quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Começam a nascer os vinhos angolanos...

Li esta notícia na Academia do Vinho e me chamou a atenção por ser mais um país que pode nos oferecer mais opções de vinhos! Já pensaram servir um vinho angolano em um jantar? É no mínimo curioso e inusitado, não? Mas parece que o enólogo português Mário Louro disse recentemente que Angola pode sim começar a produzir vinhos (a partir de 2014), para abastecer o mercado interno com produto nacional, gerar mais empregos e concorrer com marcas internacionais.

Ele justificou a sua afirmação pelo fato de notar em Angola muitas iniciativas empresariais no desenvolvimento da cadeia do vinho e também o sempre forte interesse de Portugal em apoiar os investidores do vinho. Outro fator a ser considerado e um dos principais é a condição de climas e solos da região central e também do sul do país africano.

Pelas altas temperaturas médias do país, os vinhos a serem produzidos em Angola seriam provavelmente vinhos mais leves e frescos, dando destaque aos brancos e rosés.

Mário Louro é membro da Associação de Promoção de Vinhos Portugueses e é um dos principais cabeças nesta empreitada de ter vinhos angolando de qualidade. Ele já formou agentes hoteleiros angolanos na área vinícola e capacitou um grupo de jornalistas em iniciação à prova de vinhos por iniciativa da ViniPortugal. Ele também está fazendo um intercâmbio com alguns profissionais angolanos, os levando para Portugal para tomarem mais conhecimento sobre o setor.

Não sabemos se vai dar certo ou ou não, mas só a possibilidade de podermos beber mais vinhos diferentes já me deixa extremamente curioso. Vamos ver o que vai ser...


CHEERS!!

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Uma Noite na Santa Rita

Terça-Feira passada, 22.09, conforme adiantei a vocês no blog, fui convidado gentilmente pelo pessoal da Grand Cru para um Wine Dinner muito interessante com a enóloga-chefe da Vinícola Santa Rita, Cecília Torres. Um evento que prometia e cumpriu o seu papel!

O restaurante escolhido, o EAU contribui bem com seu ambiente agradável e uma comida deliciosa. Vamos começar:

A entrada servida, uma sopa de batata com caviar harmonizou muito bem com o Floresta Sauvgnon Blanc 2007. Um vinho que não passa por madeira, mas que tem uma personalidade forte e marcante. Um vinho bem mineral, como esta uva costuma ser no Chile, mas sem excessos. Um vinho que mereceu 90 pontos da WS.

Logo depois, o prato principal, um filé mignon maravilhoso que foi servido junto com um Medalla Real Carmenère 2007. Um vinho que com seus R$ 83,00 vale o que custa. Muita madeira, muito álcool (14,5o), com um bom corpo, mas surpreendeu para mim, pois esperava um vinho extremamente carregado nos aromas de ervas, como a carmenère costuma ser. E eles estava mais equilibrado do que eu imaginei, principalmente quando se consumido junto com o prato. Aí ele ganhou uma nova vida, tornando-o ainda mais agradável.

Para harmonizar com um belo prato de queijos, a grande estrela da noite, o Casa Real Cabernet Sauvignon 1998. Um vinho fantástico, encorpado, já com toques legais de envelhecimento e muita fruta, apesar da idade. É um vinho caro (R$ 440,00), mas extremamente bem feito e para ser degustado com calma e muita atenção!

Por fim, o Late Harvest Moscatel 2007, que foi servido com uma sobremesa à base de figos e caiu muito bem como o Gran Finalle deste maravilhoso jantar.

Isto sem falar na agradável companhia de Cecília Torres, que sentou à nossa mesa, junto com Carlos Hakim da Revista DiVino e da Camila Perossi, assessora de imprensa da importadora e quem me convidou para o evento.

Obrigado Cecília pelos deliciosos vinhos e obrigado à Camila e à Grand Cru pelo convite!


CHEERS!!

domingo, 27 de setembro de 2009

Vinho da Semana - Miolo Lote 43 2004

**Miolo Lote 43 2004**
Produtor: Vinícola Miolo
Origem: Vale dos Vinhedos, RS (Brasil)
Uvas: Cabernet Sauvignon e Merlot
Safra: 2004
Preço Aproximado: R$ 80,00 (Hoje, a safra disponível no site da Miolo é a 2005)


Este é o vinho ícone da Miolo e um dos grande vinhos nacionais. Como dise no post abaixo que falo do Vale dos Vinhedos, gostaria de prestar esta homenagem a esta vinícola que sempre foi uma das principais em inovação, tecnologia e pesquisas. O Miolo Lote 43 é uma homenagem ao italiano Giuseppe Miolo, patriarca da família e o vinho leva o nome da terra recebida pelo imigrante na época. Elaborado somente em safras excepcionais, é um corte de Cabernet Sauvignon e Merlot. O vinho é intenso, interessante, com um nariz muito gostoso e na boca ele não decepciona. O eu maior problema é o mesmo de outros vinhos nacionais nesta faixa de preço: A concorrência de Chilenos, Argentinos e até Uruguaios que tem mostrado muita qualidade nesta faixa de preço. Mas certamente é um vinho para nos dar orgulho!


