quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

GENÉTICA DO VINHO

Sua estrutura genética pode determinar os vinhos que você gosta de degustar e "cheirar". Algumas pessoas possuem uma genética que lhes permitem gostar de todos tipos de vinho. Esses "sortudos" são chamados de "superdegustadores".

Nos últimos anos, um grande número de tradicionais analistas da indústria vinifera, muitos deles da Inglaterra, tem assinalado aquilo que acreditam ser uma grande falácia no esquema rígido de analisar um vinho através de sua pontuação numérica. A crítica deles é que um pequeno número de avaliadores americanos parece ser "encantado" por um estilo de vinho que os críticos veem como esteticamente contrário ao que eles entendem que deva ser um "grand vin". Clive Coates, conhecido autor francês sobre vinhos, recentemente desdenhou dos críticos americanos que gostavam particularmente de um controvertido vinho tinto de Bordeaux dizendo que: "qualquer um que goste daquele vinho, deve fazer um transplante de cérebro". É como se os britânicos vissem os americanos como geneticamente diferentes no que se refere à degustação de vinhos tal como ela é concebida (pelos europeus).

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

VINHOS DA ÁUSTRIA - PARTE 1

Recentemente andei lendo alguns artigos que falavam sobre países não tão tradicionais em produção de vinhos, mas que estavam despontando e supreendendo. Abaixo viou transcrever um artigo que li na internet, mas e 2 partes, para não ficar muito longo, que fala sobre a Áustria. Espero que gostem!

"As regiões vinícolas do centro da Europa - da Suíça à Eslováquia, passando pela Áustria - estão se tornando cada vez mais importantes no panorama europeu do vinho. A introdução de castas internacionais conhecidas ao lado de castas nativas, bem como a recente renovação da tecnologia, tem ajudado. O rigor dos requisitos de qualidade no sentido de evitar fraudes, a atividade de enólogos estrangeiros e os custos de elaboração mais baixos também os auxiliam na competição.
Os países centrais do continente europeu têm tradição vinícola milenar, mas sua importância no mundo do vinho até os anos 1980 era apenas marginal. Com os novos acordos comerciais, a consolidação da Comunidade Européia incentivando a competição e o influxo de conhecimento dos flying winemakers, as coisas mudaram, principalmente ao longo dos anos 1990.

Os desenvolvimentos mais notáveis na Europa Central nos últimos 20 anos tiveram lugar na Áustria. A história do vinho austríaco remonta à época dos celtas, sendo anterior, portanto, ao cristianismo. Sua colocação durante séculos limitou-se, porém, ao consumo local. O grande impulso na indústria vinícola austríaca deu-se durante o Império Austro-Húngaro, por volta de 1860. Esse período deixou um rico legado para os produtores decorrentes da regulamentação do cultivo e da elaboração, assim como das pesquisas realizadas na escola vinícola do mosteiro Klosterneuburg, no Danúbio. Novo intervalo sem repercussões aconteceu depois disso, até o fim da Segunda Guerra Mundial.

Em 1950, um pequeno círculo de vinicultores começou a reformar a indústria vinícola. Sua ação deu resultados positivos, mas viu-se prejudicada em 1985 quando os vinhos doces do país, os mais notáveis por sinal, caíram em descrédito pela descoberta de adição fraudulenta de produtos químicos ao mosto.

Durante quase dez anos, os produtores austríacos enfrentaram dificuldades, mas os mais conscientes não esmoreceram. Os requisitos de qualidade tornaram-se severos e a obediência a eles mais estrita. Na segunda metade da década de 1990, finalmente, eles viram seus esforços e sua persistência compensados quando alguns dos vinhos austríacos passaram a merecer destaque.

Neste início de milênio, os vinhos da Áustria voltaram a receber o reconhecimento internacional. Seus Rieslings secos do Danúbio e seus vinhos brancos de sobremesa contam-se hoje entre os melhores do mundo. Vista de perto, a vinicultura austríaca é, assim, uma história de ressurgimento."

Na semana que vem continuarei com a outra parte, que fala das uvas, regiões e classificações.

Até lá!


CHEERS!!

domingo, 15 de fevereiro de 2009

VINHO DA SEMANA - CHATEAU LA GRAVE 2003

** Chateau La Grave 2003**
Produtor: Chateau La Grave

Origem: Fronsac - Bordeaux (França)
Uvas: Merlot e Cabernet Franc
Safra: 2003
Importadora no Brasil: De la Croix
Preço Aproximado: R$ 105,00



Um Grand Vin de Bordeaux, que até perece mais do que isto. Um Bordeaux razoavelmente acessível perto de alguns outros e que realmente entrega qualidade de gente grande. Um vinho para ser servido tanto em um jantar mais intimista quanto algo maior, pois certamente, em ambos os casos, vai impressionar. Taninos presentes, mas na medida certa. Um final de boca gostoso e persistente. Claro que a boa safra de 2003 também ajuda muito, mas é um vinho que dá para perceber que tem estrutura e é feito com cuidado. Além de ser mais um biodinâmico no portfolio da De la Croix, que tem como principal diferencial, o fato de trazer apenas vinhos orgânicos ou biodinâmicos.

DICIONÁRIO DAS UVAS - BARBERA

Já que na semana passada falei sobre a Nebbiolo, uva do Piemonte e bem conhecida, nos manteremos hoje nesta mesma região, falando agora da Barbera. Uma uva tinta que dá vinhos equilibrados, mas com certa acidez, que é sua característica principal. Não tem a mesma fama e reconhecimento da Nebbiolo, mas vem ganhando espaço aos poucos.

Os principais vinhos são o Barbera d`Alba e Barbera d`Asti. Seus vinhos apresentam cor rubi vivo com aromas de frutas vermelhas e um pouco herbáceo; Na boca são frescos, não tão encorpados e com uma acidez típica dos vinhos italianos.
CHEERS!!

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

VINHOS DOS SONHOS

Sommelier do Fasano há 17 anos, Manoel Beato, 44, orgulha-se de ter tomado"quase tudo de bom que existe no mundo". Cheval Blanc 1947? Três vezes. Mouton-Rothschild 1945? Cinco vezes. Château Margaux 1900? Três vezes. Agradece "aos céus" e "aos padrinhos do vinho", como ele chama os clientes que se tornaram amigos e o convidam para compartilhar os "momentos mais incríveis", quando decidem abrir grandes vinhos. Ter acesso a "adegas fabulosas" e contar com a generosidade dos clientes ajuda, e como, mas não esvazia o baú de desejos.

O repertório de Beato também tem lacunas. E quais são esses vinhos dos sonhos?A Folha fez esta pergunta ao sommelier do Fasano e a outros três profissionais de São Paulo: Alexandra Corvo, que trabalhou no D.O.M. e hoje é proprietária da escola de vinhos Ciclo das Vinhas; Tiago Locatelli, doVaranda Grill; e Carina Cooper, da Salton. Os vinhos apontados são, em sua maioria, raros e caros, com valores difíceis de mensurar (leia abaixo as escolhas).

"Às vezes, você até vê na internet um Cheval Blanc 1947, um dos mais prestigiados, por uns US$ 6.000 [mais de R$ 13 mil]. Só que, quando vai comprar, não tem. Só encontra, e bem mais caro, em cavistas, aqueles caras que, quando alguém solicita, pedem uns dias e vão atrás, provavelmente em adegas particulares", diz Beato.

Com menos tempo de estrada, mas grandes vinhos na bagagem, Tiago Locatelli,28, prova que é possível sonhar com os pés mais próximos ao chão. Elegeu um vinho alemão, produzido num vinhedo muito pequeno e íngreme. Comparado a um de seus preferidos -o caro Château Palmer 1945-, fica "barato" -cerca de US$400 (R$ 900). "Não vem para cá porque é produzido em pequenas quantidades",diz Locatelli, na profissão há cinco anos.

A sommelière da Salton, Carina Cooper, 45, hesitou para escolher "só um". Acha que a sorte fala mais alto. "Tem tanta coisa que a gente não imagina e cai na mão. Estar aberto para isso é mais divertido do que querer um só", diz. A sorte parece conspirar a favor dela. No ano passado, esteve em Jerez, na Espanha, para participar da feira Vinoble. Foi surpreendida com um convite para uma degustação de várias safras de Château d'Yquem. "Nem dormi direito naquele dia. Esse vinho me emocionou inexplicavelmente."Mas nem tudo é emoção. Até os grandes vinhos têm seu dia de vinagre.

