
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
GENÉTICA DO VINHO

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
VINHOS DA ÁUSTRIA - PARTE 1

Os países centrais do continente europeu têm tradição vinícola milenar, mas sua importância no mundo do vinho até os anos 1980 era apenas marginal. Com os novos acordos comerciais, a consolidação da Comunidade Européia incentivando a competição e o influxo de conhecimento dos flying winemakers, as coisas mudaram, principalmente ao longo dos anos 1990.
Os desenvolvimentos mais notáveis na Europa Central nos últimos 20 anos tiveram lugar na Áustria. A história do vinho austríaco remonta à época dos celtas, sendo anterior, portanto, ao cristianismo. Sua colocação durante séculos limitou-se, porém, ao consumo local. O grande impulso na indústria vinícola austríaca deu-se durante o Império Austro-Húngaro, por volta de 1860. Esse período deixou um rico legado para os produtores decorrentes da regulamentação do cultivo e da elaboração, assim como das pesquisas realizadas na escola vinícola do mosteiro Klosterneuburg, no Danúbio. Novo intervalo sem repercussões aconteceu depois disso, até o fim da Segunda Guerra Mundial.
Em 1950, um pequeno círculo de vinicultores começou a reformar a indústria vinícola. Sua ação deu resultados positivos, mas viu-se prejudicada em 1985 quando os vinhos doces do país, os mais notáveis por sinal, caíram em descrédito pela descoberta de adição fraudulenta de produtos químicos ao mosto.
Neste início de milênio, os vinhos da Áustria voltaram a receber o reconhecimento internacional. Seus Rieslings secos do Danúbio e seus vinhos brancos de sobremesa contam-se hoje entre os melhores do mundo. Vista de perto, a vinicultura austríaca é, assim, uma história de ressurgimento."
domingo, 15 de fevereiro de 2009
VINHO DA SEMANA - CHATEAU LA GRAVE 2003

Produtor: Chateau La Grave
Origem: Fronsac - Bordeaux (França)
Uvas: Merlot e Cabernet Franc
Safra: 2003
Importadora no Brasil: De la Croix
Preço Aproximado: R$ 105,00
Um Grand Vin de Bordeaux, que até perece mais do que isto. Um Bordeaux razoavelmente acessível perto de alguns outros e que realmente entrega qualidade de gente grande. Um vinho para ser servido tanto em um jantar mais intimista quanto algo maior, pois certamente, em ambos os casos, vai impressionar. Taninos presentes, mas na medida certa. Um final de boca gostoso e persistente. Claro que a boa safra de 2003 também ajuda muito, mas é um vinho que dá para perceber que tem estrutura e é feito com cuidado. Além de ser mais um biodinâmico no portfolio da De la Croix, que tem como principal diferencial, o fato de trazer apenas vinhos orgânicos ou biodinâmicos.
DICIONÁRIO DAS UVAS - BARBERA

Os principais vinhos são o Barbera d`Alba e Barbera d`Asti. Seus vinhos apresentam cor rubi vivo com aromas de frutas vermelhas e um pouco herbáceo; Na boca são frescos, não tão encorpados e com uma acidez típica dos vinhos italianos.
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
VINHOS DOS SONHOS

MARADONA OU ZAMORANO - FINAL

E, para terminar, eu não poderia deixar de falar, mesmo que brevemente, sobre as uvas emblemáticas desses países.
Na Argentina, a malbec é notadamente a rainha das uvas, produzindo vinhos maravilhosos, encorpados e potentes, dependendo do modo como for vinificada. É uma uva que cativou muita gente e conquista legiões de fãs com seus vinhos marcantes. Mas, segundo o maior nome do vinho argentino, Nicolas Catena Zapata, a uva do futuro na Argentina é a italiana bonarda, que hoje é muito usada para vinhos de corte, alguns de baixa qualidade, mas que, segundo ele, será a grande uva dos varietais argentinos. Hoje, contraditoriamente, ela é a uva mais plantada no país, com 20% mais plantações do que a famosa malbec. O que acontece é que nossos hermanos estão começando a acertar a mão com essa uva e produzindo bons vinhos. Como exemplo, podemos citar os diversos prêmios que a bodega Nieto Senetiner já ganhou com seu varietal bonarda.
No Chile, a carmenère, que chegou ao país como sendo uma muda de merlot e depois se descobriu que não era, resistiu à filoxera e no Chile tem dado mostras de que pode produzir vinhos com personalidade, sempre bem herbáceos e marcantes. Vinhos de corte ou varietais? Tanto faz! A carmenère tem feito de tudo. E feito muito bem! E, se a Argentina tem a bonarda como uva do futuro, o Chile está tomando emprestada a uva do seu vizinho para fazer suas apostas: a malbec, que hoje é símbolo argentino, já tem dado mostras de que pode fazer muita coisa boa no Chile. E um ótimo exemplo disso é um dos melhores vinhos chilenos da atualidade, o Viu1, que leva 90% de malbec em sua formulação. Uma maravilha!
Vale Central ou Mendoza? Neuquén ou Bío-Bío? Carmenère ou malbec? As variáveis que vão decidir essas disputas são muitas: climas, solos, águas, relevos, variedade de uvas, investimento externo e muitas outras coisas que acabam ditando a regra do jogo, dizendo quem pode mais hoje e quem poderá mais amanhã. Mas uma coisa é certa. Independentemente de qual país se saia melhor, essa disputa já tem um vencedor: nós, consumidores, que poderemos cada vez mais nos deliciar com excelentes amostras dos dois países.
Já no Brasil... Bom, esse é um assunto para um outro texto, pois dá para falar muita coisa sobre nossos vinhos, apesar de ainda estarmos engatinhando na produção de vinhos de qualidade. Mas, se acertarmos a mão, poderemos surpreender...
Por fim, talvez você esteja perguntando o porquê do título “Maradona ou Zamorano?” É que, nesse caso, enquanto acho que o Chile ganha da Argentina com o vinho, no futebol eles perdem de goleada para o nosso principal rival. Sem dúvida, o Maradona jogou muito mais bola que qualquer chileno. Mas, se é assim, desculpem-me, chilenos, argentinos e até italianos, portugueses e franceses. Sou mais o Pelé.
CHEERS!!
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
LUTO

