quinta-feira, 4 de junho de 2009

Cabernet Sauvignon Melhores em SC

A estiagem que castigou o Oeste, Meio-Oeste e Serra Catarinense ajudou a melhorar a qualidade da uva Cabernet Sauvignon. A colheita tardia, como é conhecida, começou no início do mês. Março e abril são os meses de maturação da Cabernet Sauvignon.

Na vinícola Vila Francioni, em São Joaquim, na Serra Catarinense, são 72 mil parreiras. A produção em cada parreira surpreendeu os produtores. A expectativa deste ano é colher 150 toneladas. Os números são menores em relação a 2008. Mas a redução da quantidade significou aumento na qualidade, já que, com a falta de chuva, a fruta ficou mais maturada. Além da falta de chuva, que contribuiu para a boa qualidade das uvas, as condições climáticas foram ideais. Baixaram as temperaturas, o que também foi positivo. Essas baixas temperaturas fizeram com que o ciclo produtivo se estendesse e as uvas entrassem em maturação no período em que as chuvas diminuíram na região.

– Isso fez com que a maturação acontecesse num período seco e a qualidade foi superior a de outras regiões do Sul do Brasil – afirma Orgalindo Bettu, enólogo há 30 anos. Ele diz que o clima e a altitude da Serra Catarinense, a quase 1,3 mil metros de altura, são os diferenciais de qualidade da uva e do vinho produzido na Vila Francioni. Depois que a fruta é retirada das parreiras, passa por um processo delicado e demorado para se transformar em vinho. O processo de armazenamento é feito em tanques de inox, onde as uvas ficam fermentando durante um período de 8 a 20 dias. Depois são colocadas em tonéis de carvalho francês e guardadas por um período de oito meses a dois anos, em temperatura ambiente de 14ºC a 18ºC.

Há dois anos, os vinhos de altitude são produzidos na Serra Catarinense, período suficiente para garantir mais qualidade ao produto. Posteriormente, são distribuídos para todo o Brasil. A vinícola deve produzir 150 mil unidades neste ano. Produto diferenciado tem uma boa aceitação. As características regionais fazem com que o vinho seja diferenciado em relação a regiões mais tradicionais. Isso ocorre por causa das temperaturas baixas e alta altitude. Para os próximos anos, a produção da vinícola deve dobrar e chegar a 300 mil garrafas, tudo para o mercado interno.– A nossa produção é totalmente voltada ao mercado interno. Já estamos distribuindo para os três estados do Sul e para todos os estados do sudeste – explica Daniela Borges de Freitas, presidente da vinícola e que agora busca ganhar o Nordeste.


CHEERS!!

Fonte: Click RBS - Diário Catarinense

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