sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

CONFRARIA DE CANGURUS

Ontem foi o dia. O "primeiro dia do ano" para nossa confraria. Depois do Gran Finalle com a Vertical de Tignanello, recomeçamos ontem a volta ao mundo do vinho.

* Tema escolhido: Austrália.
* Restaurante escolhido: Arturito
* Quem levou o branco: Fefê
* Quem levou os tintos: Zé Roberto.


O evento começou alguns dias antes, quando resolvemos a data e quem levaria os vinhos. Porém, desta vez, nem o tema, nem os vinhos e nem o restaurante foram divulgados aos confrades com antecedência. Zé Roberto queria segredo até o dia. Na véspera ficamos sabendo o local. E o tema e os vinhos somente na hora que chegássemos no Restaurante.

Chegando lá, às 20:30 / 20:45 descobrimos que faríamos um tour pela país dos Cangurus. Quando digo que descobrimos, preciso dizer que um deles apenas descobriu bem depois. Marcio chegou 1 hora atrasado e não preciso dizer que passou o jantar inteiro ouvindo piadas sobre o horário. E definitivamente, o sempre atrasado Dado, passou o bastão ao Marcio, que leva agora a fama. Aliás, Dado foi o segundo a chegar, depois do sempre pontual Zé Pedro, o primeiro em todos os eventos de 2008 e que já abre 2009 levando a tradição.

Chega de amenidades e vamos aos cangurus:

O branco que o Fefê levou foi escolhido pela Revista inglesa Decanter como o melhor vinho branco do mundo em um determinado ano. Era um Tyrrell´s Wines Hunter Semillon 1997. Um branco realmente impressionante, feito com uma uva ainda não tão explorada por nós brasileiros, mas que na minha opinião se parece muito com a Chardonnay. Aromático, com um nariz bem frutado e com uma madeira deliciosamente bem dosada, ainda pode ser guardado por alguns anos, pois estava maravilhoso e cheio de vida. E um branco com 11 anos e com esta vitalidade não é fácil de se encontrar.

Já os tintos, como sempre, merecem um destaque à parte. Nada menos que um Penfolds Grange 1996, um ícone daquele país e quase que uma unanimidade em ser o melhor vinho produzidos pelos cangurus. Um vinho com 12 anos de idade mas ainda com muita, muita vida pela frente. Estrutura perfeita, nariz maravilhoso e apesar da idade ainda com um pouco de álcool nos primeiros minutos, mas que depois de descansar nas taças, foi ficando cada vez mais macio e agradável. Na boca, sensações incríveis de um vinho que merecidamente tem um status de um dos melhores do mundo. Enche a boca com uma explosão de sabores e sensações. Tinha traços de um vinho com esta idade, mas ao mesmo tempo mostrava que poderia ser bebido daqui a alguns anos. Um vinho em que a Syrah consegue mostrar o porque é uma uva fascinante, cheia de fruta, equilibrada e com taninos na medida certa.

E para o jantar, a maioria optou pelo tradicional e delicioso Ojo de Bife do Arturito. Uma carne curada por 48 horas que concentra todo o sabor que este tradicional corte argentino tem. Uma harmonização perfeita. Vinhos perfeitos. Confrades perfeitos. Noite perfeita, não fosse a demora nos pratos, que passou um pouco do limite, mas que foi compensada com a deliciosa comida.

A próxima ainda não tem data, mas tem país: África do Sul.

E para variar um pouco, mais uma vez começamos o ano com o sarrafo bem alto...


CHEERS!!

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