ANTES DE MORRER, LEIA.

1001 Vinhos para Beber Antes de Morrer é um livro bastante ilustrado e interessante que cita 1001 vinhos imperdíveis, entre os tantos que existem no mundo, para bebermos antes de morrermos. Aqueles que valem a pena pelo menos um gole, como experiência de vida.
São 1001 resenhas sobre os mais notáveis vinhos produzidos em todas as regiões do mundo, descrições das sensações da degustação, histórias e as curiosidades escondidas por trás dos rótulos.
Com uma equipe de 44 especialistas, Neil Beckett criou um guia completo sobre a diversidade que faz dos vinhos uma fonte permanente de fascínio e prazer. Eles indicam os vinhos que irão agradar ao paladar, explicam o que faz com que eles sejam tão especiais, dão referência de preço e sugerem a época ideal para consumi-los. Alguns dos vinhos são antigos e raros, mas a maioria está disponível no mercado e pode ter preços surpreendentemente acessíveis.
É um livro que vai ser útil aos que já tem algum conhecimento sobre o vinho e também àqueles que ainda não entendem muito do assunto.
Ainda não li o livro todo, preciso comprar. Mas já li algumas partes de pessoas conhecidas e já deu para ter noção que é um livro bem bacana para ter na biblioteca enológica.
CHEERS!!
domingo, 8 de fevereiro de 2009
DICIONÁRIO DAS UVAS - NEBIOLO

A principal característica dos vinhos desta uva é a longevidade deles.Os Barolos e Barbarescos são vinhos que costumam durar muito tempo e se bebidos ainda jovens, podem não render o que se espera deles, pois estarão alcoólicos e com acidez bastante elevada.Tem uma cor escura, e com aromas complexos e nem sempre facilmente decifráveis.Na boca, tem corpo e taninos finos.
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
VINHOS E VÔOS - POR FELIPE KAUFMANN

Classe Economica
Trecho: Hong Kong- Auckland e retorno
Branco:
First Step Charonnay 2007 Australia
Tinto:
Penfold’s Shiraz Cabrenet 2007 Australia
Na sala VIP da primaira Classe aqui de Hong Kong eles tem vinhos, porém nao mostram qual é. O garçom ofereceu Champagne, Merlot ou Pinot Noir, Chardonnay ou Semillon. Vc pode jantar lá, pois eles tem um Buffet supercompleto que é excelente. Estava de economica mas com o meu cartao de milhagem, consegui acesso à sala da primeira.
Como falei, a United é uma das companias que mais mudam de vinhos.
Trecho: De Hong Kong para Chicago
Classe Executiva
Champagne
Phillponart N/V Champagne Brut Royal Réserve ou
Lanson Brut Black Label N/V
Vinho Branco
Vincent Sauvestre 2006, Chablis ou
Quivira Fig Tree, Sauvignon Blanc 2005, Central Coast
Liberty School, Chardonnay 2005, Central Coast
Vinho Tinto
Chapoutier Belleruche 2006, Cotes du Rhone
Chateau Bonnin Pichon 2004, Lussac
Trapiche Oak Cask Malbec 2005, Mendoza
Pedroncelli Three Vineyards Cabernet Sauvignon 2005, Dry Creek Valley
Classe Executiva
Champagne
Pol Roger Brut N/V
Piper-Heidsieck Brut N/V
Vinho Branco
Labouré-Roi Abbaye de Fontenay 2006, Montagny
Salmon Harbor Chardonnay 2005, Columbia Valley
Geyser Peak Sauvignon Blanc 2006, California
Vinho Tinto:
Domaine Santa Duc Vieilles Vignes 2005, Cotes du Rhone
Jaboulet Le Paradou 2006, Beaumes-de-Venise
Fabre Montmayou Gran Reserva Malbec 2006, Mendoza e
Aquinas Cabernet Sauvignon 2005, Napa Valley
Classe Executiva
A mesma lista do voo acima
Trecho: De Hong Kong para Cingapura e retorno
Classe Executiva
Champagne
Piper-Heidsieck Brut N/V
Mumm Cuvee Brut Napa Valley Champagne (estranhamente eles colocaram este espumante como sendo Champagne) vou escrever um email para eles para que corrigam o engano, pois não é permitido...
Vinho Branco
Lockwood Vineyard Chardonnay 2007, Monterey
Geyser Peak Sauvignon Blanc 2006, California
Vinho Tinto:
Jaboulet Le Paradou 2006, Beaumes-de-Venise
Firestone Vineyards Select Merlot 2005, Central Coast
“L” de Lyeth Cabernet Sauvignon 2005, Sonoma
Espero que tenham gostado.
VINHO DA SEMANA - RISCAL 1860 Tempranillo 2006