CHEERS!!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

O Vale é Nosso! E é Referência Internacional Também!

Esta matéria, retirada da Academia do vinho mostra que pouco a pouco estamos conquistando respeito no exterior com nossos vinhos e inicativas. É por isto que digo que precisamos acreditar no nosso potencial e que se tivermos investimentos e aopio, podemos evoluir mais rapidamente do que esperamos! É só acreditar! Mas vale reforçar também que outras regiões como São Joaquim e outras regiões do Rio Grande do Sul também tem perspectivas muito boas!

Com 31 vinícolas e mais de quatro dezenas de empreendimentos ligados ao setor, o modelo de sistema enoturístico implantado no Vale dos Vinhedos vem servindo de referência para outras regiões vitivinícolas do país e também do exterior. Única região do Brasil a ostentar o selo de Indicação de Procedência em seus vinhos, o Vale registra crescente visita de estudantes, empresários, produtores de vinho e profissionais do setor motivados em conhecer e promover o intercâmbio de experiências com os empreendedores do roteiro.

Na Serra Gaúcha, a experiência do Vale dos Vinhedos vem servindo de referência para quatro associações vitivinícolas nacionais: a Aprobelo, de Monte Belo do Sul; Asprovinho, de Pinto Bandeira; Afavin, de Farroupilha e Apromontes, de Flores da Cunha e Nova Pádua.

Fora do Brasil a vocação enoturística e o reconhecimento alcançado após a conquista da Indicação de Procedência também vem chamando a atenção dos vitivinicultores. Tanto que visitantes de países como Holanda, Inglaterra, Estados Unidos, Japão e Suíça já estiveram no Vale para conferir in loco o trabalho desenvolvido na região. “Até da França, da região de Champagne, que já conquistou a Denominação de Origem já tivemos visita”, afirma o enólogo Adriano Miolo. Segundo ele, a troca de informações vem sendo intensificada no momento com grupos vindos de países como a Holanda e a Bolívia, que estarão em visita ao Vale dos Vinhedos nesta semana.

Por isto, gente, precisamos nos orgulhar e incentivar sempre os vinhos nacionais! E para mostrar que não é apenas teoria, o vinho da semana que logo mais vai para o blog será um vinho nacional!!


CHEERS!!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Geografia do Vinho - Itália (Denominações)

Ontem recebi um pedido do João Luiz no post abaixo, para ser um pouco mais específico sobre as classificações italianas. Então vamos lá:

Os italianos implantaram o sistema de leis DOC e DOCG em 1963 para regulamentar e organizar a Indústria do Vinho. As principais categorias existentes hoje, como comentei abaixo, são a Vino di Tavola (Hoje IGT), DOC e DOCG.

Os Vino di Tavola são vinhos regionais, na maioria das vezes mais simples e de custos mais baixos. A evolução destes vinhos são os IGT - criados em 1992 - aonde se enquadram os Supertoscanos como o Sassicaia, Solaia e Tignanello por exemplo. Na verdade, os IGT são vinhos que não se encaixaram por algum motivo técnico nas DOC ou DOCG. Os IGT também tem suas regras que precisam ser seguidas, mas são menos rígidas que as regras DOC e DOCG. Podemos dizer que os IGT são os vinhos rebeldes, que não quiseram se encaixar nas outras denominações.

Os vinhos que são classificados como DOC precisam corresponder aos rígidos requisitos ditados pelas Leis Disciplinares Italianas, como área de produção, variedade de uvas permitidas, rendimento máximo por hectare, grau mínimo de álcool, sistema de poda, tipos de plantio e envelhecimento dos vinhos.

Os vinhos DOCG são vinhos de prestígio, que passam por mais alguns controles além dos DOC, que não sei te falar precisamente quais são, e precisam ter sido vinhos DOC por pelo menos 5 anos. Eles não são apenas controlados, mas garantidos!

Os Supertoscanos, por exemplo, não se encaixam nestas 2 denominações, pois ferem um ou mais requisitos. O Antinori Tignanello, por exemplo, é feito dentro da zona do Chianti (Toscana). Mas ele usa uvas que não fazem parte da DOC ou DOCG.

Mas uma coisa é importante ressaltar: Vinhos DOCG não são necessariamente melhores que os DOC ou IGT. Apenas as regras que precisam seguir é que são mais rígidas.

Depois, quando falarmos sobre a França, vocês verão que as leis por lá são muito parecidas! Mas por enquanto, fiquemos na Enotria Itália!

João, espero que as explicações tenham te ajudado... Qualquer dúvida, pergunte mais!


CHEERS!!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Geografia do Vinho - Itália

Ouvindo amigos e pensando em coisas novas para acrescentar ao blog, resolvi começar uma nova seção, que é Geografia do Vinho. Nesta seção passarei pelos principais países vinícolas e suas regiões explicando as características de cada lugar, suas principais uvas e curiosidades em geral.

