domingo, 30 de novembro de 2008

Vertical de Tignanello. Gran Finalle - Parte 2

Vamos então ao que interessa: Aos vinhos e à comida. E que comida! E que vinhos!
Tivemos a grande prova de que a harmonização é muito importante quando temos grandes vinhos e grandes pratos. Em nenhum momento os vinhos mataram os pratos e este talvez tenha sido o grande segredo para a noite ser espetacular!

Para começar, uma Terrine de Coelho tartufada sensacional e o Tignanello 2004. A Terrine, leve, saborosa, sem muitos condimentos e um sabor natural, mas extremamente deliciosa. Uma entrada que se fosse prato principal não passaria vergonha. No copo o 2004 se mostrava jovem, mas já deliciosamente pronto para beber. Foi quase unanimidade achar mos que este vinho daqui a 10 anos estará uma obra prima, algo inacreditável.

Logo depois, o 2001 com um Ravioloni leve e uma lasanha verde saborosa e consistente na boca, harmonizando muito bem com esta safra que foi uma das grandes safras na Toscana. O vinho já mostrava uma cor mais atijolada devido à sua idade e um pouco menos persistente que o 2004. Mas um vinho que se tomado sozinho, sem ser comparado com outros, seria um desbunde. Mas convenhamos que comparar diferentes Tignanellos é até sacanagem, pois é difícil saber qual é melhor e o “menos bom”, pois todos são incríveis. Neste caso, as massas caíram perfeitamente com o vinho, sem sobreposição. Foram complementares e a esta altura já estávamos completamente entregues àquela que pode ser considerada um dos maiores eventos gastronômicos que já puder presenciar.

Por enquanto é isto. Semana que vem volto para terminar a contar como foi o restante do jantar e dos vinhos, já que ainda tínhamos pela frente um 1997, um 1990 e um Sauternes de 100 pontos no Robert Parker...

Haja coração, como diria Galvão! Ou melhor, haja boca e estômago!

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