Um vinho simples, mas muito honesto e que vale o que custa. A vinícola Herdeiros de Marqués de Riscal é uma empresa pioneira do setor vitivinícola da Espanha. Em 1858 tornou-se a primeira bodega da região de Rioja - Espanha, onde elaborava vinhos segundo métodos bordeleses. Mais tarde, tornou-se a primeira bodega impulsora da Denominação de Origem Rueda, onde hoje se elaboram os famosos vinhos brancos de Marqués de Riscal.
Este vinho em particular é uma bela opção para o dia-a-dia. Um vinho leve, como é característica desta uva, com um toque também leve, mas perceptível de madeira, ele é muito frutado e na boca é bem suave. Em outras safras (2003 e 2004) já chegou a levar 91 pontos da Wine Enthusiast. Pelo preço, um vinho para se comprar em quantidade e ter em casa para ocasiões mais descompromissadas e degustar numa boa, tranquilamente.CHEERS!!
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
MARADONA OU ZAMORANO - PARTE 2

Tudo começou mais ou menos na mesma época que a vinicultura argentina. Na verdade, um pouco depois, por volta de 1550, com missionários espanhóis que faziam vinhos de mesa e de missa. Porém, na segunda metade do século XIX, enquanto os vinhedos franceses foram devastados pela praga da filoxera, as plantações chilenas ficaram intactas, o que foi um marco para a vinicultura local. Mesmo com o governo militar atuando fortemente no país, quando metade dos vinhedos do país foram destruídos, os produtores resistiram e continuaram a produzir vinhos cada vez de melhor qualidade, principalmente com a injeção de capital estrangeiro, vindo da Europa, da Austrália, dos Estados Unidos e até do Japão. Com esses investimentos, muita tecnologia foi implantada, e a qualidade dos vinhos foi melhorando sensivelmente. Hoje, o país é um dos grandes centros vinícolas do mundo, e, quando se fala em custo-benefício, talvez seja o melhor.
Uma das explicações para esse sucesso todo é, mais uma vez, a geografia e o clima. Estrategicamente localizado entre o Pacífico e a Cordilheira dos Andes, o Chile tem várias regiões vinícolas, algumas delas já conhecidas, outras que estão se tornando conhecidas agora e outras que têm um grande potencial para crescer. As uvas do Chile vêm principalmente do Vale Central, situado no meio do país, e que é uma zona agricultora extremamente fértil. O clima no vale tem temperaturas máximas no verão entre 15ºC e 30ºC e uma umidade excelente para as uvas. As montanhas litorâneas não deixam que a chuva que vem do oceano chegue tanto a essa região. Mas essa falta de chuva não atrapalha as plantações, pois há inúmeros rios na região que irrigam as terras.
As principais regiões chilenas hoje são o Aconcágua (norte), Vale Central e região sul, tendo cada uma diferentes características, as quais determinam a qualidade e a variedade dos vinhos que saem de lá. O Aconcágua é a região mais seca e quente do Chile, com uma predominância de bons vinhos cabernet sauvignon. Mas, dentro dessa região, está talvez uma das grande recentes descobertas, o Vale de Casablanca, responsável por excelentes brancos feitos de chardonnay e sauvignon blanc e tintos feitos de pinot noir, que são uvas que precisam de um clima mais frio, com brisas marinhas e névoas características desse belo vale que fica no caminho entre Santiago e Viña del Mar. Antes de chegar ao Vale Central, passamos pelo Vale do Limarí, recente descoberta chilena na vinicultura que tem dado vinhos maravilhosos nas mãos dos enólogos da Viña Tabalí, uma vinícola relativamente nova, mas que vem colecionando apreciadores pelo mundo e, principalmente, aqui no Brasil. Descendo para o Vale Central, temos nele as sub-regiões do Maipo: Curicó, Rapel e Maule. Nessa região, estão as principais vinícolas do país e certamente os melhores vinhos. Destaque para os cabernets, carmenères e, mais recentemente, os syrahs, que têm ganhado grande destaque no Vale do Colchagua, mas mais ao sul. Mas não podemos também deixar de lembrar alguns ótimos sauvignon blancs, semillons e merlots oriundos de lá. Quanta variedade! Por fim, vamos à região sul, no Vale do Bío-Bío, onde a produção ainda é muito voltada para o consumo interno.
E semana que vem escrevo o fechamento e minha opinião final sobre o futuro dos dois países...
CHEERS!!
DESTAQUES PORTENHOS