Para começar, vou falar do meu país vinícola preferido, a Itália. Não só por ser a terra natal da minha família, mas também porque realmente são os vinhos que mais gosto. Fora isto, antigamente o país era chamado de Enotria, que quer dizer “País do Vinho”. Precisa dizer mais alguma coisa?

Já de cara posso falar que a Itália não é um país que produz vinhos fáceis de se gostar. Muitos dos seus vinhos têm uma característica muito presente que é a alta acidez, fator este que acaba “espantando” muitos consumidores, pois alguns destes vinhos acabam se tornando difíceis de beber.

A Itália é líder mundial em produção de vinho. E também em consumo. São mais de 300 tipos de uvas plantadas e mais de 4.000 vinhos diferentes.

Os vinhos italianos são regulamentados em 4 diferentes tipos:

- Vino da Tavola: São os “vinhos de mesa”, mais simples e baratos, mas que também se incluem os famosos Supertoscanos. Alguns Supertoscanos chegam a valer muito dinheiro, casos do Sassicaia, Solaia, Tignanello e outros.
- D.O.C. (Denominazione di Origine Controllata): Há, aproximadamente, 250 zonas de DOC e 700 vinhos. São vinhos que tem sua origem controlada.

- D.O.C.G. (Denominazione di Origine Controllata e Garantita): Os vinhos DOCG indicam uma alta qualidade, pois são vinhos que são controlados e garantidos. Os mais conhecidos são o Barolo, Barbaresco, Chianti, Brunello di Montalcino e Vino Nobile di Montepulciano.

- I.G.T. (Indicazione Geografica Tipica): É uma nova denominação, criada em 1992 para flexibilizar vinhos que não se encaixavam nas outras classificações. Inclusive, alguns vinhos que eram “Vino di Tavola”, podem ser encontrados agora como IGT. Para um vinho ganhar esta classificação é necessário que todas as uvas usadas em sua produção sejam de uma mesma região italiana e que a vinificação também ocorra nesta região.

No próximo “capítulo” da geografia dos vinhos, vou começar a falar mais especificamente das regiões produtoras italianas.


CHEERS!!

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Premiação Importante

Mais uma prova da evolução dos vinhos brasileiros acaba de chegar vindo de uma das principais publicações mundiais do mundo vinícolas: Quatro rótulos da Miolo receberam prêmios do Decanter World Wine Awards 2009, concurso realizado pela Revista Decanter, uma das mais importantes publicações internacionais do segmento de vinhos.

Os produtos da empresa foram os únicos brasileiros destacados naquela que é considerada uma das principais distinções de vinhos no mundo. O resultado de toda a premiação será divulgado na edição de outubro da publicação.

Os vinhos premiados foram:

- Fortaleza do Seival Tempranillo 2007
- Fortaleza do Seival Pinot Noir 2008
- Quinta do Seival Castas Portuguesas 2005
- Merlot Terroir 2005

Segundo Adriano Miolo, diretor-técnico da vinícola, ter este trabalho reconhecido por uma publicação da seriedade e credibilidade da Decanter dá a confiança de que o produtor está no caminho certo na busca constante da excelência na elaboração de vinhos.

A empresa investiu nos últimos dez anos mais de R$ 120 milhões em tecnologia de ponta, mudas importadas, instalações e equipamentos de última geração. E o Miolo Terroir ainda conta com a consultoria do renomado enólog francês Michel Rolland.

Isto mostra que nossos vinhos tem alcançado níveis muito bons e mostra que o futuro é muito promissor para os nossos vinhos. Parabéns à Miolo e que venham outros grandes reconhecimentos como estes!

CHEERS!!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Mais uma ilustre presença em Sampa

Este jantar promete ferver... E a convite da importadora, estarei lá para relatar a vcs depois!

A Grand Cru promoverá no dia 22 de setembro, no restaurante EAU (Hotel Hyatt São Paulo), um wine dinner com a presença da competente e conhecida enóloga Cecília Torres, da vinícola chilena Santa Rita. A vinícola é considerada produtora de grandes rótulos como o excelente Casa Real.

O evento acontece a partir das 20h, com um custo de R$ 190 por pessoa.

Além é claro de grandes vinhos, teremos um belíssimo jantar com os seguintes pratos e harmonizações:

- Entrada:
Velouté Parmentier de Saint Jacques & Caviar
Vinho: Floresta Sauvignon Blanc 2007

- Prato Principal:
Filé Organique Riviera à La Menthe Pouillot
Vinho: Medalla Real Carmenere 2007

- Queijos "Le Fromage"
Vinho: Casa Real Cabernet Sauvignon 1998

- Sobremesa:
La Figue Violette
Vinho Late Harvest Branco 2007

Informações e reservas: 3062-6388 ou info@grandcru.com.br


CHEERS!!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

As Próximas Potências

Esta matéria do site askmen.com é no mínimo interessante! O site elaborou uma lista com os sete países que têm mais chances de se destacar na produção vitivinícola, levando em conta a história do páis e das civilizações que habitaram nestes lugares, além é claro, de clima, solo e outros fatores.

