queridos amigos,
O ano mudou, mas o blog não. Ele continuará com os vinhos da semana, com o dicionário de uvas, com a coluna Vinhos e Voos do Felipe... Ou seja, com tudo o que ele sempre teve.

Mas o visual ganhou um facelift. Fez um botox aqui, uma lipo alí e ganhou uma cara nova. Mas como mentem os homens para as mulheres "A beleza interior é a que importa".

Continuem usando, lendo, repassando, comentando, xingando e tudo mais o que quiserem, afinal, este é o objetivo deste espaço aqui.

Que 2009 venha com uma energia sensacional e com vinhos melhores ainda...

CHEERS!!

O VALE ENCANTADO

É verão. Nenhuma época é mais propícia para tomarmos vinhos leves e refrescantes, sejam eles brancos, rosés, espumantes e até mesmo tintos. Por isto resolvi escrever um pouco sobre um vale chileno que tem feito grandes vinhos e que vem ganhando notoriedade e fama, chegando perto do brilho alcançado pelo Valle do Maipo e pelo Vale do Colchagua, os dois mais famosos daquele comprido e estreito país.

Estou falando do Valle de San Antonio, que fica a oeste de Santiago. Por ser próximo ao oceano, seu clima é bem propício para o plantio de uvas como Chardonnay, Sauvignon Blanc e Pinot Noir. Ele divide a fama de ser o grande vale destas uvas com o Valle de Casablanca, que fica um pouco mais ao norte. A influência marítima que o vale recebe faz com que a temperatura média seja moderada. Isso cria excelentes condições para as variedades citadas acima dando muita frescura em seus vinhos. Muitas vezes, a brisa fria do Pacífico age sobre os vinhedos, tornando o clima do vale bastante frio e muitas vezes encobrindo-o com um manto de neblina.

O vale começou a ser explorado de verdade em 1998 pela família Fernandez, fundadores da Viña Leyda. Logo depois, a vinícola Garces Silva construiu um aqueduto de cerca de 8 quilômetros de comprimento para trazer águas do rio Maipo. E assim o vale foi sendo explorado e foi crescendo.

Das vinícolas que estão lá, gostaria de destacar algumas que realmente estão tirando muito proveito do local e fazendo excelentes vinhos:

A Leyda, que citei acima, tem feito um excelente Chardonnay (Lote 5) e um estupendo Pinot Noir (Lote 21).

A Garces Silva, também citada acima tem o melhor Pinot Noir do Chile na minha opinião, o Amayna Pinot Noir. Também tem dado destaque para o seu Sauvignon Blanc Barrel.

E por último, a Casa Marin que tem tido destaques internacionais com o Lo Abarca Pinot Noir e o Laurel Sauvignon Blanc.

Definitivamente o Valle de San Antonio hoje já é uma grande referência em vinhos no Chile e também no mundo! E pelo andar da carruagem, a tendência é que isto continue ainda mais com o passar do tempo. Bom pra nós!

CHEERS!!


HARMONIZAÇÃO - PRINCÍPIOS

Esta coluna é resultado da enquete que fiz no final do ano. então, vamos lá! É um assunto que muita gente tem começado a prestar atenção ao pedir vinhos e pratos, então, nada melhor que termos um espaço para discutir que vinho combina com que prato. Mais uma vez, não sou o dono da verdade, então aproveitem para dar sugestões de outras combinações!


"Começando do começo", podemos dizer que a harmonização entre comida e vinhos é extremamente importante para vc aproveitar o máximo do seu vinho e do seu prato, pois se ela for mal feita, vc corre o risco de "matar" a sua refeição. Para começar, devemos seguir algumas regras simples: Pratos leves pedem vinhos mais delicados e suaves. Pratos gordurosos, pedem vinhos mais encorpados e que te dão sensações de adstringencia. E pratos mais doces pedem vinhos também doces, como Sauternes, Porto, Madeira e outros. Agora, um erro comum muito visto por aí: Vinho branco só combina com peixe e vinho tinto só combina com carne. Isto não é verdade! Existem vários fatores que interferem em um prato e que fazem esta "regra" ir por água abaixo. Temperos, acompanhamentos, molhos... Isto tudo altera o sabor e a intensidade do prato e com isto, altera também a escolha do vinho.