Considerando isto, queria citar a lista que recebi por e-mail da Grand Cru sobre a última prova de Parker de vinhos Argentinos. Não tenho motivos para fazer propaganda deles, mas o intuito é divulgar coisas que eu ache que valem a pena. E a lista que recebi é bem interessante! 33 vinhos importados pela Grand Cru receberam 90 pontos ou mais do Parker em Dezembro do ano passado. Uma marca bacana e certamente importante para a importadora. Acho que dois destaques merecem ser dados:
- Bodega Doña Paula, que emplacou 6 rótulos, entre eles o Seleccíon de Bodega Malbec 2005 com 94 pontos.
- Viña Cobos, com 9 rótulos, entre eles o Malbec Marchiori Vineyard, com a safra 2005 que levou bons 98 pontos e a safra 2006 que levou nada menos que 99 pontos!
Vale dar uma passada pela lista e provar alguns deles, pois há vinhos para todos os bolsos! No site da importadora (aqui) dá para visualizar a lista toda.
CHEERS!!
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
VINHOS E VÔOS - POR FELIPE KAUFMANN

UNITED
A United é uma das companias que eu viajo que mais mudam de vinhos. Ela está renovando o interior de todos os seus aviões que voam em rotas interncontinentais. A mudança principal fica por conta da classe executiva e da primeira classe. As cadeiras viram cama, ou seja, ficam a 180 graus, extamente como na British Airways, Cathay Pacif (new Bussines & First class) e Air New Zealand.
Nos voos internacionais em classe executiva eles servem:
Champagne:
Pol Roger Brut NV
Piper-Heidsieck Brut NV
Vinhos Brancos:
Labouré-Roi Abbaye de Fontenay, Montagny, Chardonnay 2006;
Fevre Champs Royaux, Chablis, Chardonnay 2006;
Salmon Harbour, Columbia Valley, California, Chardonnay 2005
Geyser Peak, California, Sauvignon Blanc 2006
Vinhos Tintos:
Domaine Santa Duc, Cote du Rhone, Grenache Vielles Vignes 2005;
Jaboulet Le Paradou, Grenache, Beaumes de Venise 2006;
Fabre Montmayou, Mendoza, Malbec Gran Reserva 2006
Aquinas, Napa Valley, Cabernet Sauvignon 2005
QANTAS
Na sala VIP da primeira Classe da Qantas em Auclkand tinha:
Champagne:
Lanson Black Label Non Vintage
Brancos:
Wolf Bass, Claire Valley, Gold Label Riesling 2005
Matua Valley Parental, Sauvignon Blanc 2007, New Zealand
Jud State Gisborne, Chardonnay 2007, New Zealand
Tintos:
Saltram Marme Brook, Shiraz 2005, Autralia
Matua Valley Shingle Peak Reserve 2007, Pinot Noir, New Zealand
Dei também um pulo na sala da executiva e a única diferença é que nao tinha champanhe, mas sim um espumante Lindemans.
Espero que tenham gostado.
Abraços e tim tim,
Felipe
DICIONÁRIO DAS UVAS - CARIGNAN

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
MARADONA OU ZAMORANO? PARTE 1