Para mim, o destaque vai para a Ucrânia e Romênia, pois eu particularmente não lembro de ter visto estes países vinculados a qualquer tipo de notícia de vinho...

A classificação é essa:

1. Suíça: Este país é um dos melhores produtores de vinho. Mas apenas 1% da bebida produzida nacionalmente é vendida para fora do país. Muitos desses vinhos são influenciados pelos vizinhos, como França, Alemanha e Itália. As melhores bebidas suíças vêm da região de Valais, produtora de deliciosos vinhos brancos.

2- Ucrânia: Os vinhos da região de Crimeia eram muito apreciados por Catarina II, imperatriz da Rússia. Hoje em dia, essa bebida está se reerguendo através dos espumantes produzidos a partir das uvas blanc e aligote.

3- Romênia: Assim como a Grécia, a Romênia tem mais de 3 mil anos de história em produção de vinhos. Apesar de muitas variedades nativas terem sido destruídas pelas pestes, o país continua sendo um dos maiores produtores de vinho do mundo. As regiões principais, Târnave, Dealu Maré e Murfatlar, produzem vinhos modernos que valem a pena provar.

4- Grécia: O ressurgimento dos vinhos gregos está focado nas regiões de Peloponeso e Tessália, com suas uvas nativas assyrtico (branca) e mavrodafni (tinta).

5- Canadá: O "vinho do gelo" do país lidera o mundo, mas o aumento dos vinhedos em Ontário e Columbia Britânica está trazendo força para a produção de vinhos brancos também.

6- Brasil: Apesar de o país ser produtor há mais de 130 anos, apenas nos últimos 10 - após a criação do Ibravin - os vinhos brasileiros conquistaram reconhecimento internacional. A maior região produtora, a Serra Gaúcha, tem clima que permite o cultivo de uvas como a cabernet sauvignon (para tinto) e chardonnay (para branco).

7- Inglaterra: O país está em 63º na lista dos maiores produtores. Entretanto, as temperaturas quentes do sul da ilha e condições similares das encontradas em Champagne, França, mostram que o plantio de uvas para a produção de espumantes não é tão incabível quanto parece.

Bom, os enófilos viajantes de plantão já tem outros lugares para conhecerem quandof alarmos em vinho. Obviamente a estrutura de enoturismo deles estará bem aquém de países como Itália, França, Espanha e alguns do novo mundo como Argentina, Chile e África do Sul.


CHEERS!!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Vinho da Semana - Pata Negra Gran Reserva 2001

**Pata Negra Gran Reserva 2001**
Produtor: Bodegas Los Llanos
Origem: Valdepeña (Espanha)

Uvas: Tempranillo
Safra: 2001
Importadora no Brasil: Casa Flora
Preço Aproximado: R$ 55,00


Tomei este vinho esta semana no excelente Vinheria Percussi com o amigo Luiz Fernando e me supreendi! Pelo custo que estava no restaurante (R$ 69,00), vi que era um gran reserva, de 2001 e resolvi arriscar. E não é que o vinho é muito bom? Madeira muito presente (afinal é um gran reserva), mas um vinho harmonioso, equilibrado e bem resolvido. Um vinho de médio corpo e bem frutado, apesar da idade. É feito na região de Valdepeña, centro-sul da Espanha por um tradicional e antigo produtor, a Bodega Los Llanos, que iniciou seus trabalhos em 1875 como Bodega Carabantes. É uma ótima opção pro dia-a-dia e até para servir em janteres com pessoas que gostem e se interessem por vinho. Ele pode enganar muito bem e se passar por um vinho mais caro do que parece.


CHEERS!!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Vinho Religioso

É sabido que o vinho é um elemento importantíssimo na religião católica pois ele é o sangue derramado por Jesus e que é consagrado em cada missa junto com a hóstia. Mas agora temos no Brasil uma novidade que promete atender aos judeus, religião seguida por cerca de 250 mil pessoas em nosso país conforme estimativas. Em setembro estas pessoas vão festejar o Ano Novo Judaico no Brasil. O Rosh Hashaná (‘Ano Novo Judaico’) marca a chegada do ano 5.770 e é o período das grandes festas da comunidade judaica em todo o mundo. Levando isto em consideração, a Casa Valduga apresenta a nova linha de vinhos kosher totalmente elaborados no Brasil, composta pelos rótulos Casa Valduga K Cabernet Sauvignon, Chardonnay, Espumante Demi Sec e Moscatel, que reúnem toda a tradição da marca.

Com rótulos bilingues em português e hebraico nas cores da bandeira de Israel, os vinhos foram preparados de acordo com as leis alimentares da kashrut sob supervisão do Rabino Shmuel A. Havlin e coordenação do Rabino Ezra Dayan, da BDK do Brasil. De acordo com o Rabino Dayan todo o processo de casherização (adequação e higienização kosher) do vinho é mais complexo se comparado a outras produções kosher. O vinho passou por diferentes etapas em sua produção, desde uma análise das máquinas usadas na colheita e processo de produção, até a preparação do vinho apenas por judeus praticantes.