Quando ainda era sommelière do D.O.M., Alexandra Corvo, 33, atendeu certa vez "12 clientes super-ricos" de uma confraria. "Cada um levou uma garrafa. Abri o primeiro, um Château Beychevelle 1961, e estava morto! Sabe redução devinagre balsâmico no nariz? Mas eles provaram e nem ficaram tristes. Tinham outros 11."O primeiro contato de Beato com um Pétrus 1961, estimado em US$ 8.000 (cerca de R$ 18 mil), foi um desastre. "Estava bouchenée (com aroma de rolha). Ficou aquela frustração."Nada que uma degustação, anos depois, de três safras de Pétrus (1982, 1970 e1961) não tenha compensado a espera.


CHEERS!!

Fonte: Folha de São Paulo

MARADONA OU ZAMORANO - FINAL

Bom, depois de falarmos um pouco sobre cada um dos dois países, não é difícil prever que país tem maior capacidade de expansão no mundo dos vinhos. Os dois países conseguem produzir tintos maravilhosos, para bebermos ajoelhados. Isso é um fato. Mas há uma diferença geográfica que privilegia um e limita o outro. E esta, para mim, é a grande diferença. Os enólogos e proprietários argentinos podem causar uma revolução no país com novas descobertas? Claro que podem. E, em se tratando de vinhos, tudo é possível se mãos e paladares competentes ajudarem. Certamente temos isso de sobra por lá. Mas há um detalhe que faz toda a diferença: se a natureza não permitir, as coisas ficam mais difíceis.

E, para terminar, eu não poderia deixar de falar, mesmo que brevemente, sobre as uvas emblemáticas desses países.

Na Argentina, a malbec é notadamente a rainha das uvas, produzindo vinhos maravilhosos, encorpados e potentes, dependendo do modo como for vinificada. É uma uva que cativou muita gente e conquista legiões de fãs com seus vinhos marcantes. Mas, segundo o maior nome do vinho argentino, Nicolas Catena Zapata, a uva do futuro na Argentina é a italiana bonarda, que hoje é muito usada para vinhos de corte, alguns de baixa qualidade, mas que, segundo ele, será a grande uva dos varietais argentinos. Hoje, contraditoriamente, ela é a uva mais plantada no país, com 20% mais plantações do que a famosa malbec. O que acontece é que nossos hermanos estão começando a acertar a mão com essa uva e produzindo bons vinhos. Como exemplo, podemos citar os diversos prêmios que a bodega Nieto Senetiner já ganhou com seu varietal bonarda.

No Chile, a carmenère, que chegou ao país como sendo uma muda de merlot e depois se descobriu que não era, resistiu à filoxera e no Chile tem dado mostras de que pode produzir vinhos com personalidade, sempre bem herbáceos e marcantes. Vinhos de corte ou varietais? Tanto faz! A carmenère tem feito de tudo. E feito muito bem! E, se a Argentina tem a bonarda como uva do futuro, o Chile está tomando emprestada a uva do seu vizinho para fazer suas apostas: a malbec, que hoje é símbolo argentino, já tem dado mostras de que pode fazer muita coisa boa no Chile. E um ótimo exemplo disso é um dos melhores vinhos chilenos da atualidade, o Viu1, que leva 90% de malbec em sua formulação. Uma maravilha!

Vale Central ou Mendoza? Neuquén ou Bío-Bío? Carmenère ou malbec? As variáveis que vão decidir essas disputas são muitas: climas, solos, águas, relevos, variedade de uvas, investimento externo e muitas outras coisas que acabam ditando a regra do jogo, dizendo quem pode mais hoje e quem poderá mais amanhã. Mas uma coisa é certa. Independentemente de qual país se saia melhor, essa disputa já tem um vencedor: nós, consumidores, que poderemos cada vez mais nos deliciar com excelentes amostras dos dois países.

Já no Brasil... Bom, esse é um assunto para um outro texto, pois dá para falar muita coisa sobre nossos vinhos, apesar de ainda estarmos engatinhando na produção de vinhos de qualidade. Mas, se acertarmos a mão, poderemos surpreender...

Por fim, talvez você esteja perguntando o porquê do título “Maradona ou Zamorano?” É que, nesse caso, enquanto acho que o Chile ganha da Argentina com o vinho, no futebol eles perdem de goleada para o nosso principal rival. Sem dúvida, o Maradona jogou muito mais bola que qualquer chileno. Mas, se é assim, desculpem-me, chilenos, argentinos e até italianos, portugueses e franceses. Sou mais o Pelé.



CHEERS!!

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

LUTO

Não é tipo de notícia agradável de se dar, mas como um dos princípios do Blog é ser uma fonte de informação, me sinto no dever de colocar até mesmo este tipo de notícia.

O presidente da Vinícola Salton, Ângelo Salton Neto, morreu nesta terça-feira em São Paulo após um infarto.

Ângelo era paulistano, formado em engenharia, e assumiu a presidência da Vinícola Salton antes dos 30 anos. Ele foi responsável pelo início dos investimentos da empresa em vinhos espumantes finos, um dos principais produtos da vinícola atualmente.

A companhia, fundada em 1910, em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, inicialmente como um armazém, passou a dedicar-se à cultura de uvas e elaboração de vinhos.

Em 1948, estabeleceu uma filial em São Paulo para conseguir atender aos pedidos de todo o País.

Até 2008, a Salton possuía dois vinhedos modelos, Tuiuty e Santa Lúcia, com 70 hectares no total, e 550 fornecedores de uvas.

Certamente o Brasil perde um dos grandes entusiastas do vinho e um dos responsáveis pela melhora de qualidade de nossos vinhos.

E termino, infelizmente, sem o CHEERS tradicional por uma questão de respeito.

ANTES DE MORRER, LEIA.

Este livro é essencial para os amantes do vinho. Mas leiam antes de morrer, como diz o título!

1001 Vinhos para Beber Antes de Morrer é um livro bastante ilustrado e interessante que cita 1001 vinhos imperdíveis, entre os tantos que existem no mundo, para bebermos antes de morrermos. Aqueles que valem a pena pelo menos um gole, como experiência de vida.

São 1001 resenhas sobre os mais notáveis vinhos produzidos em todas as regiões do mundo, descrições das sensações da degustação, histórias e as curiosidades escondidas por trás dos rótulos.

Com uma equipe de 44 especialistas, Neil Beckett criou um guia completo sobre a diversidade que faz dos vinhos uma fonte permanente de fascínio e prazer. Eles indicam os vinhos que irão agradar ao paladar, explicam o que faz com que eles sejam tão especiais, dão referência de preço e sugerem a época ideal para consumi-los. Alguns dos vinhos são antigos e raros, mas a maioria está disponível no mercado e pode ter preços surpreendentemente acessíveis.

É um livro que vai ser útil aos que já tem algum conhecimento sobre o vinho e também àqueles que ainda não entendem muito do assunto.

Ainda não li o livro todo, preciso comprar. Mas já li algumas partes de pessoas conhecidas e já deu para ter noção que é um livro bem bacana para ter na biblioteca enológica.


CHEERS!!

domingo, 8 de fevereiro de 2009

DICIONÁRIO DAS UVAS - NEBIOLO

Uva tinta original do Piemonte (norte da Itália), é a uva dos Barolos e Barbarescos, vinhos de enorme prestígio no mundo todo, alguns por sinal, bem caros. Ela não costuma ser combinada com outras variedades. Como ocorre com muitas cepas européias, a Nebbiolo tem permanecido fiel às suas origens, e não se tem noticias de plantações significativas de Nebbiolo em outras regiões.

A principal característica dos vinhos desta uva é a longevidade deles.Os Barolos e Barbarescos são vinhos que costumam durar muito tempo e se bebidos ainda jovens, podem não render o que se espera deles, pois estarão alcoólicos e com acidez bastante elevada.Tem uma cor escura, e com aromas complexos e nem sempre facilmente decifráveis.Na boca, tem corpo e taninos finos.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

VINHOS E VÔOS - POR FELIPE KAUFMANN

Caros amigos do EnoDéco,
Aqui vão mais algumas cias. aéreas para avaliarmos as cartas de vinho. E como disse no post anterior, vcs verão que a carta da United realmente muda bastante...

Cathay Pacific
Classe Economica
Trecho: Hong Kong- Auckland e retorno

Branco:
First Step Charonnay 2007 Australia

Tinto:
Penfold’s Shiraz Cabrenet 2007 Australia

Na sala VIP da primaira Classe aqui de Hong Kong eles tem vinhos, porém nao mostram qual é. O garçom ofereceu Champagne, Merlot ou Pinot Noir, Chardonnay ou Semillon. Vc pode jantar lá, pois eles tem um Buffet supercompleto que é excelente. Estava de economica mas com o meu cartao de milhagem, consegui acesso à sala da primeira.


United Airlines
Como falei, a United é uma das companias que mais mudam de vinhos.