A história da vinicultura argentina começou em 1534, quando foram plantadas as primeiras videiras na cidade de Mendoza, principal centro vinícola do país até hoje, de onde saem seus melhores vinhos. Porém, essa bela região ao pé da Cordilheira dos Andes tinha um problema para a viticultura: o clima desértico. Com o passar do tempo, foram implantados métodos de irrigação artificial, aproveitando-se o degelo da neve da cordilheira. Ultrapassado esse problema, o último passo para o anunciado sucesso foi dado por italianos e espanhóis que formaram a base da viticultura e produção de vinhos na Argentina. Por muito tempo, a vinicultura argentina foi marcada por vinhos baratos, feitos com uvas de baixa qualidade, cenário que hoje se modificou bastante com a introdução de técnicas mais modernas de cultivo e vinificação.
Depois dessa breve passagem pela história da vinicultura argentina, vamos a um importante fato que pesa muito para um país se destacar ou não no mundo vitivinícola: a geografia. A principal região vinícola do país está localizada em Mendoza, como foi dito acima. É lá que são produzidos, nada mais nada menos, do que 85% dos vinhos argentinos de qualidade. E isso pode ser um fator de risco para o país, uma vez que as outras regiões não têm geografia e clima tão propícios para a produção de vinhos de tanta qualidade como Mendoza. Isso gera uma limitação, pois um dia o espaço físico vai acabar e não haverá mais lugares onde plantar. A região norte do país, na qual se localizam as sub-regiões de Salta e San Juan, ainda não tem destaque, a não ser pelos vinhos feitos com a uva torrontés, uva branca muito plantada no país e que tem uma grande importância nessa região. Se procurarmos bem, acharemos bons malbecs e cabernet sauvignons, mas não são tão facilmente encontrados. A região sul, onde se encontram as regiões de Neuquén e Rio Negro, ainda é tímida na produção de vinhos de qualidade, mas ela tem tudo para ser o grande destaque daqui a alguns anos, pois o clima é mais frio, muito parecido com algumas regiões chilenas. Resumindo: por razões climáticas e geográficas, a Argentina tem um crescimento limitado, o que prejudica a expansão de seus negócios vinícolas!
DORMINDO NO TONEL

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
ESCOLHA A SUA ROLHA!

A rolha de cortiça tem todo o charme de ser algo antigo, tradicional e que muitos enófilos não conseguem ver uma garrafa de vinho sem ela. Pelo lado funcional, ela é eficiente, pois permite a passagem de oxigênio na medida certa ao vinho (micro-oxigenação), permitindo que ele evolua na garrafa ao longo dos anos, em alguns casos alcançando décadas e décadas de vida dentro da garrafa, pois o vinho é SIM um organismo vivo em constante evolução! Porém, ela também tem algumas coisas que pesam contra: O custo da matéria-prima é alto e às vezes chega a custar entre 25 e 50 cents de Euro e se for de qualidade pode chegar a 1 Euro, mais do que o preço de custo de um litro de alguns vinhos. Além disto, é uma matéria-prima cara porque é extraída da casca do sobreiro, uma árvore só existente em Portugal e na Espanha e cuja casca leva 30 anos para regenerar-se. E por último devemos lembrar que em algumas vezes ela é responsável pelo conhecido efeito “bouchoneé”, ou “gosto de rolha” que na maior parte dos casos está associado à rolhas de baixa qualidade.
Se por um lado as rolhas sintéticas são mais em conta e barateiam o custo de produção do vinho, por outro elas não tem o charme e a tradição das rolhas de cortiça. E alguns dizem que ela não tem os micro-poros que permitem a micro-oxigenação e consequentemente a evolução do vinho na garrafa, por mais que algumas pessoas mais técnicas digam que sim, ela tem estes micro-poros. O fato é que, por ser um fenômeno recente, não temos estudos ou comprovações que mostrem que um vinho de guarda com rolha sintética consegue se manter “vivo” pelo mesmo tempo que um vedado com cortiça.
E por último vem as rolhas mais polêmicas, que são as tampas screw cap, conhecidas como tampas de rosca. Se as sintéticas, que tem o mesmo formato das naturais já não tem o charme das tradicionais, imaginem uma tampa de rosca! Estas são as mais atacadas e polêmicas principalmente pelo motivo estético. Mas são as mais baratas de todas, custando no máximo 25 cents de Euro. E a maioria das garrafas com screw cap tem alguns micro furos que permitem a passagem de ar para o vinho. Vinhos australianos, neo zelandeses e alguns chilenos e argentinos já estão adotando este novo formato. Mas assim como acontece com as sintéticas, não há estudos sobre a duração de um vinho dentro de uma garrafa com screw cap por ser algo muito recente.
Colocadas todas as situações, concordam que fica difícil chagar a uma conclusão que deixe todos satisfeitos e convencidos? Acho que nestes casos, o importante é não se deixar levar por preconceitos e abrir a cabeça para novos formatos e possibilidades. Já provei vinhos estupendos com rolha natural e vinhos também muito bons com scew cap e rolhas sintéticas. Então, se não estivermos abertos a experimentar e testar, para tirar nossas próprias coclusões, continuaremos achando que as rolhas naturais não devem ser substituídas e ponto final! Portanto,como no mundo do vinho a opinião de cada um sobre o que é bom e o que não é, é o que importa, a regra vale para esta discussão também.
Já pensaram então um Petrus ou um Margaux com screw cap? É difícil, e quase que inconcebível pensar nisto. Mas é bom começar a exercitar isto em suas cabeças, pois nunca se sabe o dia de amanhã…
CHEERS!!
(Com rolha natual, sintética ou screw cap)
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
VINHO DA SEMANA - VALDIVIESO CABERNET FRANC 2005