Para a elaboração da exclusiva linha de vinhos Casa Valduga K, a vinícola praticamente parou um setor da produção por quatro dias, pois alguns equipamentos, como os tanques onde os vinhos são estocados, tiveram que ser enchidos com água por 24 horas e esvaziados por 3 vezes.

A diretoria da vinícola, que provou o vinho, disse ter ficado surpresa com a alta qualidade do produto final! Resta ver se a comunidade judaica no Brasil vai saber que existe o vinho e se vão experimentar a nova invenção da vinícola... Mas a iniciativa já vale um grande destaque!


CHEERS!!
E Shaná Tová aos meus amigos judeus!!

Catálogos e News das Importadoras - Setembro

Expand
Recebi ontem a news da Expand de Setembro. A capa fala sobre os gigantes argentinos que “revolucionaram a vinicultura sul-americana” e que fazem parte do catálogo da importadora. Entre eles estão as argentinas Achaval Ferrer, que produz vinhos sensacionais, desde os de base até os mais caros; Tem também a bodega Chacra, que deu uma nova cara aos vinhos da Patagônia, produzindo Pinot Noirs deliciosos (E caros...); E a última citada é a Cuvelier los Andes, que produz um bom vinho, de mesmo nome, e com a consultoria de Michel Rolland. Ta certo que são grandes nomes e grandes vinhos, mas dizer que eles revolucionaram a vinicultura sul-americana é um pouco de exagero, não? Mas faz parte do marketing... Fora a matéria principal, há as tradicional página “Abaixo de R$ 100,00” e “Acima de R$ 100,00”, com destaque para o clássico e caro Barolo Giacomo Conterno 2003. Há também algumas dicas de vinhos leves para o verão e por fim, o “Produtor do mês” que é o francês Jean-Baptiste Audym um tradicional e competente produtor de Bordeaux.

Mistral
O tão esperado catálogo trimestral deles chegou, com a mesma sóbria e elegante capa verde. Confesso que pelo tamanho do catálogo, sempre muito grande e completo, não tive tempo de olha-lo com calma. Mas ele é para mim um super guia de vinhos, com preços e informações sempre muito completas. Junto com ele vieram 2 encartes: Um de presentes e eventos corporativos, com sugestões de kits e de degustações para clientes de empresas. O outro encarte que veio é uma seleção bem feita de vinhos franceses, bem divididos e fácil de se consultar. São categorias como “Para brindar e celebrar”, “Especial Louis Jadot”, que fala sobre este renomado produtor da Borgonha, “Lançamentos”, “Excelentes relação qualidade/preço” e termina com os “Ícones” franceses. Um ótimo guia dos bons vinhos franceses da importadora!


CHEERS!!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Aniversário de 700 anos!

Este evento vale a pena divulgar!! Promete ser uma noite de gala!

A Grand Cru recebe no Brasil no próximo dia 17 de setembro (quinta-feira), Ferdinando Frescobaldi, proprietário da vinícola mais tradicional da Toscana, para uma série de degustações e jantares. O evento acontecerá na Ville Du Vin Vinho e Bistrô da Vila Nova Conceição, será um jantar harmonizado com os vinhos da tradicional vinícola italiana Frescobaldi.

Representando 700 anos de história no mundo do vinho, o proprietário da Vinícola, Ferdinando Frescobaldi, apresentará os rótulos aos clientes durante o evento. O wine dinner acontece a partir das 20h, com um custo de R$ 320 por pessoa. As vagas são limitadas.

.:. Entrada:
Lulas salteadas com tartare de tomate e crocante de arroz selvagem
Vinho: Albizzia Tenuta Santa Maria IGT 2007

.:. Primeiro Prato:
Endívias caramelizadas com flan de chévre e tomate confit
Vinho: Nipozzano Riserva DOCG 2005

.:. Segundo Prato:
Papardelli com ragu de coelho
Vinho: Montesodi Riserva DOCG 2005

.:. Terceiro Prato:
Lombo de cordeiro em crosta de funghi e parma com legumes salteados
Vinho: Brunello di Montalcino Castel Giocondo 2003

.:. Sobremesa:
Torta foudand de amêndoas recheada com mousse de gianduia e sorbet de framboesa
Vinho: Pomino Vinsanto DOC 2003


Informações:
Local: Ville du Vin (Vila Nova Conceição) - R. Diogo Jácome, 361.
Data: 17 de setembro de 2009.
Horário: 20h
Reservas: 11 3045.8137
Custo: R$ 320 p/ pessoa


CHEERS!!

domingo, 13 de setembro de 2009

Vinho da Semana: Paso Doble 2005

** Paso Doble 2005 **
Produtor: Bodega Poesia
Origem: Mendoza (Argentia)

Uvas: Cabernet Sauvignon, Malbec e Syrah
Safra: 2005
Importadora no Brasil: World Wine
Preço Aproximado: R$ 62,00


Um vinho feito pela renomada Bodega Poesia, que faz o vinho Poesia, um dos ícones argentinos. Este vinho, bem mais acessível que seu irmão mais velho e mais nobre é um equilíbrio bem feito de 3 uvas (Cabernet, Malbec e Syrah). Um vinho encorpado, com predomínio de frutas negras e álcool bem presente, talvez até um pouco demais. Mas pelo custo, um vinho bom para se tomar no dia-a-dia. Mas CUIDADO para não confundirem este Paso Doble (Com 1 "S") com o outro argentino Passo Doble (Com 2 "S"), que é produzido pelo Masi, tradicional produtor do Vêneto Italiano.