Trecho: De Hong Kong para Chicago
Classe Executiva

Champagne
Phillponart N/V Champagne Brut Royal Réserve ou
Lanson Brut Black Label N/V

Vinho Branco
Vincent Sauvestre 2006, Chablis ou
Quivira Fig Tree, Sauvignon Blanc 2005, Central Coast
Liberty School, Chardonnay 2005, Central Coast

Vinho Tinto
Chapoutier Belleruche 2006, Cotes du Rhone
Chateau Bonnin Pichon 2004, Lussac
Trapiche Oak Cask Malbec 2005, Mendoza
Pedroncelli Three Vineyards Cabernet Sauvignon 2005, Dry Creek Valley

Trecho: De Hong Kong para Los Angeles
Classe Executiva

Champagne
Pol Roger Brut N/V
Piper-Heidsieck Brut N/V

Vinho Branco
Labouré-Roi Abbaye de Fontenay 2006, Montagny
Salmon Harbor Chardonnay 2005, Columbia Valley
Geyser Peak Sauvignon Blanc 2006, California

Vinho Tinto:
Domaine Santa Duc Vieilles Vignes 2005, Cotes du Rhone
Jaboulet Le Paradou 2006, Beaumes-de-Venise
Fabre Montmayou Gran Reserva Malbec 2006, Mendoza e
Aquinas Cabernet Sauvignon 2005, Napa Valley

Trecho: De Chicago para São Paulo
Classe Executiva

A mesma lista do voo acima

Trecho: De Hong Kong para Cingapura e retorno
Classe Executiva

Champagne
Piper-Heidsieck Brut N/V
Mumm Cuvee Brut Napa Valley Champagne (estranhamente eles colocaram este espumante como sendo Champagne) vou escrever um email para eles para que corrigam o engano, pois não é permitido...

Vinho Branco
Labouré-Roi Abbaye de Fontanay 2007, Montagny
Lockwood Vineyard Chardonnay 2007, Monterey
Geyser Peak Sauvignon Blanc 2006, California

Vinho Tinto:
Jaboulet Le Paradou 2006, Beaumes-de-Venise
Firestone Vineyards Select Merlot 2005, Central Coast
“L” de Lyeth Cabernet Sauvignon 2005, Sonoma

Espero que tenham gostado.

Abraços, bom final de semana e tim tim,

Felipe

VINHO DA SEMANA - RISCAL 1860 Tempranillo 2006

** Riscal 1860 Tempranillo 2006**
Produtor: Marques de Riscal
Origem: Castilla y León (Espanha)
Uvas: Tempranillo
Safra: 2006
Importadora no Brasil: Interfood
Preço Aproximado: R$ 50,00


Um vinho simples, mas muito honesto e que vale o que custa. A vinícola Herdeiros de Marqués de Riscal é uma empresa pioneira do setor vitivinícola da Espanha. Em 1858 tornou-se a primeira bodega da região de Rioja - Espanha, onde elaborava vinhos segundo métodos bordeleses. Mais tarde, tornou-se a primeira bodega impulsora da Denominação de Origem Rueda, onde hoje se elaboram os famosos vinhos brancos de Marqués de Riscal.
Este vinho em particular é uma bela opção para o dia-a-dia. Um vinho leve, como é característica desta uva, com um toque também leve, mas perceptível de madeira, ele é muito frutado e na boca é bem suave. Em outras safras (2003 e 2004) já chegou a levar 91 pontos da Wine Enthusiast. Pelo preço, um vinho para se comprar em quantidade e ter em casa para ocasiões mais descompromissadas e degustar numa boa, tranquilamente.CHEERS!!

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

MARADONA OU ZAMORANO - PARTE 2

Retomando o assunto iniciado na semana passada, vamos agora andar na direção do Oceano Pacífico, chegando ao Chile, país extremamente peculiar em sua geografia, o que é — e certamente continuará sendo — determinante para seu crescimento nesse mercado do vinho.

Tudo começou mais ou menos na mesma época que a vinicultura argentina. Na verdade, um pouco depois, por volta de 1550, com missionários espanhóis que faziam vinhos de mesa e de missa. Porém, na segunda metade do século XIX, enquanto os vinhedos franceses foram devastados pela praga da filoxera, as plantações chilenas ficaram intactas, o que foi um marco para a vinicultura local. Mesmo com o governo militar atuando fortemente no país, quando metade dos vinhedos do país foram destruídos, os produtores resistiram e continuaram a produzir vinhos cada vez de melhor qualidade, principalmente com a injeção de capital estrangeiro, vindo da Europa, da Austrália, dos Estados Unidos e até do Japão. Com esses investimentos, muita tecnologia foi implantada, e a qualidade dos vinhos foi melhorando sensivelmente. Hoje, o país é um dos grandes centros vinícolas do mundo, e, quando se fala em custo-benefício, talvez seja o melhor.

Uma das explicações para esse sucesso todo é, mais uma vez, a geografia e o clima. Estrategicamente localizado entre o Pacífico e a Cordilheira dos Andes, o Chile tem várias regiões vinícolas, algumas delas já conhecidas, outras que estão se tornando conhecidas agora e outras que têm um grande potencial para crescer. As uvas do Chile vêm principalmente do Vale Central, situado no meio do país, e que é uma zona agricultora extremamente fértil. O clima no vale tem temperaturas máximas no verão entre 15ºC e 30ºC e uma umidade excelente para as uvas. As montanhas litorâneas não deixam que a chuva que vem do oceano chegue tanto a essa região. Mas essa falta de chuva não atrapalha as plantações, pois há inúmeros rios na região que irrigam as terras.

As principais regiões chilenas hoje são o Aconcágua (norte), Vale Central e região sul, tendo cada uma diferentes características, as quais determinam a qualidade e a variedade dos vinhos que saem de lá. O Aconcágua é a região mais seca e quente do Chile, com uma predominância de bons vinhos cabernet sauvignon. Mas, dentro dessa região, está talvez uma das grande recentes descobertas, o Vale de Casablanca, responsável por excelentes brancos feitos de chardonnay e sauvignon blanc e tintos feitos de pinot noir, que são uvas que precisam de um clima mais frio, com brisas marinhas e névoas características desse belo vale que fica no caminho entre Santiago e Viña del Mar. Antes de chegar ao Vale Central, passamos pelo Vale do Limarí, recente descoberta chilena na vinicultura que tem dado vinhos maravilhosos nas mãos dos enólogos da Viña Tabalí, uma vinícola relativamente nova, mas que vem colecionando apreciadores pelo mundo e, principalmente, aqui no Brasil. Descendo para o Vale Central, temos nele as sub-regiões do Maipo: Curicó, Rapel e Maule. Nessa região, estão as principais vinícolas do país e certamente os melhores vinhos. Destaque para os cabernets, carmenères e, mais recentemente, os syrahs, que têm ganhado grande destaque no Vale do Colchagua, mas mais ao sul. Mas não podemos também deixar de lembrar alguns ótimos sauvignon blancs, semillons e merlots oriundos de lá. Quanta variedade! Por fim, vamos à região sul, no Vale do Bío-Bío, onde a produção ainda é muito voltada para o consumo interno.

E semana que vem escrevo o fechamento e minha opinião final sobre o futuro dos dois países...


CHEERS!!

DESTAQUES PORTENHOS

Não sou o mais ferrenho defensor do sistema de notas que o mundo do vinho tem, principalmente por ícones como Robert Parker e Jancis Robinson ou por publicações especializadas que estão espalhadas pelo mundo inteiro. Mas também não sou completamente contra. Acho que não podemos ignorar a experiência e conhecimento de tais figuras, e devemos sim prestigiar os vinhos por eles reconhecidos como bons. Mas sou contra quem só compra e bebe vinhos com altas pontuações. Acho que pessoas que se pautam apenas em notas, não confiam nos seus próprios paladares e acabam limitando os vinhos que bebem. E isto, para bons apreciadores e os que querem explorar o mundo enológico, não é legal.

Considerando isto, queria citar a lista que recebi por e-mail da Grand Cru sobre a última prova de Parker de vinhos Argentinos. Não tenho motivos para fazer propaganda deles, mas o intuito é divulgar coisas que eu ache que valem a pena. E a lista que recebi é bem interessante! 33 vinhos importados pela Grand Cru receberam 90 pontos ou mais do Parker em Dezembro do ano passado. Uma marca bacana e certamente importante para a importadora. Acho que dois destaques merecem ser dados:

- Bodega Doña Paula, que emplacou 6 rótulos, entre eles o Seleccíon de Bodega Malbec 2005 com 94 pontos.

- Viña Cobos, com 9 rótulos, entre eles o Malbec Marchiori Vineyard, com a safra 2005 que levou bons 98 pontos e a safra 2006 que levou nada menos que 99 pontos!

Vale dar uma passada pela lista e provar alguns deles, pois há vinhos para todos os bolsos! No site da importadora (aqui) dá para visualizar a lista toda.