Por enquanto é isto! Esta primeira parte foi só uma pequena introdução para o que virá pela frente... então, comam e bebam, mas lembrem-se da harmonização. Sempre!



CHEERS!!

DICIONÁRIO DAS UVAS - SAUVIGNON BLANC

Junto com a Chardonnay, uma das uvas brancas mais conhecidas e difundidas, originária das regiões de Bordeaux e Loire.

Tem acidez acentuada, é fresca, e seus vinhos tem aspectos minerais e bastante frutados no Novo Mundo. Mantém a limpidez pois raramente fica impregnada de carvalho.
Na França, alcança melhores resultados em rótulos da região do Loire. Em Bordeaux, é bastante misturada com Sémillon. Também é parte da composição dos vinhos doces de Sauternes e Barsac. Na Nova Zelândia, encontrou o solo ideal para produção de vinhos que colocaram o país no mapa do mundo do vinho.
CHEERS!!

ESPECTATIVAS PARA O MERCADO DO VINHO EM 2009

Acaba de ser publicado pela Corporação Chilena de Vinhos um artigo sobre as expectativas para o cenário do vinho em 2009. Segundo o texto, o mercado asiático continuará sendo o protagonista no setor durante 2009, com um consumidor de bom nível econômico e com mais inclinação para experimentar diferentes opções, como vinhos biodinâmicos, sem álcool, novas embalagens e formatos.

Nos mercados emergentes como a China, a Rússia ou a Índia, o consumo de vinhos mais baratos aumentará, e mesmo com crescimento da instrução do consumidor, não se poderá falar de introduzir vinhos de qualidade nas mesmas proporções: a quantidade será a premissa fundamental.

De acordo com os dados do estudo, enquanto os mercados tradicionais, como Inglaterra, certos países europeus e Estados Unidos vão continuar adquirindo vinhos de qualidade, porém em menor quantidade, e poderão até comprar vinhos mais baratos. Quer em um caso como no outro, existe um denominador comum que os produtores não devem ignorar que é a noção de que os consumidores buscarão um vinho com marca, o que levanta a questão sobre o futuro do vinho a granel.

A pesquisa também diz que haverá algumas modificações, porém os três principais produtores mundiais de vinho continuarão sendo França, Itália e Espanha.
Segundo o artigo, não é preciso se preocupar muito com o impacto econômico que a crise mundial pode ter sobre o mercado do vinho, e também diz que os produtores que têm uma gama de vinhos de todas as qualidades e os preços serão os mais afortunados.

CHEERS!!


Fonte: Revista Adega

ALEMÃES INVENTAM A LÍNGUA ELETRÔNICA

Pesquisadopres de Aachen (Alemanha) desenvolveram uma "língua eletrônica" para ajudar a identificar vinhos falsificados. Embora mais precisa que o paladar humano, a língua eletrônica não substitui o prazer de degustar um bom vinho. A degustação é sempre um momento de emoção para os verdadeiros apreciadores de vinho. Com paladar treinado, eles reconhecem prontamente a qualidade, a idade e a origem da bebida. Mas agora pesquisadores desenvolveram uma "língua eletrônica", que não substitui o prazer de saborear um bom vinho, mas é eficiente para identificar falsificações.


Provido de seis sensores posicionados sobre placas de platina de 36 cm², o aparelho foi desenvolvido por uma equipe de pesquisadores da Escola Técnica Superior de Aachen sob coordenação do professor Michael Schöning, juntamente a outros cientistas da Alemanha e do exterior.
"A língua eletrônica foi criada para fazer controle de qualidade", explica Schöning. "Hoje em dia, quando se compra um vinho, principalmente os caros, há sempre o risco de adquirir falsificações." Segundo ele, até mesmo para especialistas não é fácil diferenciar uma imitação barata de um vinho original.