CHEERS!!

sábado, 12 de setembro de 2009

Homenagem aos Hermanos na Confraria!

Depois de 3 meses sem nos reunirmos por falta de uma agenda comum a todos, a confraria dos amigos, que está em seu segundo ano voltou com força total. O tema Argentina era sugestivo para uma noite de carnes e vinhos maravilhosos. E coincidentemente o evento foi 2 dias antes do vareio que demos nos hermanos nas eliminatórias da copa. O restaurante? O reconhecido Pobre Juan, conhecido pelo seu bom atendimento e pelas excelentes carnes!

O anfitrião dos tintos da noite foi o JP, que levou 2 preciosidades. E como estvámos há 3 meses sem nos reunirmos, resolvemos levar 2 brancos. Fefê levou um Catena Alta Chardonnay 1999 e eu levei uma homenagem ao meu herdeiro, um Luca Chardonnay 2006. O Luca estava muito bom, como eu já sabia pois havia bebido antes. Em Chardonnay argentino interessante e que mostra que se bem feitos, os vinhos desta uva no país hermano pode dar bons resultados. Ainda acho que o Chile se destaca nesta uva aqui na América do Sul, mas a Argentina tem seus bons exemplares também. E a maior prova disto veio também com o Catena Alta. um vinho que ganhou corpo e aromas com seus 10 anos de idade. Surpreeendeu de uma forma que ninguém esperava! Impressionante!

E vieram os tintos. Nada menos que uma vertical de Cheval des Andes! Talvez o vinho de maior Grife na Argentina, principalmente por ter o Chateau Cheval Blanc por trás deste projeto, junto com o gigante Terrazas de los Andes. Foram 2 exemplares: 2002 e 2005. 2 vinhaços! Mas sempre tem um que se sobressai, não é? E desta vez foi o 2002. Estava redondo, pronto para ser tomado, por mais que pudéssemos esperar mais alguns bons anos para bebê-lo. Estava um vinho sensacional. O 2005 ainda estava novo, mas já mostrou que daqui a alguns anos ele vai ser "grande" como o 2002 que bebemos.

A curiosidade ficou por conta da formulação dos 2 vinhos: Eram vinhos feitos com uvas diferentes! O 2002 tinha Cabernet, Malbec e Petit Verdot. O 2005 , além das uvas que estavam no outro vinho, ainda tinha 7% de Merlot. É uma parcela baixa, mas que certamente faz a diferença e deve deixar o vinho mais macio, menos austero que o 2002 daqui há alguns anos.

Sobre a comida, sem comentários! Foi um menu desgustação com nada menos que 5 pratos! Não preciso falar que saímos de lá absolutamente rolando de tanto que comemos e bebemos. E bem!

A próxima já tem data marcada! 01 de Outubro, ainda sem restaurante definido, mas com o tema que promete: Piemonte, oferecido pelo Dado, que vem falando nestes vinhos há tempos...


CHEERS!!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Vinho Também é Design

Recebi esta matéria do Hamilton, amigo e enófilo... Apesar de ser muito mais cervejeiro, o cara até que tem se interessado pelo mundo do vinho... Só não vai inventar de beber o "Country Wine" da minha mãe, hein godinho?!?!?! Valeu pela dica!!

“Nós amamos um vinho fino, especialmente quando pode ingerido em um ambiente tão pensativo quanto este”. Bem vindos à Merus, uma vinícola “design” como nenhuma outra. Localizada no Napa Valley, Califórnia, Merus mais um restaurante estrelado de Michelin do que uma vinícola. Os feixes expostos são as únicas que remetem ao passado nesta estratégia do design interior, que é completamente moderna com uma sugestão do calor Californiano. O projeto é da holandesa Uxus, uma empresa da arquitetura de Amsterdã. Com muitos projetos inspiradores em seu portfolio, a Uxus é um dos estúdios os mais quentes de projeto dos Países Baixos . O site deles, ainda em construção, também é bem atípico com relação ao visual. Moderno, todo preto e estilizado. http://www.meruswines.com/

Para comprovar o conceito de desgin e ser uma vinícola completamente fora do padrão, dêem uma olhadinha nas fotos abaixo.

Pode ser que não agrade aos mais tradicionais, mas que ela deve valer a visita, isto com certeza deve! E se os vinhos seguirem a mesma filosofia, podemos esperar grande e diferentes vinhos! Se algum de vocês já teve a oportunidade de tomar, por favor digam o que acharam!!