CHEERS!!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

VINHOS E VÔOS - POR FELIPE KAUFMANN

Caros leitores do EnoDeco. Hoje vamos a mais algumas Cias. Aéreas e seus vinhos:



UNITED

A United é uma das companias que eu viajo que mais mudam de vinhos. Ela está renovando o interior de todos os seus aviões que voam em rotas interncontinentais. A mudança principal fica por conta da classe executiva e da primeira classe. As cadeiras viram cama, ou seja, ficam a 180 graus, extamente como na British Airways, Cathay Pacif (new Bussines & First class) e Air New Zealand.

Nos voos internacionais em classe executiva eles servem:

Champagne:
Pol Roger Brut NV
Piper-Heidsieck Brut NV

Vinhos Brancos:
Labouré-Roi Abbaye de Fontenay, Montagny, Chardonnay 2006;
Fevre Champs Royaux, Chablis, Chardonnay 2006;
Salmon Harbour, Columbia Valley, California, Chardonnay 2005
Geyser Peak, California, Sauvignon Blanc 2006

Vinhos Tintos:
Domaine Santa Duc, Cote du Rhone, Grenache Vielles Vignes 2005;
Jaboulet Le Paradou, Grenache, Beaumes de Venise 2006;
Fabre Montmayou, Mendoza, Malbec Gran Reserva 2006
Aquinas, Napa Valley, Cabernet Sauvignon 2005




QANTAS

Na sala VIP da primeira Classe da Qantas em Auclkand tinha:

Champagne:
Lanson Black Label Non Vintage

Brancos:
Wolf Bass, Claire Valley, Gold Label Riesling 2005
Matua Valley Parental, Sauvignon Blanc 2007, New Zealand
Jud State Gisborne, Chardonnay 2007, New Zealand

Tintos:
Saltram Marme Brook, Shiraz 2005, Autralia
Matua Valley Shingle Peak Reserve 2007, Pinot Noir, New Zealand

Dei também um pulo na sala da executiva e a única diferença é que nao tinha champanhe, mas sim um espumante Lindemans.

Espero que tenham gostado.


Abraços e tim tim,

Felipe

DICIONÁRIO DAS UVAS - CARIGNAN

Uva da região sul da França, utilizada principalmente em vinhos das regiões do Languedoc e da Provence. Na Espanha é conhecida como Cariñena e na Itália como Carignano. É uma uva geralmente usada em vinhos de assemblage, mas que tem produzido também bons varietais.

Antigamente ela era considerada uma uva rústica e popular demais para vinhos de corte. Porém, o grande sucesso da região catalã do Priorato, a partir dos anos 80, recuperou o prestígio.

É uma uva de casca grossa e que produz vinhos escuros, com taninos firmes e bastante saborosos. Uma uva diferente e que vale a pena experimentar, por ser diferente e não encontrada muito frequentemente por aí.
CHEERS!!

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

MARADONA OU ZAMORANO? PARTE 1

Muito se tem falado e discutido sobre qual destes dois países tem um futuro mais promissor na América do Sul em termos de vinhos de qualidade: Chile ou Argentina. Vou fazer este artigo em 3 partes, para não ficar muito extenso. Então, falarei primeiro sobre a Argentina. Depois sobre o Chile e por fim colocarei o meu ponto de vista sobe o assunto.

Lendo alguns artigos, algumas reportagens em sites e revistas e até mesmo olhando a geografia dos 2 países, cheguei a uma conclusão que é uma mera opinião, mas tem seus fundamentos: o Chile tem tudo para se distanciar cada vez mais do nosso vizinho portenho por algumas razões. Não quero entrar aqui no mérito de qual dos dois países hoje produz os melhores vinhos, pois, sinceramente, não consigo comparar. Afinal, se do lado chileno temos Almaviva, Montes Alpha M, Clos Apalta, Dom Melchor, Viu 1 e muitos outros, do outro lado temos Nicolas Catena, Achaval-Ferrer Finca Altamira, Cheval des Andes e Cobos, entre outros. Então, vou citar apenas alguns fatos que me levaram à conclusão que os chilenos têm mais futuro que os argentinos.

A história da vinicultura argentina começou em 1534, quando foram plantadas as primeiras videiras na cidade de Mendoza, principal centro vinícola do país até hoje, de onde saem seus melhores vinhos. Porém, essa bela região ao pé da Cordilheira dos Andes tinha um problema para a viticultura: o clima desértico. Com o passar do tempo, foram implantados métodos de irrigação artificial, aproveitando-se o degelo da neve da cordilheira. Ultrapassado esse problema, o último passo para o anunciado sucesso foi dado por italianos e espanhóis que formaram a base da viticultura e produção de vinhos na Argentina. Por muito tempo, a vinicultura argentina foi marcada por vinhos baratos, feitos com uvas de baixa qualidade, cenário que hoje se modificou bastante com a introdução de técnicas mais modernas de cultivo e vinificação.

Depois dessa breve passagem pela história da vinicultura argentina, vamos a um importante fato que pesa muito para um país se destacar ou não no mundo vitivinícola: a geografia. A principal região vinícola do país está localizada em Mendoza, como foi dito acima. É lá que são produzidos, nada mais nada menos, do que 85% dos vinhos argentinos de qualidade. E isso pode ser um fator de risco para o país, uma vez que as outras regiões não têm geografia e clima tão propícios para a produção de vinhos de tanta qualidade como Mendoza. Isso gera uma limitação, pois um dia o espaço físico vai acabar e não haverá mais lugares onde plantar. A região norte do país, na qual se localizam as sub-regiões de Salta e San Juan, ainda não tem destaque, a não ser pelos vinhos feitos com a uva torrontés, uva branca muito plantada no país e que tem uma grande importância nessa região. Se procurarmos bem, acharemos bons malbecs e cabernet sauvignons, mas não são tão facilmente encontrados. A região sul, onde se encontram as regiões de Neuquén e Rio Negro, ainda é tímida na produção de vinhos de qualidade, mas ela tem tudo para ser o grande destaque daqui a alguns anos, pois o clima é mais frio, muito parecido com algumas regiões chilenas. Resumindo: por razões climáticas e geográficas, a Argentina tem um crescimento limitado, o que prejudica a expansão de seus negócios vinícolas!


CHEERS!!

DORMINDO NO TONEL

Se tomar um bom vinho francês é uma excelente pedida, imagine dormir dentro de um tonel da bebida?

Essa foi a ideia dos proprietários do hotel De Vrouwe, na cidade de Stavoren, Holanda. Eles importaram quatro tonéis da Suíça, onde eram usados para armazenar e envelhecer vinhos trazidos da França, e os transformaram em quartos. Anteriormente preenchida com 14 mil litros de vinho, cada unidade de madeira abriga agora um quarto com duas camas, uma poltrona e um banheiro.

Como os tonéis são antigos e foram usados durante muito tempo, as tábuas de madeiras estão bem vedadas, o que garante bastante conforto no inverno. O valor básico da diária varia entre 74 e 119 euros. No inverno, o valor cai para 18 euros. O café-da-manhã está incluído no preço, e o hotel também aceita cachorros.
Não dá pra saber o quão é confortável, mas vale no mínimo, uma noite para falar que dormiu dentro de um tonel de vinho...


CHEERS!!

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

ESCOLHA A SUA ROLHA!

Há tempos temos ouvido discussões intermináveis e sempre inconclusivas sobre o que é melhor: rolha de cortiça, rolha sintética ou rolhas tipo “screw cap”. São vários os argumentos a favor e contra cada uma delas. Não quero aqui entrar a fundo em cada um destes fatores, mas vou citar rapidamente alguns deles:

A rolha de cortiça tem todo o charme de ser algo antigo, tradicional e que muitos enófilos não conseguem ver uma garrafa de vinho sem ela. Pelo lado funcional, ela é eficiente, pois permite a passagem de oxigênio na medida certa ao vinho (micro-oxigenação), permitindo que ele evolua na garrafa ao longo dos anos, em alguns casos alcançando décadas e décadas de vida dentro da garrafa, pois o vinho é SIM um organismo vivo em constante evolução! Porém, ela também tem algumas coisas que pesam contra: O custo da matéria-prima é alto e às vezes chega a custar entre 25 e 50 cents de Euro e se for de qualidade pode chegar a 1 Euro, mais do que o preço de custo de um litro de alguns vinhos. Além disto, é uma matéria-prima cara porque é extraída da casca do sobreiro, uma árvore só existente em Portugal e na Espanha e cuja casca leva 30 anos para regenerar-se. E por último devemos lembrar que em algumas vezes ela é responsável pelo conhecido efeito “bouchoneé”, ou “gosto de rolha” que na maior parte dos casos está associado à rolhas de baixa qualidade.