Produtor: Valdivieso
Origem: Vale do Colchagua (Chile)
Uvas: Cabernet Franc
Safra: 2005
Importadora no Brasil: Bruck
Preço Aproximado: R$ 60,00
Uma grata surpresa deste produtor já bem conhecido no Chile. A linha Single Vineyard deles apresenta ainda um Malbec, um Cabernet Sauvignon, um Merlot e um Chardonnay.
Este Cabernet Franc é um vinho diferente para nós brasileiros, já que não é muito comum encontrar vinhos 100% feitos desta uva, pois ela é usada mais em vinhos misturada com outras uvas. É um belo exemplar da uva e consegue mostrar muito as principais características dela: Frutas negras, chocolate e café devido à sua longa passagem por carvalho (18 meses) e taninos bem presentes, mas sem nenhum agressão ao paladar. Um vinho diferente, por ser um varietal ainda pouco encontrado por aqui, mas com um custo benefício sensacional.
CHEERS!!
domingo, 25 de janeiro de 2009
HARMONIZAÇÃO - FATORES IMPORTANTES: INTENSIDADE

Podemos ter um prato leve, mas fortemente condimentado. E podemos ter um prato mais pesado, porém sem muitos temperos e por isto menos intenso. Esta é a diferença que temos que ter na cabeça quando falamos em PESO e INTENSIDADE.
Como exemplos, podemos citar um prato leve e intenso, como um camarão à provençal que combinaria perfeitamente com um vinho bem aromático e intenso, como um Chardonnay ou Sauvignon Blanc levemente amadurecido em barricas. Neste caso, imaginem pegar este mesmo prato e harmonizar com um Cabernet Sauvignon ou um Malbec? Ou pegar um prato como um Fettuccine à Bolonhesa, com parmesão, bebendo um borgonha (Pinot Noir) bem leve. Concordam que no primeiro exemplo o vinho mata o prato e no segundo o prato mata o vinho? Então, estes são exemplos em que a intensidade é um fator importante para a harmonização!
CHEERS!!
DICIONÁRIOS DAS UVAS - SÉMILLON

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
CONFRARIA DE CANGURUS

* Quem levou o branco: Fefê
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
VINHOS E VÔOS - POR FELIPE KAUFMANN
TAM:
Comida não comestível, plastificada mesmo. Ou melhor: com gosto de papel (veja abaixo a foto do que eles dizem que é uma quiche e que servem na classe economica no vôo de SP para Santiago do Chile! A comida vem dentro de uma caixinha de papelão!).
Por favor reparem na MEIA fatia de salame! Não, não fui eu que cortei a outra metade. A bandeijinha vem exatamente como na foto! Um absurdo!
A TAM esta passando pelo processo de qualificação para ser a 22a. empresa da maior e melhor aliança de companhias aéreas do mundo, a Star Alliance. Ela terá que passar por muitas modificações em sua estrutura e melhorar muito todos os processos, principalmente o de atendimento e serviço ao cliente.
Entre outras coisas, devem liberar a Sala Vip da classe executiva para quem viaja de economica e possui o cartão “Gold” o que poderá ser equivalente ao Vermelho na TAM, e que melhora para nós, que gostamos de beber bem, não é mesmo?
Um dos reflexos da participação na Star Alliance, é que ja entregam um cardapio com uma razoável descrição dos vinhos que oferecem, porém este cardápio, estranhamente, não informa as safras dos vinhos... coisas da TAM! Também terão que oferecer Champagne em seus voos internacionais que tem classe executiva . Mais uma vez, melhor para nós, nao?!
Os novos aviões Boeing 777 e Airbus A330 que a TAM encomendou, estão chegando com cadeiras que NÂO reclinam 180 graus como nos Airbus A 330 antigos da companhia. São poltronas “Lie Flat” e ficam inclinadas, o que aumenta a capacidade de lugares na classe execuTiva, porem diminui muito o conforto, pois você dorme inclinado, além de ficar escorregando para baixo. Algumas outras companhias que tem essas cadeiras são:
Swiss (em processo de mudança para as que inclinam 180graus), Lufthansa, Air France e American Airlines (New Bussines Class).

Já na primeira classe (somente disponível por enquanto no novo A 330) os 5 lugares são tipo “Suites” (as cadeiras viram cama). São muito boas e tenho que admitir.
Em seus voos dentro da America Latina, não existem vinhos na classe economica (não sei porque, já que sua concorrente direta, a LAN, oferece). Seu cardápio nessas rotas é:
Champagne:
Nao oferecem em voos dentro da America Latina
Vinho Branco:
Numbus Sauvignon Blanc, Viña Casablanca, Vale de Casablanca - Chile.
Vinho Tinto:
Jacques & Francois Lurton El Albar Barricas, Toro - Espanha.
Jacob’s Creek Shiraz Reserve, South Australia.
Agora, façam a comparação, com a LAN:
LAN
Classe executiva, voos internacionais:
Champagne:
Henriot Reims Champagne Brut Soverain N/V
Vinhos Brancos:
Viña Litoral Ventolera Sauvignon Blanc 2006, Chile.
Viña Montes Chardonnay Montes Alpha 2006, Vale de Casablanca - Chile.
Vinhos Tintos
Viña Montgrass Cabernet Sauvignon Antu Ninquen 2004, Vale de Colchagua - Chile.
Bodegas O Fournier B. Crux 2003, Vale do Uco - Mendoza - Argentina.
Vina Santa Helena D.O.N. 2003, Vale de Colchagua - Chile.
Tim Tim e até a próxima!
Felipe
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
TOP 10 PRAZERES DA MESA

