terça-feira, 1 de setembro de 2009

Vinhos Verdes... Da França, Itália, Espanha, Chile...

Se estranharam o título do post, não se assustem! Não estou aqui para falar que França, Itália, Espanha, Chile e outros países estão fazendo o famoso e tradicional Vinho Verde, um dos símbolos da vinicultura lusitana. O assunto é outro...

Hoje no Valor Econômico saiu uma matéria do Jorge Lucki sobre vinhos orgânicos e bio-dinâmicos. É uma matéria bem escrita, informativa e que ainda trás algumas boas sugestões de vinhos comprovadamente bio-dinâmicos. Ainda acho que faltou pelo menos um exemplar da importadora De La Croix, que tem como princípio trazer apenas vinhos orgânicos e bio-dinâmicos. E olha que eles tem ótimos líquidos, como o Borgonha JC Rateau ou o Bordeaux Iris du Gaion, entre outros.

Mas acho que os pontos que o Lucki coloca no texto são importantes para refletirmos. Lendo o artigo dele, paro e penso: Será que estamos preparados para beber estes vinhos, conscientes que estamos tomando produtos mais puros e conseqüentemente de qualidade superior? Será que estamos preparados para pagar mais por este tipo de vinho, já que os produtores realmente devem ter um trabalho mais árduo para produzirem vinhos deste tipo? Será que estes vinhos tem potencial de crescimento no nosso ainda limitado mercado?

Acho que nós Brasileiros ainda não temos esta consciência e este preparo. Ainda estamos engatinhando no mundo do vinho e quanto mais bebermos, conhecermos e divulgarmos a cultura do vinho, mas rápido conseguiremos beber um vinho orgânico ou bio-dinâmico e dar o verdadeiro valor a eles. Mas acho que ainda leva tempo. Mas só depende de nós.

Destas 2 formas de se cultivar um vinho (Organico e Bio-Dinâmico), acho que hoje o mais relevante ainda é ser um vinho orgânico, pois é um sinal mais concreto e "visível" de respeito ao meio ambiente e uma forma natural de se fazer um vinho. Em várias vinícolas do mundo são testados métodos de controle de pragas naturais e que tem dado certo. Então, porque não diminuir os defensivos e agrotóxicos para termos um vinho mais puro, saudável e natural? Acho que o caminho é este! Por outro lado, ser bio-dinâmico também é muito válido e agrega valor ao vinho, mas acho que é uma forma de cultivo que só valorizaremos de verdade depois que a "sementinha dos orgânicos" realmente crescer e for uma realidade entre todos os enófilos! Mas acho que isto ainda levará um certo tempo...

Para quem gosta de ler, tem o livro do "papa" da viticultura bio-dinâmica, Nicolas Joly, que se chama "Vinho do céu à terra", editado pela Eidtora Vinum, da ótima revista Wine Style. Eu ainda não li, mas quem leu gostou muito (Como diz o célebre silvio Santos ao anunciar os seus filmes!).


CHEERS!!

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