Se por um lado as rolhas sintéticas são mais em conta e barateiam o custo de produção do vinho, por outro elas não tem o charme e a tradição das rolhas de cortiça. E alguns dizem que ela não tem os micro-poros que permitem a micro-oxigenação e consequentemente a evolução do vinho na garrafa, por mais que algumas pessoas mais técnicas digam que sim, ela tem estes micro-poros. O fato é que, por ser um fenômeno recente, não temos estudos ou comprovações que mostrem que um vinho de guarda com rolha sintética consegue se manter “vivo” pelo mesmo tempo que um vedado com cortiça.

E por último vem as rolhas mais polêmicas, que são as tampas screw cap, conhecidas como tampas de rosca. Se as sintéticas, que tem o mesmo formato das naturais já não tem o charme das tradicionais, imaginem uma tampa de rosca! Estas são as mais atacadas e polêmicas principalmente pelo motivo estético. Mas são as mais baratas de todas, custando no máximo 25 cents de Euro. E a maioria das garrafas com screw cap tem alguns micro furos que permitem a passagem de ar para o vinho. Vinhos australianos, neo zelandeses e alguns chilenos e argentinos já estão adotando este novo formato. Mas assim como acontece com as sintéticas, não há estudos sobre a duração de um vinho dentro de uma garrafa com screw cap por ser algo muito recente.

Colocadas todas as situações, concordam que fica difícil chagar a uma conclusão que deixe todos satisfeitos e convencidos? Acho que nestes casos, o importante é não se deixar levar por preconceitos e abrir a cabeça para novos formatos e possibilidades. Já provei vinhos estupendos com rolha natural e vinhos também muito bons com scew cap e rolhas sintéticas. Então, se não estivermos abertos a experimentar e testar, para tirar nossas próprias coclusões, continuaremos achando que as rolhas naturais não devem ser substituídas e ponto final! Portanto,como no mundo do vinho a opinião de cada um sobre o que é bom e o que não é, é o que importa, a regra vale para esta discussão também.

Já pensaram então um Petrus ou um Margaux com screw cap? É difícil, e quase que inconcebível pensar nisto. Mas é bom começar a exercitar isto em suas cabeças, pois nunca se sabe o dia de amanhã…


CHEERS!!
(Com rolha natual, sintética ou screw cap)

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

VINHO DA SEMANA - VALDIVIESO CABERNET FRANC 2005

** Valdivieso Single Vineyard Cabernet Franc 2005**
Produtor: Valdivieso
Origem: Vale do Colchagua (Chile)
Uvas: Cabernet Franc
Safra: 2005
Importadora no Brasil: Bruck
Preço Aproximado: R$ 60,00


Uma grata surpresa deste produtor já bem conhecido no Chile. A linha Single Vineyard deles apresenta ainda um Malbec, um Cabernet Sauvignon, um Merlot e um Chardonnay.

Este Cabernet Franc é um vinho diferente para nós brasileiros, já que não é muito comum encontrar vinhos 100% feitos desta uva, pois ela é usada mais em vinhos misturada com outras uvas. É um belo exemplar da uva e consegue mostrar muito as principais características dela: Frutas negras, chocolate e café devido à sua longa passagem por carvalho (18 meses) e taninos bem presentes, mas sem nenhum agressão ao paladar. Um vinho diferente, por ser um varietal ainda pouco encontrado por aqui, mas com um custo benefício sensacional.


CHEERS!!

domingo, 25 de janeiro de 2009

HARMONIZAÇÃO - FATORES IMPORTANTES: INTENSIDADE

No post passado falei sobre a importância do equilíbrio entre o peso do prato e do vinho. Agora, vou comentar um pouco sobre a intensidade de sabores e aromas do vinho e dos pratos, para que nenhum se sobreponha ao outro.

Podemos ter um prato leve, mas fortemente condimentado. E podemos ter um prato mais pesado, porém sem muitos temperos e por isto menos intenso. Esta é a diferença que temos que ter na cabeça quando falamos em PESO e INTENSIDADE.

Como exemplos, podemos citar um prato leve e intenso, como um camarão à provençal que combinaria perfeitamente com um vinho bem aromático e intenso, como um Chardonnay ou Sauvignon Blanc levemente amadurecido em barricas. Neste caso, imaginem pegar este mesmo prato e harmonizar com um Cabernet Sauvignon ou um Malbec? Ou pegar um prato como um Fettuccine à Bolonhesa, com parmesão, bebendo um borgonha (Pinot Noir) bem leve. Concordam que no primeiro exemplo o vinho mata o prato e no segundo o prato mata o vinho? Então, estes são exemplos em que a intensidade é um fator importante para a harmonização!

CHEERS!!

DICIONÁRIOS DAS UVAS - SÉMILLON

Uva conhecida por ser muito usada nos famosos Sauternes, ela atinge seu auge em 2 países: França (Bordeaux) e Austrália (Hunter´s Valley). Em Bordeaux, como dito acima, ela é muito usada nos Sauternes junto com a Sauvignon Blanc, mas também em vinhos secos, muito frequentemente em vinhos que passam algum tempo em barris de carvalho, para ganhar corpo. Na Austrália ela é muito usada junto com a Chardonnay e é a uva do vinho branco que cito abaixo na primeira confraria do ano que fizemos no Arturito.

Suas características variam de acordo com a região que é cultivada: Tendem a apresentar aromas cítricos e adocicado quando cultivadas em Bordeaux e aromas mais amanteigados e com grande potencial de envelhecimento na Austrália, que era o caso do vinho da confraria.
CHEERS!!

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

CONFRARIA DE CANGURUS

Ontem foi o dia. O "primeiro dia do ano" para nossa confraria. Depois do Gran Finalle com a Vertical de Tignanello, recomeçamos ontem a volta ao mundo do vinho.

* Tema escolhido: Austrália.
* Restaurante escolhido: Arturito
* Quem levou o branco: Fefê
* Quem levou os tintos: Zé Roberto.


O evento começou alguns dias antes, quando resolvemos a data e quem levaria os vinhos. Porém, desta vez, nem o tema, nem os vinhos e nem o restaurante foram divulgados aos confrades com antecedência. Zé Roberto queria segredo até o dia. Na véspera ficamos sabendo o local. E o tema e os vinhos somente na hora que chegássemos no Restaurante.

Chegando lá, às 20:30 / 20:45 descobrimos que faríamos um tour pela país dos Cangurus. Quando digo que descobrimos, preciso dizer que um deles apenas descobriu bem depois. Marcio chegou 1 hora atrasado e não preciso dizer que passou o jantar inteiro ouvindo piadas sobre o horário. E definitivamente, o sempre atrasado Dado, passou o bastão ao Marcio, que leva agora a fama. Aliás, Dado foi o segundo a chegar, depois do sempre pontual Zé Pedro, o primeiro em todos os eventos de 2008 e que já abre 2009 levando a tradição.

Chega de amenidades e vamos aos cangurus:

O branco que o Fefê levou foi escolhido pela Revista inglesa Decanter como o melhor vinho branco do mundo em um determinado ano. Era um Tyrrell´s Wines Hunter Semillon 1997. Um branco realmente impressionante, feito com uma uva ainda não tão explorada por nós brasileiros, mas que na minha opinião se parece muito com a Chardonnay. Aromático, com um nariz bem frutado e com uma madeira deliciosamente bem dosada, ainda pode ser guardado por alguns anos, pois estava maravilhoso e cheio de vida. E um branco com 11 anos e com esta vitalidade não é fácil de se encontrar.

Já os tintos, como sempre, merecem um destaque à parte. Nada menos que um Penfolds Grange 1996, um ícone daquele país e quase que uma unanimidade em ser o melhor vinho produzidos pelos cangurus. Um vinho com 12 anos de idade mas ainda com muita, muita vida pela frente. Estrutura perfeita, nariz maravilhoso e apesar da idade ainda com um pouco de álcool nos primeiros minutos, mas que depois de descansar nas taças, foi ficando cada vez mais macio e agradável. Na boca, sensações incríveis de um vinho que merecidamente tem um status de um dos melhores do mundo. Enche a boca com uma explosão de sabores e sensações. Tinha traços de um vinho com esta idade, mas ao mesmo tempo mostrava que poderia ser bebido daqui a alguns anos. Um vinho em que a Syrah consegue mostrar o porque é uma uva fascinante, cheia de fruta, equilibrada e com taninos na medida certa.

E para o jantar, a maioria optou pelo tradicional e delicioso Ojo de Bife do Arturito. Uma carne curada por 48 horas que concentra todo o sabor que este tradicional corte argentino tem. Uma harmonização perfeita. Vinhos perfeitos. Confrades perfeitos. Noite perfeita, não fosse a demora nos pratos, que passou um pouco do limite, mas que foi compensada com a deliciosa comida.

A próxima ainda não tem data, mas tem país: África do Sul.

E para variar um pouco, mais uma vez começamos o ano com o sarrafo bem alto...


CHEERS!!