CHEERS!!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Mais uma grande perda!

Em menos de um ano perdemos 2 grandes nomes ligados ao mundo do vinho. Depois da morte de Angelo Salton, em Fevereiro deste ano (aqui), agora é a vez de outro grande nome ligado ao vinho e à culinária nos deixar saudades. O paulista Saul Galvão, 67 anos, faleceu hoje em decorrência de problemas que ele tinha com um câncer. Ele já vinha tratando a doença há algum tempo. Saul era um dos críticos eno-gastronomicos mais reconhecidos do país, com uma coluna semanal no jornal O ESTADO DE SÃO PAULO, além de um blog no portal deste jornal (http://blog.estadao.com.br/blog/saul/). Escreveu alguns livros como "Os Prazeres de Mesa", "Tintos e Brancos", "Os Prazeres da Mesa 2", "A Cozinha e seus vinhos" e "A Essência do Sabor".

Vai deixar saudades, Saul. Suas críticas sempre muito fundamentadas e respeitadas eram seguidas por muita gente e chegava até a influenciar na venda de vinhos que ele recomendava.

O céu ganha agora um profundo conhecedor de sabores e aromas! Preparem os banquetes!

Por mais que a notícia seja triste, acredito que Saul mereça que brindemos a vida dele com um CHEERS!! Um brinde a tudo o que ele fez pela gastronomia e pelos vinhos!
CHEERS!!

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Homenagem e Gafe

O Miolo Gamay 2009 é citado na edição de setembro da principal revista francesa de vinhos, a Revue Du Vin de France. A publicação fala da parceria fechada entre a Miolo e o "papa" do Gamay, o francês Henry Marionnet na elaboração do vinho.

Mas eles acabam comentendo uma gafe na matéria: O texto traz o título “Um carioca chamado Marionnet”, fazendo referência ao Rio de Janeiro, cidade brasileira mais conhecida no Exterior. Em seguida, se tentam se redimir chamando o francês de gaúcho, já que as vinhas usadas na elaboração do vinho são da Campanha do Rio Grande do Sul.

O Gamay 2009 com a assinatura de Henry Marionnet teve um crescimento de 43% nas vendas em comparação ao ano passado e foi amplamente divulgado na imprensa pela Miolo, que aposta muito em seu sucesso para o crescimento das vendas.


CHEERS!!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Análise de Sites: World Wine e Zahil

Dando continuidade à análise dos sites das principais importadoras, vamos a mais duas: Zahil e World Wine:

Zahil

Um site completo, bem desenvolvido e informativo. Além da parte dos vinhos, simples de se encontrar e objetiva para fazermos compras on line, há uma parte interessante e informativa que eles chamam de Rpimeiros PAssos. Lá encontramos a geografia dos vinhos, mostrando os mapas de cada país, uma breve descrição e as regiões vinícolas, vídeos de como se degustar um vinho, dicas de harmonização, de serviço do vinho e uma lista com a descrição dos produtores que eles representam aqui no Brasil. Um belo site!


World Wine

Um site simples, mas eficiente. Não tem muitos recurosos e mostra que seu principal objetivo é a compra on line. É um pouco "duro" em animações e recursos, mas é eficiente no seu principal objeitvo. Tem a ferramenta de busca por países, produtores outras formas de busca, uma área para contato e cadastro. Simples, mas eficiente.


CHEERS!!

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

2009 na Borgonha: O Luca trouxe sorte...

Com o nascimento do meu filho este ano, automaticamente comecei a pensar em como seriam as safras de 2009 pelo mundo. E já veio uma primeira grande notícia!! A notícia dá conta que os produtores da Borgonha, França, estão prevendo uma safra 2009 sensacional, com uma colheita precoce em toda a região.

Dizem que esta safra estará muito próxima da fantástica safra de 2005, que foi a melhor dos últimos anos. As primeiras uvas serão colhidas no início de setembro. O clima tem sido perfeito, com um inverno longo e frio, uma agradável primavera e um verão bem quente. Com isto, a previsão é de uma safra muito equilibrada.

Agora é esperar estes escepcionais vinhos chegarem ao mercado e contar ao Luca, quando ele entender o que é o vinho, que o ano que ele nasceu teve pelo menos uma grande safra, numa das regiões mais charmosas do mundo vinícola.


CHEERS!!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Vinho da Semana - Rèmole IGT 2006

** Rèmole IGT 2006 **
Produtor: Frescobaldi
Origem: Toscana (Italia)
Uvas: Cabernet Sauvignon e Sangiovese
Safra: 2006
Importadora no Brasil: Grand Cru
Preço Aproximado: R$ 64,00


Um vinho honesto e bem produzido de um dos gigantes italianos, o Marchese di Frescobaldi. Um corte de Cabernet e Sangiovese que é harmonioso, equilibrado e muito agradável. Um excelente vinho pro dia-a-dia. Mesmo sendo um vinho bem mais simples que um Brunello dele por exemplo, ele mantém a acidez característica de um vinho italiano.