Original ou falsificado? A língua humana nem sempre pode reconhecer, mas com a ajuda de um programa especial, esta diferenciação deve tornar-se mais fácil. A engenheira Monika Turek esclarece que o programa é capaz de analisar os ingredientes do vinho. "E, através do processamento matemático dessa análise, podemos obter diversos parâmetros, por exemplo, a variedade da uva. "Apesar de parecer muito científico, o processo é, na verdade, simples. Uma pequena quantidade de vinho é pingada nos sensores, para que estes analisem substâncias típicas para determinados vinhos. A língua eletrônica é capaz de medir, entre outras coisas, a relação entre ácidos, açúcar e álcool, superando assim a capacidade humana, pois enquanto os nervos gustativos podem confundir os especialistas, os sensores eletrônicos medem as mais diferentes substâncias presentes no vinho com precisão matemática. CHEERS!


Fonte: Academia do Vinho

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

VINHO DA SEMANA - ALTO VUELO 2006

** Alto Vuelo Pinot Noir 2006**
Produtor: William Cole Vineyards
Origem: Valle de Casablanca (Chile)
Uvas: Pinot Noir
Safra: 2006
Importadora no Brasil: Ana Import
Preço Aproximado: R$ 50,00


O vinho que tomeio no Acqua (Posta abaixo), em Camburi, merece um destaque pelo custo benefício. Um Pinot Noir típico do Novo Mundo e bem característico do principal vale produtor de Pinot Noir do Chile, o Valle de Casablanca. Bem frutado e fresco, é suave, mas marcante, com uma cor clara como a maioria dos Pinot Noirs do mundo, tem madeira na medida certa e por ser relativamente novo, acho que ainda poderia descansar mais um tempo na garrafa para amenizar o alcool. Mas nada que prejudique o vinho, pois ele está muito bom, principalmente para o verão. Quem traz este vinho para o Brasil é a Ana Import, importadora idealizada pelo casal de Baianos Ana e Bell Marques, o músico do Chiclete com Banana. Um ótimo custo-benefício para esta época do ano!
CHEERS!!

VINHO BEM CUIDADO NO LITORAL

F E L I Z 2 0 0 9 ! ! ! ! !

Passei o final de ano no litoral norte de São Paulo, pulando de um lado para o outro, entre as praias da Baleia, Juquehy e Barra do Una. E em um destes pulos resolvemos ir jantar num belíssimo restaurante, em cima do morro, que fica entre a Baleia e Camburi. O caminho é por uma estrada bem tortuosa e esburacada, mas chegando lá, tudo o que não perecia bom, se transforma. O restaurante Acqua é um verdadeiro achado em cima do morro, com uma culinária muito boa, digna dos melhores restaurantes da capital.

Mas a surpresa veio ao entrar no restaurante: Uma adega para mais de 1.500 garrafas, climatizada, linda e um verdadeiro paraíso para os enófilos. Ficamos lá dentro, Thiago e eu conversando com o proprietário, o italiano Franco e depois com o responsável pela adega e pelos vinhos da casa, o atencioso Fabio. Vimos uma adega com muitas opções de rótulos nos mais variados preços. E além desta maravilhosa adega, havia uma outra, no bar para mais garrafas. Menor, mas igualmente gentil e bem tratando o vinho com temperaturas corretas e um bom armazenamento.

Acabamos tomando um até então desconhecido por mim ALTO VUELO PINOT NOIR 2006, da vinícola chilena "William Cole Vineyards". Aproveitarei e destacarei este como o vinho da semana, num post acima.

Foi uma verdadeira surpresa o jantar. Pelo lugar, extremamente charmoso e aconchegante, pelo modo como que tratam o vinho e pela comida. Se tiverem a oportunidade, confiram!


Acqua Restaurante:
Estrada de Camburi, 2.000 - Camburi, São Sebastião.
Tel: (12) 3856-1866
e-mail: acquarestaurante@uol.com.br


CHEERS!