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

VINHOS E VÔOS - POR FELIPE KAUFMANN

Caros leitores do EnoDéco. Vamos a mais algumas Cias. Aéreas avaliadas pelas comidas e pelos vinhos:


TAM:
Comida não comestível, plastificada mesmo. Ou melhor: com gosto de papel (veja abaixo a foto do que eles dizem que é uma quiche e que servem na classe economica no vôo de SP para Santiago do Chile! A comida vem dentro de uma caixinha de papelão!).


Por favor reparem na MEIA fatia de salame! Não, não fui eu que cortei a outra metade. A bandeijinha vem exatamente como na foto! Um absurdo!


A TAM esta passando pelo processo de qualificação para ser a 22a. empresa da maior e melhor aliança de companhias aéreas do mundo, a Star Alliance. Ela terá que passar por muitas modificações em sua estrutura e melhorar muito todos os processos, principalmente o de atendimento e serviço ao cliente.


Entre outras coisas, devem liberar a Sala Vip da classe executiva para quem viaja de economica e possui o cartão “Gold” o que poderá ser equivalente ao Vermelho na TAM, e que melhora para nós, que gostamos de beber bem, não é mesmo?

Um dos reflexos da participação na Star Alliance, é que ja entregam um cardapio com uma razoável descrição dos vinhos que oferecem, porém este cardápio, estranhamente, não informa as safras dos vinhos... coisas da TAM! Também terão que oferecer Champagne em seus voos internacionais que tem classe executiva . Mais uma vez, melhor para nós, nao?!


Os novos aviões Boeing 777 e Airbus A330 que a TAM encomendou, estão chegando com cadeiras que NÂO reclinam 180 graus como nos Airbus A 330 antigos da companhia. São poltronas “Lie Flat” e ficam inclinadas, o que aumenta a capacidade de lugares na classe execuTiva, porem diminui muito o conforto, pois você dorme inclinado, além de ficar escorregando para baixo. Algumas outras companhias que tem essas cadeiras são:


Swiss (em processo de mudança para as que inclinam 180graus), Lufthansa, Air France e American Airlines (New Bussines Class).









Já na primeira classe (somente disponível por enquanto no novo A 330) os 5 lugares são tipo “Suites” (as cadeiras viram cama). São muito boas e tenho que admitir.


Em seus voos dentro da America Latina, não existem vinhos na classe economica (não sei porque, já que sua concorrente direta, a LAN, oferece). Seu cardápio nessas rotas é:

Champagne:
Nao oferecem em voos dentro da America Latina

Vinho Branco:
Numbus Sauvignon Blanc, Viña Casablanca, Vale de Casablanca - Chile.

Vinho Tinto:
Jacques & Francois Lurton El Albar Barricas, Toro - Espanha.
Jacob’s Creek Shiraz Reserve, South Australia.

Agora, façam a comparação, com a LAN:

LAN
Classe executiva, voos internacionais:

Champagne:
Henriot Reims Champagne Brut Soverain N/V

Vinhos Brancos:
Viña Litoral Ventolera Sauvignon Blanc 2006, Chile.
Viña Montes Chardonnay Montes Alpha 2006, Vale de Casablanca - Chile.

Vinhos Tintos
Viña Montgrass Cabernet Sauvignon Antu Ninquen 2004, Vale de Colchagua - Chile.
Bodegas O Fournier B. Crux 2003, Vale do Uco - Mendoza - Argentina.
Vina Santa Helena D.O.N. 2003, Vale de Colchagua - Chile.

Tim Tim e até a próxima!
Felipe

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

TOP 10 PRAZERES DA MESA

Recentemente a Revista Prazeres da Mesa divulgou sua anual e famosa seleção dos 100 melhores vinhos do ano. Listarei abaixo os 10 primeiros, com um fato curioso. Lembram-se que a Wine Spectator divulgou a lista dela com um vinho do novo mundo em primeiro lugar, o chileno Clos Apalta, desbancando grandes nomes do velho mundo? Então, a Prazeres também coloca um vinho do novo mundo, desta vez argentinho, à frente de grandes nomes do velho continente. Porém, a lista dos 10 primeiros que segue tem 8 vinhos europeus e fechando ela um outro do novo mundo, o famoso Dom Melchor, da Concha Y Toro. Isto mostra que nossos vizinhos sul americanos estão realmente levando a sério este "negócio de fazer vinhos". E os europeus que se cuidem, pois os resultados recentes mostram que nossos hermanos argentinos e chilenos não estão pra brincadeira... Vamos aos nomes:

1º lugar: Catena Zapata Malbec Argentino 2004, Mendoza, Argentina

2º lugar: AAlto PS, Ribera del Duero, Espanha

3º lugar: Barbaresco DOCG 2003 Gaja, Piemonte, Itália
4º lugar: La Court Barbera D’Asti Superiore Nizza 2004, Piemonte, Itália

5º lugar: Barca Velha 1999 Casa Ferreirinha, Douro, Portugal

6º lugar: Vosne Romanée Leroy 2004, Borgonha, França

7º lugar: Quinta Sardonia 2002, Ribera del Duero, Espanha

8º lugar: Flor de Pingus 2004, Ribera del Duero, Espanha

9º lugar: Quinta do Crasto Maria Tereza 2003, Douro, Portugal

10º lugar: Don Melchor 2003, Maipo, Chile


CHEERS!!

2009 COM MAIS QUALIDADE

Já começou a colheita das uvas da safra 2008/09 no sul do Brasil. A estimativa do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) é que sejam colhidos entre 441 e 504 milhões de quilos de uva, valores até 30% menores que os 630 milhões de quilos colhidos em 2008. Esses números mostram que no que se refere à quantidade, houve uma baixa se comparado ao ano passado, mas em termos de qualidade, os técnicos do Ibravin afirmam um grande salto.

Essa diferença vem a calhar para os produtores que já neste ano de 2009 contam com quase 300 milhões de litros estocados, volume pouco menor que a produção de todo o ano de 2008 (330 milhões de litros).

No último ano ocorreu um decréscimo nas vendas de vinho devido à taxa cambial, além disso, o Real valorizado tornou as importações mais atraentes, cenário que só mudou no final do ano com a alta do dólar, é o que afirma Carlos Paviani, diretor-executivo do Ibravin. Em 2008, as importações cresceram 2,8% na comparação com 2007, já as exportações demandaram apenas 2% da produção nacional.

Com isso, os vinhos produzidos aqui ficaram parados nas prateleiras dos supermercados e nos estoques. Dados do Ibravin revelam que nos últimos três anos o consumo interno do vinho de mesa reduziu cerca de 30%.


CHEERS!!


Fonte: Revista Adega

VINHO DA SEMANA - ERVIDEIRA II - 2003

** Ervideira II - 2003**
Produtor: Ribeira da Ervideira
Origem: Alentejo (Portugal)
Uvas: Trincadeira, Aragonez, Castelão, Cabernet Sauvignon e Alicante Bouschet.
Safra: 2003
Importadora no Brasil: World Wine
Preço Aproximado: R$ 74,00

Um vinho delicioso, típico português, encorpado, mas não muito alcoólico, o que nos faz sentir mais os sabores do vinho. Macio , estruturado e com uma longa persistência na boca, ele é um achado para vinhos desta faixa de preço. Tem personalidade e é bem marcante. Apesar de passar apenas 4 meses em barricas de carvalho, pouco tempo para os padrões portugueses, sente-se a madeira numa intensidade boa, sem excessos, mas o suficiente para dar estrutura ao vinho.


CHEERS!!

domingo, 18 de janeiro de 2009

VINHOS E VÔOS - POR FELIPE KAUFMANN

Caros leitores do Enodeco,
Hoje escrevo sobre a Singapore Airlines e sobre a Virgin Atlantic:

Singapore Airlines:

Trecho: Hong Kong – Cingapura / Cingarura-Male e retorno
Classe: Economica

Tenho que confessar que esperava uma oferta melhor de vinhos, mesmo na classe economica. Isso porque se trata nada menos do que a melhor companhia aérea do mundo, e voando para um destino onde só chegam casais (na maioria em lua de mel) como Malé, nas Ilhas Maldivas.
De qualquer forma, o serviço de bordo é excelente (as aeromoças te levam até a sua poltrona) e lhe dão um bonito cardápio oferecendo 3 opções de bons pratos principais. Para sobremesa, sorvete Haagen Dazs. Bom não? Sim isso na classe economica! A diversão fica por conta do melhor sistema de entretenimento on demand que eu já vi! Com vários episódios atualizados do meu programa preferido: Top Gear, da BBC2!

Vamos aos vinhos:

Branco:

- Georges Duboeuf Chardonnay - Vin Blanc de Pays D’oc 2005
Confesso que a minha admiração por este produtor é somente pela boa logística que ele tem pois consegue lançar os seus Beaujolais no mundo inteiro na mesma data todo ano e fez isso o seu grande trunfo de marketing; Além de seus rótulos no mínimo espalhafatosos.