CHEERS!!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Descolando do Champagne...

Os vinhos italianos Franciacorta (DOCG), elaborados no Norte da Itália, são feitos com o mesmo tipo de uva que o champagne. Além disto, é também utilizado o mesmo método de fermentação secundária, o que inevitavelmente leva a comparações co o tradicional e glamuroso líquido francês.

Mas ao invés de tentar assumir o posto de bebida oficial de comemoração, posto que é amplamente ocupado pelo champagne, os produtores de Franciacorta querem distinguir seu produto e criar um elo entre vinho de alta qualidade e refeição. "Nós consideramos o vinho como uma alternativa, não como um rival do champagne", explicou Maurizio Zanella, representante de 98% dos produtores de espumantes. "A diferença de saída entre o champagne e o nosso vinho faz a competição ser impossível", completou Zanella.

A produção do distrito de Franciacorta gira em torno de 10 milhões de garrafas de vinho, numa área de aproximadamente 2,3 mil hectares, podendo aumentar a um máximo de 25-30 milhões de garrafas, limite imposto devido à falta de terras disponíveis para o plantio. Para a produção de Champagne, são reservados 33 mil hectares, o que gera uma produção anual de 340 milhões de garrafas.

Bom, acho que o Sr. Zanella teve uma sábia decisão, afinal, é só olhar os números para evr que é impossível competir com o champagne. Mas vamos fazer um exercício e considerar que a área de platio fosse semelhante, bem como o número de garrafas. Aí entramos num ponto que é impossível competir: A força, o glamour e a história que tem esta bebida milenar. Quem no mundo ousaria a comparar qualquer bebida do mundo ao verdadeiro champagne francês, aquele que tem inúmeras estórias para se contar?

Falando sobre o Franciacorta, já bebi e gostei bastante! Quando fui à Itália, fiz uma rápida visita à Ca´del Bosco, uma das principais vinícolas da região. Linda, moderna e com produtos de altíssima qualidade!


CHEERS!!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Vinhos Verdes... Da França, Itália, Espanha, Chile...

Se estranharam o título do post, não se assustem! Não estou aqui para falar que França, Itália, Espanha, Chile e outros países estão fazendo o famoso e tradicional Vinho Verde, um dos símbolos da vinicultura lusitana. O assunto é outro...

Hoje no Valor Econômico saiu uma matéria do Jorge Lucki sobre vinhos orgânicos e bio-dinâmicos. É uma matéria bem escrita, informativa e que ainda trás algumas boas sugestões de vinhos comprovadamente bio-dinâmicos. Ainda acho que faltou pelo menos um exemplar da importadora De La Croix, que tem como princípio trazer apenas vinhos orgânicos e bio-dinâmicos. E olha que eles tem ótimos líquidos, como o Borgonha JC Rateau ou o Bordeaux Iris du Gaion, entre outros.

Mas acho que os pontos que o Lucki coloca no texto são importantes para refletirmos. Lendo o artigo dele, paro e penso: Será que estamos preparados para beber estes vinhos, conscientes que estamos tomando produtos mais puros e conseqüentemente de qualidade superior? Será que estamos preparados para pagar mais por este tipo de vinho, já que os produtores realmente devem ter um trabalho mais árduo para produzirem vinhos deste tipo? Será que estes vinhos tem potencial de crescimento no nosso ainda limitado mercado?

Acho que nós Brasileiros ainda não temos esta consciência e este preparo. Ainda estamos engatinhando no mundo do vinho e quanto mais bebermos, conhecermos e divulgarmos a cultura do vinho, mas rápido conseguiremos beber um vinho orgânico ou bio-dinâmico e dar o verdadeiro valor a eles. Mas acho que ainda leva tempo. Mas só depende de nós.

Destas 2 formas de se cultivar um vinho (Organico e Bio-Dinâmico), acho que hoje o mais relevante ainda é ser um vinho orgânico, pois é um sinal mais concreto e "visível" de respeito ao meio ambiente e uma forma natural de se fazer um vinho. Em várias vinícolas do mundo são testados métodos de controle de pragas naturais e que tem dado certo. Então, porque não diminuir os defensivos e agrotóxicos para termos um vinho mais puro, saudável e natural? Acho que o caminho é este! Por outro lado, ser bio-dinâmico também é muito válido e agrega valor ao vinho, mas acho que é uma forma de cultivo que só valorizaremos de verdade depois que a "sementinha dos orgânicos" realmente crescer e for uma realidade entre todos os enófilos! Mas acho que isto ainda levará um certo tempo...

Para quem gosta de ler, tem o livro do "papa" da viticultura bio-dinâmica, Nicolas Joly, que se chama "Vinho do céu à terra", editado pela Eidtora Vinum, da ótima revista Wine Style. Eu ainda não li, mas quem leu gostou muito (Como diz o célebre silvio Santos ao anunciar os seus filmes!).


CHEERS!!