
A história da vinicultura argentina começou em 1534, quando foram plantadas as primeiras videiras na cidade de Mendoza, principal centro vinícola do país até hoje, de onde saem seus melhores vinhos. Porém, essa bela região ao pé da Cordilheira dos Andes tinha um problema para a viticultura: o clima desértico. Com o passar do tempo, foram implantados métodos de irrigação artificial, aproveitando-se o degelo da neve da cordilheira. Ultrapassado esse problema, o último passo para o anunciado sucesso foi dado por italianos e espanhóis que formaram a base da viticultura e produção de vinhos na Argentina. Por muito tempo, a vinicultura argentina foi marcada por vinhos baratos, feitos com uvas de baixa qualidade, cenário que hoje se modificou bastante com a introdução de técnicas mais modernas de cultivo e vinificação.
Depois dessa breve passagem pela história da vinicultura argentina, vamos a um importante fato que pesa muito para um país se destacar ou não no mundo vitivinícola: a geografia. A principal região vinícola do país está localizada em Mendoza, como foi dito acima. É lá que são produzidos, nada mais nada menos, do que 85% dos vinhos argentinos de qualidade. E isso pode ser um fator de risco para o país, uma vez que as outras regiões não têm geografia e clima tão propícios para a produção de vinhos de tanta qualidade como Mendoza. Isso gera uma limitação, pois um dia o espaço físico vai acabar e não haverá mais lugares onde plantar. A região norte do país, na qual se localizam as sub-regiões de Salta e San Juan, ainda não tem destaque, a não ser pelos vinhos feitos com a uva torrontés, uva branca muito plantada no país e que tem uma grande importância nessa região. Se procurarmos bem, acharemos bons malbecs e cabernet sauvignons, mas não são tão facilmente encontrados. A região sul, onde se encontram as regiões de Neuquén e Rio Negro, ainda é tímida na produção de vinhos de qualidade, mas ela tem tudo para ser o grande destaque daqui a alguns anos, pois o clima é mais frio, muito parecido com algumas regiões chilenas. Resumindo: por razões climáticas e geográficas, a Argentina tem um crescimento limitado, o que prejudica a expansão de seus negócios vinícolas!