1º lugar: Catena Zapata Malbec Argentino 2004, Mendoza, Argentina
4º lugar: La Court Barbera D’Asti Superiore Nizza 2004, Piemonte, Itália
2009 COM MAIS QUALIDADE

Essa diferença vem a calhar para os produtores que já neste ano de 2009 contam com quase 300 milhões de litros estocados, volume pouco menor que a produção de todo o ano de 2008 (330 milhões de litros).
No último ano ocorreu um decréscimo nas vendas de vinho devido à taxa cambial, além disso, o Real valorizado tornou as importações mais atraentes, cenário que só mudou no final do ano com a alta do dólar, é o que afirma Carlos Paviani, diretor-executivo do Ibravin. Em 2008, as importações cresceram 2,8% na comparação com 2007, já as exportações demandaram apenas 2% da produção nacional.
Com isso, os vinhos produzidos aqui ficaram parados nas prateleiras dos supermercados e nos estoques. Dados do Ibravin revelam que nos últimos três anos o consumo interno do vinho de mesa reduziu cerca de 30%.
VINHO DA SEMANA - ERVIDEIRA II - 2003

Origem: Alentejo (Portugal)
Uvas: Trincadeira, Aragonez, Castelão, Cabernet Sauvignon e Alicante Bouschet.
domingo, 18 de janeiro de 2009
VINHOS E VÔOS - POR FELIPE KAUFMANN

Hoje escrevo sobre a Singapore Airlines e sobre a Virgin Atlantic:
Singapore Airlines:
Trecho: Hong Kong – Cingapura / Cingarura-Male e retorno
Classe: Economica
Tenho que confessar que esperava uma oferta melhor de vinhos, mesmo na classe economica. Isso porque se trata nada menos do que a melhor companhia aérea do mundo, e voando para um destino onde só chegam casais (na maioria em lua de mel) como Malé, nas Ilhas Maldivas.
De qualquer forma, o serviço de bordo é excelente (as aeromoças te levam até a sua poltrona) e lhe dão um bonito cardápio oferecendo 3 opções de bons pratos principais. Para sobremesa, sorvete Haagen Dazs. Bom não? Sim isso na classe economica! A diversão fica por conta do melhor sistema de entretenimento on demand que eu já vi! Com vários episódios atualizados do meu programa preferido: Top Gear, da BBC2!
Vamos aos vinhos:
Branco:
- Georges Duboeuf Chardonnay - Vin Blanc de Pays D’oc 2005
Confesso que a minha admiração por este produtor é somente pela boa logística que ele tem pois consegue lançar os seus Beaujolais no mundo inteiro na mesma data todo ano e fez isso o seu grande trunfo de marketing; Além de seus rótulos no mínimo espalhafatosos.
Tinto:
- P. Mass Bordeaux Cabernet Sauvignon 2007
Virgin Atlantic:
Trecho: Hong Kong- Londres e retorno
Upper Class (eles tem uma filosofia de não ter primeira classe e sim uma classe executiva com toques de primeira)
O cardápio é elaborado por ninguém menos do que a melhor e mais conceituada maison de vinhos na Inglaterra: Berry Bros and Rudd (www.bbr.com)
Com uma boa descrição dos vinhos e sugestões de harmonização com a comida servida a bordo. Contudo, os vinhos deixam um pouco a desejar.
Champagne
Charles Heidsieck Champagne Brut Reserve N/V
Vinhos Brancos:
- Berry’s Chilean Sauvignon Blanc 2007 - Casablanca Chile;
- Santa Celina Pinot Gris 2007 - Mendoza, Argentina
- Boucdnaud Chardonnay Viogner 2007 - Langedoc, França
Tintos
- La Fleur du Pérgord 2005 Chateau Thénac - Bergerac, França
- Clockspring Zinfandel 2005 - California, USA
- Le Petit Chapoton 2006 - Vaucluse, França
Até a semana que vem e Tim tim!
Felipe
HARMONIZAÇÃO - FATORES IMPORTANTES: PESO

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
HORA DA FESTA!