Tinto:

- P. Mass Bordeaux Cabernet Sauvignon 2007


Virgin Atlantic:

Trecho: Hong Kong- Londres e retorno
Upper Class (eles tem uma filosofia de não ter primeira classe e sim uma classe executiva com toques de primeira)

O cardápio é elaborado por ninguém menos do que a melhor e mais conceituada maison de vinhos na Inglaterra: Berry Bros and Rudd (www.bbr.com)
Com uma boa descrição dos vinhos e sugestões de harmonização com a comida servida a bordo. Contudo, os vinhos deixam um pouco a desejar.

Champagne
Charles Heidsieck Champagne Brut Reserve N/V

Vinhos Brancos:
- Berry’s Chilean Sauvignon Blanc 2007 - Casablanca Chile;
- Santa Celina Pinot Gris 2007 - Mendoza, Argentina
- Boucdnaud Chardonnay Viogner 2007 - Langedoc, França

Tintos
- La Fleur du Pérgord 2005 Chateau Thénac - Bergerac, França
- Clockspring Zinfandel 2005 - California, USA
- Le Petit Chapoton 2006 - Vaucluse, França

Até a semana que vem e Tim tim!

Felipe

HARMONIZAÇÃO - FATORES IMPORTANTES: PESO

Como eu comentei no primeiro post sobre harmonização, existem vários fatores que influenciam na escolha do vinhos que vamos beber em nossas refeições. Cada semana falarei sobre um destes fatores. Então vamos lá:
O PESO do prato é talvez o fator mais importante que devemos levar em consideração. E isto vale para vinhos brancos e tintos, pois não necessariamente os vinhos brancos são sempre mais leves que os tintos. Há alguns vinhos brancos mais encorpados e que "enchem mais a boca" que alguns tintos e devemos sempre lembrar que a "cor" do vinho, neste caso não é o mais importante. Este fator é geralmente o que mais tem chance de dar errado em uma harmonização, pois se vamos comer por exemplo um cordeiro, que é uma carne mais pesada, não podemos escolher um Pinot Noir para termos em nossas taças pois não sentiremos todo o potencial do vinho, já que cordeiro vai ter um sabor muito mais forte e vai se sobrepor ao vinho. Assim como não podemos comer um peixe leve como um St. Pierre ou uma pescada e pedir um Cabernet Sauvignon, que é um vinho mais encorpado e bem marcante na sua força. Neste caso, o vinho vai matar o peixe.

É por isto que temos que equilibrar pratos e vinhos primeiramente pelos seus "pesos", para que eles convivam harmoniosamente em nossas bocas e tenhamos uma refeição mais completa em sensações e sabores.


Exemplos: Cordeiro Assado com tintos encorpados como Franceses de Bordeaux, Espanhóis da Rioja, Portugueses mais maduros e tintos do novo mundo mais alcoólicos. Frutos do mar com brancos secos ou mais aromáticos, podendo ser espumantes ou frisantes. Sauvignon Blancs e Chardonnays sem muita passagem por carvalho, que os deixam mais encorpados, são boas pedidas. E podemos também citar Rosés em geral e dependendo dos temperos e intensidade dos frutos do mar, até um Pinot Noir bem leve pode ser uma boa pedida.


CHEERS!!

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

HORA DA FESTA!

Enófilos de plantão, preparem-se! Janeiro é o mês das grandes liquidações das importadoras e por consequencia hora de gastar, ou melhor, investir em bons vinhos a preços atraentes.

Na Mistral precisa-se ficar entrando no site deles para ver se algum lote novo da chamada "Ponta de Estoque". Eles colocam no site alguns vinhos, com pouca quantidade e logo depois tiram do ar, tendo que se esperar novas inclusões. Um sistema, na minha opinião não muito prática, mas que acaba gerando tráfego no site.
Na Wolrd Wine, se levarmos em conta a promoção do ano passado, a coisa promete ser boa. Foi uma belíssima oportunidade, com vinhos sensacionais a preços realmente baixos.
Na Expand a festa começou hoje (15/01). São inúmeros vinhos com descontos de até 70% nas lojas do grupo ou nas lojas do grupo St. Marché. Talvez até por telefone dê para conseguir algo. Mas é preciso correr, pois os melhores vinhos acabam rápido.

O jeito é ficar de olho e ser rápido no gatilho. E no copo.

CHEERS!!

DICIONÁRIO DAS UVAS - RIESLING

Uma importante uva branca, original das margens do Rio Reno, que banha Alemanha e França. Na Alemanha, ela e suas híbridas são responsáveis por 85% das plantações do país. Mas ela não é uma uva fácil, pois ela demora para crescer, o que muitas vezes acaba prejudicando sua colheita por causa da mudança de clima.


Ela dá vinhos frutados, mas secos no paladar e de cor amarelo palha. Ela costuma apresentar uma acidez equilibrada e bom corpo. Para harmonizar, peixes como salmão são boas pedidas.
CHEERS!!

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

VINHO DA SEMANA - PAULUCCI MALBEC 2006 (LA POSTA)

** Paulucci Malbec 2006 - La Posta**
Produtor: La Posta

Origem: Mendoza (Argentina)
Uvas: Malbec
Safra: 2006
Importadora no Brasil: Vinci
Preço Aproximado: R$ 58,00




Um vinho acima das expectativas, que mesmo com pouca idade, já se mostra um vinho interessante e nada simples. Típico Malbec, com sabor intenso, cor escura e forte e os típicos aromas de Malbec, com um toque de chocolate, que vem de sua passagem por carvalho por 10 meses. Conseguiu levar nada menos que 90 pontos da Wine Spectator nesta safra e certamente é um dos melhores custo-benefício que tomei atualmente. Um belo vinho!

CHEERS!

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

ANO NOVO, BLOG VELHO

Queridos amigos,
O ano mudou, mas o blog não. Ele continuará com os vinhos da semana, com o dicionário de uvas, com a coluna Vinhos e Voos do Felipe... Ou seja, com tudo o que ele sempre teve.

Mas o visual ganhou um facelift. Fez um botox aqui, uma lipo alí e ganhou uma cara nova. Mas como mentem os homens para as mulheres "A beleza interior é a que importa".

Continuem usando, lendo, repassando, comentando, xingando e tudo mais o que quiserem, afinal, este é o objetivo deste espaço aqui.

Que 2009 venha com uma energia sensacional e com vinhos melhores ainda...

CHEERS!!

O VALE ENCANTADO

É verão. Nenhuma época é mais propícia para tomarmos vinhos leves e refrescantes, sejam eles brancos, rosés, espumantes e até mesmo tintos. Por isto resolvi escrever um pouco sobre um vale chileno que tem feito grandes vinhos e que vem ganhando notoriedade e fama, chegando perto do brilho alcançado pelo Valle do Maipo e pelo Vale do Colchagua, os dois mais famosos daquele comprido e estreito país.

Estou falando do Valle de San Antonio, que fica a oeste de Santiago. Por ser próximo ao oceano, seu clima é bem propício para o plantio de uvas como Chardonnay, Sauvignon Blanc e Pinot Noir. Ele divide a fama de ser o grande vale destas uvas com o Valle de Casablanca, que fica um pouco mais ao norte. A influência marítima que o vale recebe faz com que a temperatura média seja moderada. Isso cria excelentes condições para as variedades citadas acima dando muita frescura em seus vinhos. Muitas vezes, a brisa fria do Pacífico age sobre os vinhedos, tornando o clima do vale bastante frio e muitas vezes encobrindo-o com um manto de neblina.

O vale começou a ser explorado de verdade em 1998 pela família Fernandez, fundadores da Viña Leyda. Logo depois, a vinícola Garces Silva construiu um aqueduto de cerca de 8 quilômetros de comprimento para trazer águas do rio Maipo. E assim o vale foi sendo explorado e foi crescendo.

Das vinícolas que estão lá, gostaria de destacar algumas que realmente estão tirando muito proveito do local e fazendo excelentes vinhos:

A Leyda, que citei acima, tem feito um excelente Chardonnay (Lote 5) e um estupendo Pinot Noir (Lote 21).

A Garces Silva, também citada acima tem o melhor Pinot Noir do Chile na minha opinião, o Amayna Pinot Noir. Também tem dado destaque para o seu Sauvignon Blanc Barrel.

E por último, a Casa Marin que tem tido destaques internacionais com o Lo Abarca Pinot Noir e o Laurel Sauvignon Blanc.

Definitivamente o Valle de San Antonio hoje já é uma grande referência em vinhos no Chile e também no mundo! E pelo andar da carruagem, a tendência é que isto continue ainda mais com o passar do tempo. Bom pra nós!

CHEERS!!


