quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

HARMONIZAÇÃO - FATORES IMPORTANTES: AMARGOR

Este é um ítem importante e muito difícil de se botar em prática. Vejamos por que:

O recém-nascido, por exemplo, está preparado para o gosto doce, que é o leite materno. Mas à medida que o tempo passa, ele precisa passar por um aprendizado nem sempre muito fácil de se acostumar com salgados, azedos e amargos, quando começamos a introduzir papinhas, frutas e outras comidinhas em suas dietas. E certamente o amrgor é o último a ser aprendido e acostumado.

Para nós, o amargor é quase sempre um sinônimo de algo desagradável, talvez pela referência que tenhamos de venenos e afins. Dizem que 25% da população apresenta uma sensibilidade acentuada para o amargor.

Um fato curioso, que talvez nunca tenhamos reparado: Assim como o salgado, o amargor acentua-se com o frio, o que explica porque muitos vinhos tânicos devem ser servidos a uma temperatura mais elevada. Cafés e chás são servidos quentes por este mesmo princípio.

Porém, no vinho o amargo é costumeiramente associado aos taninos e quase sempre confundidos com a adstringência, o que não é totalmente verdade. Neste sentido, o amargor é uma sensação gustativa e a adstringência, uma sensação táctil. Conseguem diferenciar?

Na harmonização, precisamos tomar cuidado para não sobrepormos um ao outro. É sempre bom termos na cabeça a seguinte frase: Amargor no vinho multiplica o amargor da comida.
Comer uma carne ao ponto com um vinho bom, com bastante taninos é uma coisa agradável e correta. Comer esta mesma carne um pouco mais passada com este mesmo vinho será diferente, pois os taninos acentuarão o amargor do grelhado excessivo da carne.

Então, atenção ao amargor! Ele pode matar sua comida e seu vinho se não for bem combinado.


CHEERS!!

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