DICIONÁRIO DAS UVAS - RIESLING

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
VINHO DA SEMANA - PAULUCCI MALBEC 2006 (LA POSTA)

Produtor: La Posta
Safra: 2006
Importadora no Brasil: Vinci
Preço Aproximado: R$ 58,00
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
ANO NOVO, BLOG VELHO
O ano mudou, mas o blog não. Ele continuará com os vinhos da semana, com o dicionário de uvas, com a coluna Vinhos e Voos do Felipe... Ou seja, com tudo o que ele sempre teve.
Mas o visual ganhou um facelift. Fez um botox aqui, uma lipo alí e ganhou uma cara nova. Mas como mentem os homens para as mulheres "A beleza interior é a que importa".
Continuem usando, lendo, repassando, comentando, xingando e tudo mais o que quiserem, afinal, este é o objetivo deste espaço aqui.
Que 2009 venha com uma energia sensacional e com vinhos melhores ainda...
CHEERS!!
O VALE ENCANTADO

HARMONIZAÇÃO - PRINCÍPIOS

"Começando do começo", podemos dizer que a harmonização entre comida e vinhos é extremamente importante para vc aproveitar o máximo do seu vinho e do seu prato, pois se ela for mal feita, vc corre o risco de "matar" a sua refeição. Para começar, devemos seguir algumas regras simples: Pratos leves pedem vinhos mais delicados e suaves. Pratos gordurosos, pedem vinhos mais encorpados e que te dão sensações de adstringencia. E pratos mais doces pedem vinhos também doces, como Sauternes, Porto, Madeira e outros. Agora, um erro comum muito visto por aí: Vinho branco só combina com peixe e vinho tinto só combina com carne. Isto não é verdade! Existem vários fatores que interferem em um prato e que fazem esta "regra" ir por água abaixo. Temperos, acompanhamentos, molhos... Isto tudo altera o sabor e a intensidade do prato e com isto, altera também a escolha do vinho.
CHEERS!!
DICIONÁRIO DAS UVAS - SAUVIGNON BLANC

ESPECTATIVAS PARA O MERCADO DO VINHO EM 2009
Nos mercados emergentes como a China, a Rússia ou a Índia, o consumo de vinhos mais baratos aumentará, e mesmo com crescimento da instrução do consumidor, não se poderá falar de introduzir vinhos de qualidade nas mesmas proporções: a quantidade será a premissa fundamental.
De acordo com os dados do estudo, enquanto os mercados tradicionais, como Inglaterra, certos países europeus e Estados Unidos vão continuar adquirindo vinhos de qualidade, porém em menor quantidade, e poderão até comprar vinhos mais baratos. Quer em um caso como no outro, existe um denominador comum que os produtores não devem ignorar que é a noção de que os consumidores buscarão um vinho com marca, o que levanta a questão sobre o futuro do vinho a granel.
A pesquisa também diz que haverá algumas modificações, porém os três principais produtores mundiais de vinho continuarão sendo França, Itália e Espanha.
Segundo o artigo, não é preciso se preocupar muito com o impacto econômico que a crise mundial pode ter sobre o mercado do vinho, e também diz que os produtores que têm uma gama de vinhos de todas as qualidades e os preços serão os mais afortunados.
CHEERS!!
Fonte: Revista Adega
ALEMÃES INVENTAM A LÍNGUA ELETRÔNICA

terça-feira, 6 de janeiro de 2009
VINHO DA SEMANA - ALTO VUELO 2006

Origem: Valle de Casablanca (Chile)
VINHO BEM CUIDADO NO LITORAL
Passei o final de ano no litoral norte de São Paulo, pulando de um lado para o outro, entre as praias da Baleia, Juquehy e Barra do Una. E em um destes pulos resolvemos ir jantar num belíssimo restaurante, em cima do morro, que fica entre a Baleia e Camburi. O caminho é por uma estrada bem tortuosa e esburacada, mas chegando lá, tudo o que não perecia bom, se transforma. O restaurante Acqua é um verdadeiro achado em cima do morro, com uma culinária muito boa, digna dos melhores restaurantes da capital.
Mas a surpresa veio ao entrar no restaurante: Uma adega para mais de 1.500 garrafas, climatizada, linda e um verdadeiro paraíso para os enófilos. Ficamos lá dentro, Thiago e eu conversando com o proprietário, o italiano Franco e depois com o responsável pela adega e pelos vinhos da casa, o atencioso Fabio. Vimos uma adega com muitas opções de rótulos nos mais variados preços. E além desta maravilhosa adega, havia uma outra, no bar para mais garrafas. Menor, mas igualmente gentil e bem tratando o vinho com temperaturas corretas e um bom armazenamento.
Acabamos tomando um até então desconhecido por mim ALTO VUELO PINOT NOIR 2006, da vinícola chilena "William Cole Vineyards". Aproveitarei e destacarei este como o vinho da semana, num post acima.
Foi uma verdadeira surpresa o jantar. Pelo lugar, extremamente charmoso e aconchegante, pelo modo como que tratam o vinho e pela comida. Se tiverem a oportunidade, confiram!
Acqua Restaurante:
Estrada de Camburi, 2.000 - Camburi, São Sebastião.
Tel: (12) 3856-1866
e-mail: acquarestaurante@uol.com.br
CHEERS!