sexta-feira, 3 de julho de 2009

Grand Tasting - Parte 2

Vamos continuar o relato do grande evento da Grand Cru semana passada, o Grand Tasting, que comecei a relatar, mas agora preciso terminar...

Achados: Esta era a estação popularmente chamada de “Custo-Benefício”. São vinhos pontuados, estruturados e marcantes, a preços razoáveis. Dos 10 vinhos selecionados para estarem nesta estação, 3 se destacaram na minha opinião: O italiano Allegrini La Grola IGT 2005 (90 ptos RP), que está muito bem equilibrado na boca, no nariz e na persistência, podendo ser considerado um vinho de certa guarda, pois seus 16 meses em barricas lhe conferem uma boa estrutura. O outro é o Doña Paula Salix Vineyard Tannat-Malbec 2004, que é um single vineyard bacana, e que levou 91 pontos do RP. Um nariz bem diferente e intenso e uma estrutura legal. E o melhor achado destes todos para mim foi o Chateau Bois Petruis 2005, que levou 89 pontos do RP e nem parecia um vinho com apenas 4 anos, pois ele tem algo de um vinho mais evoluído mais pronto para ser bebido, apesar do álcool ainda bem presente. Talvez esta “evolução prematura” dele não permita que ele tenha uma longa guarda, mas hoje ele está prontíssimo para ser bebido!

Grandes Malbecs: Estes malbecs, que podem ser considerados a especialidade da Grand Cru, estavam todos muito bons e como era de se esperar, bem fortes na boca, e álcool bem presente. Um vinho que me surpreendeu, até pelo custo, foi o Riglos Gran Malbec 2006, 91 ptos RP, quê não estava tão alcoólico, deixando assim as frutas mais aparentes e uma madeira gostosa na boca e no nariz. Mas nesta estação, tive uma decepção: O Doña Paula Seleccíon de Bodega 2005, que levou nada menos que 94 pontos de RP. Não achei o vinho digno desta pontuação. Um vinho bom, estruturado, frutado, mas extremamente alcoólico e isto, para mim, prejudicou muito a degustação dele. Talvez minha boca já estivesse anestesiada pela quantidade de vinho tomada, e de repente uma próxima vez que eu tome eu tenha que me redimir e falar que ele realmente vale tudo isto. No fundo, é bom pq me forçarei a toma-lo novamente!!

Brancos: 6 países diferentes, 6 vinhos completamente diferentes. Foi uma estação legal para descobrir novos vinhos e principalmente pq estamos todos muito acostumados e voltados para os tintos. E o destaque vai para o delicioso Castelo de Pomino Bianco 2007, um italiano cheio de personalidade e sabor. E um pouco mais atrás, posso colocar também o alemão Fritz Haag Riesling Trocken 2007, da região do Mosel, que comprova o grande destaque que este país vem tendo no mundo do vinho com seus brancos.

Brunello di Montalicino: A estação que mais esperei estava realmente uma coisa dos Deuses. Sou suspeito para falar dos Brunellos, pois são vinhos quase imbatíveis para mim. O grande nome da estação era ninguém menos que o Brunello Frescobaldi Castelgiocondo, safras 2003 e 2004. Vinhos incríveis, como era de se esperar. Mas a grande surpresa foi o até então desconhecido Talenti 2003, um Brunello incrivelmente potente, estruturado, saboroso... Fantástico! E termino o post por aqui com este vinho, colocando-o ao lado do Quinta da Sardonia 2004, como os melhores vinhos da feira.

Obrigado a todos da Grand Cru pelo convite, pois ele foi intensamente bem aproveitado!


CHEERS!!

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