HARMONIZAÇÃO - PRINCÍPIOS

Esta coluna é resultado da enquete que fiz no final do ano. então, vamos lá! É um assunto que muita gente tem começado a prestar atenção ao pedir vinhos e pratos, então, nada melhor que termos um espaço para discutir que vinho combina com que prato. Mais uma vez, não sou o dono da verdade, então aproveitem para dar sugestões de outras combinações!


"Começando do começo", podemos dizer que a harmonização entre comida e vinhos é extremamente importante para vc aproveitar o máximo do seu vinho e do seu prato, pois se ela for mal feita, vc corre o risco de "matar" a sua refeição. Para começar, devemos seguir algumas regras simples: Pratos leves pedem vinhos mais delicados e suaves. Pratos gordurosos, pedem vinhos mais encorpados e que te dão sensações de adstringencia. E pratos mais doces pedem vinhos também doces, como Sauternes, Porto, Madeira e outros. Agora, um erro comum muito visto por aí: Vinho branco só combina com peixe e vinho tinto só combina com carne. Isto não é verdade! Existem vários fatores que interferem em um prato e que fazem esta "regra" ir por água abaixo. Temperos, acompanhamentos, molhos... Isto tudo altera o sabor e a intensidade do prato e com isto, altera também a escolha do vinho.

Por enquanto é isto! Esta primeira parte foi só uma pequena introdução para o que virá pela frente... então, comam e bebam, mas lembrem-se da harmonização. Sempre!



CHEERS!!

DICIONÁRIO DAS UVAS - SAUVIGNON BLANC

Junto com a Chardonnay, uma das uvas brancas mais conhecidas e difundidas, originária das regiões de Bordeaux e Loire.

Tem acidez acentuada, é fresca, e seus vinhos tem aspectos minerais e bastante frutados no Novo Mundo. Mantém a limpidez pois raramente fica impregnada de carvalho.
Na França, alcança melhores resultados em rótulos da região do Loire. Em Bordeaux, é bastante misturada com Sémillon. Também é parte da composição dos vinhos doces de Sauternes e Barsac. Na Nova Zelândia, encontrou o solo ideal para produção de vinhos que colocaram o país no mapa do mundo do vinho.
CHEERS!!

ESPECTATIVAS PARA O MERCADO DO VINHO EM 2009

Acaba de ser publicado pela Corporação Chilena de Vinhos um artigo sobre as expectativas para o cenário do vinho em 2009. Segundo o texto, o mercado asiático continuará sendo o protagonista no setor durante 2009, com um consumidor de bom nível econômico e com mais inclinação para experimentar diferentes opções, como vinhos biodinâmicos, sem álcool, novas embalagens e formatos.

Nos mercados emergentes como a China, a Rússia ou a Índia, o consumo de vinhos mais baratos aumentará, e mesmo com crescimento da instrução do consumidor, não se poderá falar de introduzir vinhos de qualidade nas mesmas proporções: a quantidade será a premissa fundamental.

De acordo com os dados do estudo, enquanto os mercados tradicionais, como Inglaterra, certos países europeus e Estados Unidos vão continuar adquirindo vinhos de qualidade, porém em menor quantidade, e poderão até comprar vinhos mais baratos. Quer em um caso como no outro, existe um denominador comum que os produtores não devem ignorar que é a noção de que os consumidores buscarão um vinho com marca, o que levanta a questão sobre o futuro do vinho a granel.

A pesquisa também diz que haverá algumas modificações, porém os três principais produtores mundiais de vinho continuarão sendo França, Itália e Espanha.
Segundo o artigo, não é preciso se preocupar muito com o impacto econômico que a crise mundial pode ter sobre o mercado do vinho, e também diz que os produtores que têm uma gama de vinhos de todas as qualidades e os preços serão os mais afortunados.

CHEERS!!


Fonte: Revista Adega

ALEMÃES INVENTAM A LÍNGUA ELETRÔNICA

Pesquisadopres de Aachen (Alemanha) desenvolveram uma "língua eletrônica" para ajudar a identificar vinhos falsificados. Embora mais precisa que o paladar humano, a língua eletrônica não substitui o prazer de degustar um bom vinho. A degustação é sempre um momento de emoção para os verdadeiros apreciadores de vinho. Com paladar treinado, eles reconhecem prontamente a qualidade, a idade e a origem da bebida. Mas agora pesquisadores desenvolveram uma "língua eletrônica", que não substitui o prazer de saborear um bom vinho, mas é eficiente para identificar falsificações.


Provido de seis sensores posicionados sobre placas de platina de 36 cm², o aparelho foi desenvolvido por uma equipe de pesquisadores da Escola Técnica Superior de Aachen sob coordenação do professor Michael Schöning, juntamente a outros cientistas da Alemanha e do exterior.
"A língua eletrônica foi criada para fazer controle de qualidade", explica Schöning. "Hoje em dia, quando se compra um vinho, principalmente os caros, há sempre o risco de adquirir falsificações." Segundo ele, até mesmo para especialistas não é fácil diferenciar uma imitação barata de um vinho original.

Original ou falsificado? A língua humana nem sempre pode reconhecer, mas com a ajuda de um programa especial, esta diferenciação deve tornar-se mais fácil. A engenheira Monika Turek esclarece que o programa é capaz de analisar os ingredientes do vinho. "E, através do processamento matemático dessa análise, podemos obter diversos parâmetros, por exemplo, a variedade da uva. "Apesar de parecer muito científico, o processo é, na verdade, simples. Uma pequena quantidade de vinho é pingada nos sensores, para que estes analisem substâncias típicas para determinados vinhos. A língua eletrônica é capaz de medir, entre outras coisas, a relação entre ácidos, açúcar e álcool, superando assim a capacidade humana, pois enquanto os nervos gustativos podem confundir os especialistas, os sensores eletrônicos medem as mais diferentes substâncias presentes no vinho com precisão matemática. CHEERS!


Fonte: Academia do Vinho

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

VINHO DA SEMANA - ALTO VUELO 2006

** Alto Vuelo Pinot Noir 2006**
Produtor: William Cole Vineyards
Origem: Valle de Casablanca (Chile)
Uvas: Pinot Noir
Safra: 2006
Importadora no Brasil: Ana Import
Preço Aproximado: R$ 50,00


O vinho que tomeio no Acqua (Posta abaixo), em Camburi, merece um destaque pelo custo benefício. Um Pinot Noir típico do Novo Mundo e bem característico do principal vale produtor de Pinot Noir do Chile, o Valle de Casablanca. Bem frutado e fresco, é suave, mas marcante, com uma cor clara como a maioria dos Pinot Noirs do mundo, tem madeira na medida certa e por ser relativamente novo, acho que ainda poderia descansar mais um tempo na garrafa para amenizar o alcool. Mas nada que prejudique o vinho, pois ele está muito bom, principalmente para o verão. Quem traz este vinho para o Brasil é a Ana Import, importadora idealizada pelo casal de Baianos Ana e Bell Marques, o músico do Chiclete com Banana. Um ótimo custo-benefício para esta época do ano!
CHEERS!!

VINHO BEM CUIDADO NO LITORAL

F E L I Z 2 0 0 9 ! ! ! ! !

Passei o final de ano no litoral norte de São Paulo, pulando de um lado para o outro, entre as praias da Baleia, Juquehy e Barra do Una. E em um destes pulos resolvemos ir jantar num belíssimo restaurante, em cima do morro, que fica entre a Baleia e Camburi. O caminho é por uma estrada bem tortuosa e esburacada, mas chegando lá, tudo o que não perecia bom, se transforma. O restaurante Acqua é um verdadeiro achado em cima do morro, com uma culinária muito boa, digna dos melhores restaurantes da capital.

Mas a surpresa veio ao entrar no restaurante: Uma adega para mais de 1.500 garrafas, climatizada, linda e um verdadeiro paraíso para os enófilos. Ficamos lá dentro, Thiago e eu conversando com o proprietário, o italiano Franco e depois com o responsável pela adega e pelos vinhos da casa, o atencioso Fabio. Vimos uma adega com muitas opções de rótulos nos mais variados preços. E além desta maravilhosa adega, havia uma outra, no bar para mais garrafas. Menor, mas igualmente gentil e bem tratando o vinho com temperaturas corretas e um bom armazenamento.

Acabamos tomando um até então desconhecido por mim ALTO VUELO PINOT NOIR 2006, da vinícola chilena "William Cole Vineyards". Aproveitarei e destacarei este como o vinho da semana, num post acima.

Foi uma verdadeira surpresa o jantar. Pelo lugar, extremamente charmoso e aconchegante, pelo modo como que tratam o vinho e pela comida. Se tiverem a oportunidade, confiram!


Acqua Restaurante:
Estrada de Camburi, 2.000 - Camburi, São Sebastião.
Tel: (12) 3856-1866
e-mail: acquarestaurante@uol.com.br


CHEERS!